Público - Lusa
É preciso é que “Portugal se envolva cada vez mais neste espírito comunitário”,acrescentou, aludindo ao “grande fluxo migratório de portugueses para Angola, Moçambique, Brasil”, países que “precisam” também do contributo destes emigrantes.
Na CPLP, tem de haver uma “distribuição de responsabilidades”, de acordo com o desenvolvimento de cada Estado-membro, afirmou.
“Estamos a intensificar muito a cooperação Sul-Sul, que tem muitas hipóteses de vingar”, indicou, recordando a “dependência” que os países lusófonos “ainda têm em relação aos países desenvolvidos do Norte”.
“Não é um confronto com o Norte, mas uma tentativa de manter um equilíbrio de cooperação”, sublinhou, reconhecendo que Brasil, Angola e Moçambique lideram a iniciativa.
Aliás, Moçambique e Angola estão a atrair outros países da região onde se situam, realçou, referindo que a Namíbia já formalizou o pedido para ser aceite como membro observador da CPLP. “Há um interesse pela língua portuguesa e outros mais virão”, disse.
A cooperação económica será “uma prioridade”, garantiu Murargy, recordando que, como embaixador de Moçambique no Brasil teve essa preocupação. “É possível estabelecer plataformas de promoção de investimento” no espaço lusófono, disse.
“A crise vai passar”, referiu Murargy, estabelecendo como “desafio principal”para os próximos dois anos “fazer conhecer a CPLP junto dos respetivos povos”.
“A CPLP existe, mas ainda não está suficientemente conhecida”, o que faz com que “não responda aos objectivos para que foi criada”, reconheceu, realçando que, com 16 anos, a organização ainda “é bastante nova”.
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