terça-feira, 2 de outubro de 2012

Guiné-Bissau/CPLP empenhada em harmonizar posições internacionais


1 outubro 2012/AngolaPress http://www.portalangop.co.ao (Angola)

Nova Iorque- O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique manifestou no fim-de-semana, na Assembleia Geral da ONU, o empenho do país, que preside à CPLP, em "harmonizar" as posições das organizações internacionais em relação à Guiné-Bissau.

O ministro Oldermiro Balói falava no debate anual da Assembleia Geral das Nações Unidas, na conclusão de uma semana em que CPLP e o bloco da África Ocidental (CEDEAO) falharam o objectivo definido pelo bloco lusófono de um plano de acção conjunto para a Guiné-Bissau.


Moçambique, como presidente da CPLP, continua "empenhado na procura de uma solução viável" que faça regressar à Guiné-Bissau a ordem constitucional, através do "diálogo interno e harmonização da intervenção" da comunidade internacional, disse o ministro.


A CPLP e a CEDEAO têm estado divididas, sobretudo em relação ao reconhecimento do governo saído do golpe de Estado militar em Abril, que o bloco lusófono rejeita, trabalhando apenas com o executivo deposto de Carlos Gomes Júnior.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também tem vindo a apelar publicamente ao entendimento entre as duas organizações.

Na intervenção de Moçambique, Oldemiro Balói afirmou que o povo guineense quer "paz, estabilidade e desenvolvimento" e controlar o seu próprio destino, razão porque lutaram pela independência alcançada em 1975.

Além da Guiné-Bissau, o ministro moçambicano expressou "preocupação" com a situação de "persistente ambiente de tensão e instabilidade em África", destacando teatros como o vizinho país de Madagáscar.

Os esforços de mediação da comunidade regional (SADC) para "ultrapassar o impasse político" neste país vizinho, que têm como actor principal o ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano, "continuam fazer progressos" no sentido da realização de eleições "livres, justas e credíveis", afirmou.


No Zimbabwe, a situação política é "em geral, caracterizada por estabilidade", depois de o governo inclusivo ter feito progressos "tremendos" a nível político e sócio-económico, com a aprovação de uma nova Constituição, que servirá de base a eleições, numa "fase avançada", referiu Balói.

O ministro moçambicano reiterou ainda o apelo da SADC para o levantamento completo das sanções económicas ao Zimbabwe, para que o país possa retomar a via do crescimento económico.

Fonte de preocupação para a SADC é também a situação no leste da República Democrática do Congo, que esteve em destaque ao longo da semana passada no debate anual da ONU, referiu.

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