Luanda, 11 março 2010 (Angola Press) – O presidente do Conselho da União dos Escritores Angolanos (UEA), Carmo Neto, considerou hoje (quinta-feira), em Luanda, a morte da nacionalista e poetisa Alda Neves do Espírito Santo "uma grande perda para o mundo da literatura africana, tendo em conta a relevância das suas obras".
Em breves declarações à imprensa na sede da UEA, Carmo Neto lamentou igualmente o facto de existir uma fraca circulação dos livros de Alda do Espírito Santo nos países africanos de língua portuguesa.
"Actualmente é difícil encontrar uma obra de Alda do Espírito Santo em qualquer livraria de Angola ou de Portugal", explicou o presidente do conselho da UEA, que falou de obras como "É Nosso o Solo Sagrado da Terra 1978" e "O Jogral das Ilhas 1976".
Considerou a nacionalista um modelo a ser seguido pelas mulheres africanas e não só.
Corroborando da ideia, a presidente da Fundação Dr. Agostinho Neto, Maria Eugénia Neto, numa mensagem, salienta que Alda do Espírito Santo era "muito alegre e sabia fazer com que todos se sentissem irmãos perto dela".
Por seu turno, o professor universitário Manuel Vaz Fernandes, que foi aluno da nacionalista, no seu elogio fúnebre, disse que é com profundo pesar e tristeza que os são-tomenses se curvam perante a memória desta mulher que muito deu pela pátria.
Pois, salienta, a sua vida foi um exemplo que será seguido por todos, porquanto clamou por justiça para a sua terra.
Renderam também homenagem à nacionalista os ministros das Relações Exteriores, da Comunicação Social e da Cultura, Assunção dos Anjos, Carolina Cerqueira e Rosa Cruz e Silva, respectivamente, bem como a governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário