Maputo, 3 março 2010 - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) considerou hoje (quarta-feira) Moçambique "líder no reconhecimento dos desafios colocados ao país pelas mudanças climáticas", mas defendeu apoios financeiros urgentes na luta contra as consequências da degradação do clima.
O director do PNUD em Moçambique, Jocely Mason, elogiou os esforços de Moçambique na luta contra as alterações climáticas quando falava no lançamento do Programa Africano de Adaptação às Mudanças Climáticas (PAAMC).
"O Governo moçambicano foi líder no reconhecimento dos desafios que o país enfrenta na luta contra as consequências das mudanças climáticas", sublinhou Jocely Mason.
Esse reconhecimento, de acordo com o director do PNUD em Moçambique, traduziu-se na formulação em 2007 do Plano Nacional de Acção contra as Alterações Climáticas e na elaboração em 2009 de um "estudo convincente" sobre o seu impacto nas calamidades naturais, que têm assolado frequentemente o país.
Apesar de um diagnóstico "convincente" sobre os efeitos das mudanças climáticas em Moçambique, o país, tal como a maioria dos Estados africanos, não tem recursos para lidar com as consequências, alertou Jocelyn Mason.
"Para a grande maioria dos países, sobretudo os considerados em desenvolvimento, o custo da adaptação às mudanças climáticas é na maior parte dos casos insuportável, o que se reflecte nas comunidades mais vulneráveis. Em face disso, urge dotar os chamados países em desenvolvimento de conhecimento, tecnologia e capacidade", sublinhou o director do PNUD em Moçambique.
Respondendo ao apelo de ajuda financeira aos países africanos, o embaixador do Japão em Maputo, Susumo Segawa, afirmou no encontro que o seu país tem disponível um pacote financeiro de 92 milhões de dólares (67,5 milhões de euros) para apoiar 20 países, incluindo Moçambique, a aplicar o PAAMC.
Falando na reunião, a vice-ministra para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) moçambicana, Ana Chichava, considerou que "o problema do clima é uma prioridade do Governo pelo seu impacto negativo para o país".
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