Há cerca de 11 mil portugueses a viver no país com os quais o primeiro-ministro se vai encontrar
(2 março 2010) José Sócrates parte hoje para Moçambique, para a primeira visita oficial da segunda legislatura. "Na bagagem", um grupo de 53 empresários e a mesma estratégia do passado: promover a economia portuguesa fora de portas. Na bagagem leva igualmente 10 membros do Governo.
Na agenda do chefe de Governo de Portugal, que se prolongará até sexta-feira, há um sector que se destaca: a energia. Primeiro com passagem pela central hidroeléctrica de Cahora Bassa (onde o Estado português tem, agora, 15% do capital); depois com uma conferência dedicada às renováveis, nova bandeira do Estado português.
Para tal, seguem caminho com José Sócrates, Paulo Miraldo, da EDP, ou Carlos Martins, da Martifer. A ideia é promover a cooperação neste sector com o Estado moçambicano, acreditando o Governo português estar em condições de fornecer 'know-how' para alguns projectos naquele território.
Mas há outros sectores empresariais na comitiva. Desde o turismo às telecomunicações, passando pela banca (o Banco Luso-Moçambicano dará agora o primeiro passo), até à construção.
No final, haverá acordos vários a assinar, passando sobretudo pelo reforço linhas de crédito para apoio ao investimento, mas também de reforço na cooperação em áreas tão díspares como a construção de escolas e hospitais.
Recorde-se que foi aprovada em Conselho de Ministros da criação de um Fundo de Apoio ao Investimento em energias renováveis – de empresas portuguesas ou com participação portuguesa no país – com uma dotação de 91,5 milhões de euros, uma série de acordos na área da Cultura e a cantora Mariza que fará, na quinta-feira à noite, um espectáculo são algumas das iniciativas que Portugal leva na bagagem.
Amanhã o dia está reservado para encontros com o Presidente da República moçambicano, Armando Guebuza, com o primeiro-ministro, Aires Ali, com deputados da Assembleia da República e com a comunidade portuguesa. Há cerca de 11 mil portugueses a viver em Moçambique. Sócrates brinda-os com um discurso numa recepção à hora de almoço. Na quinta-feira é a visita à barragem de Cahora Bassa, localizada no Songo, província de Tete.
Alguns dos ministros que acompanham Sócrates têm programas à parte. Por exemplo, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, na manhã de quinta-feira visitará a academia militar em Nampula. Ao mesmo tempo e no mesmo dia, a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, inaugura uma exposição e uma biblioteca na Ilha de Moçambique. Por Maputo fica a ministra do Trabalho e da Segurança Social, Helena André, que faz uma visita ao Projecto Integrado de Desenvolvimento Sociocomunitário no Mumemo e, na Matola, visita um infantário.
Estarão em Moçambique Luís Amado (Negócios Estrangeiros), Augusto Santos Silva (Defesa), Vieira da Silva (Economia), Helena André (Trabalho e Solidariedade Social) e Gabriela Canavilhas (Cultura).
Em matéria de secretários de Estado, estarão em Moçambique João Gomes Cravinho (Negócios Estrangeiros e Cooperação), Carlos Costa Pina (Tesouro e Finanças), Fernando Serrasqueiro (Comércio), Carlos Correia da Fonseca (Transportes) e João Mata (Educação) .
As exportações portuguesas para Moçambique aumentaram um terço no ano passado e poderão conhecer novo salto com esta visita. (Noticias Lusófonas)
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