Nova Iorque- O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique
manifestou no fim-de-semana, na Assembleia Geral da ONU, o empenho do país, que
preside à CPLP, em "harmonizar" as posições das organizações
internacionais em relação à Guiné-Bissau.
O ministro Oldermiro Balói falava no debate anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, na conclusão de uma semana em que CPLP e o bloco da África Ocidental (CEDEAO) falharam o objectivo definido pelo bloco lusófono de um plano de acção conjunto para a Guiné-Bissau.
Moçambique, como presidente da CPLP, continua "empenhado na procura de uma solução viável" que faça regressar à Guiné-Bissau a ordem constitucional, através do "diálogo interno e harmonização da intervenção" da comunidade internacional, disse o ministro.
A CPLP e a CEDEAO têm estado divididas, sobretudo em relação ao reconhecimento
do governo saído do golpe de Estado militar em Abril, que o bloco lusófono
rejeita, trabalhando apenas com o executivo deposto de Carlos Gomes Júnior.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também tem vindo a apelar
publicamente ao entendimento entre as duas organizações.
Na intervenção de Moçambique, Oldemiro Balói afirmou que o povo guineense quer
"paz, estabilidade e desenvolvimento" e controlar o seu próprio
destino, razão porque lutaram pela independência alcançada em 1975.
Além da Guiné-Bissau, o ministro moçambicano expressou "preocupação"
com a situação de "persistente ambiente de tensão e instabilidade em
África", destacando teatros como o vizinho país de Madagáscar.
Os esforços de mediação da comunidade regional (SADC) para "ultrapassar o impasse político" neste país vizinho, que têm como actor principal o ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, "continuam fazer progressos" no sentido da realização de eleições "livres, justas e credíveis", afirmou.
No Zimbabwe, a situação política é "em geral, caracterizada por
estabilidade", depois de o governo inclusivo ter feito progressos
"tremendos" a nível político e sócio-económico, com a aprovação de
uma nova Constituição, que servirá de base a eleições, numa "fase
avançada", referiu Balói.
O ministro moçambicano reiterou ainda o apelo da SADC para o levantamento completo das sanções económicas ao Zimbabwe, para que o país possa retomar a via do crescimento económico.
Fonte de preocupação para a SADC é também a situação no leste da República Democrática do Congo, que esteve em destaque ao longo da semana passada no debate anual da ONU, referiu.
O ministro moçambicano reiterou ainda o apelo da SADC para o levantamento completo das sanções económicas ao Zimbabwe, para que o país possa retomar a via do crescimento económico.
Fonte de preocupação para a SADC é também a situação no leste da República Democrática do Congo, que esteve em destaque ao longo da semana passada no debate anual da ONU, referiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário