Luanda, 25 março 2010 - O vice-ministro da Defesa, Salviano Cerqueira "Kianda", afirmou hoje, quinta-feira, em Luanda, que os dirigentes dos países membros da SADC têm a obrigação colectiva de impedirem que o flagelo da tuberculose se desenvolva nos militares dos exércitos dos estados da região austral de África.
O governante angolano falava na sessão de encerramento do workshop militar regional sobre a tuberculose nos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que decorreu nesta capital de 23 a 25, onde participaram delegados dos serviços de saúde militar desta instituição regional.
"Somos instituições cuja missão principal é a defesa da soberania e da integridade nacional dos nossos respectivos países que já totalizam 210 milhões de habitantes, sendo por isso necessário preservar a saúde dos nossos militares", referiu o dirigente angolano.
Salientou que a quando da criação da SADC o seu estatuto preconizou, entre outras metas fundamentais para a comunidade, a complementariedade de estratégias e programas nacionais e regionais, a maximização colectiva dos recursos de cada país, e o combate ao HIV-SIDA, visando assim a promoção da paz e segurança na região.
"É nesse quadro estratégico que vemos com satisfação o esforço desenvolvido pelo grupo de saúde militar do comité inter-estatal de defesa e segurança da SADC, ao criar a coordenação das doenças transmissíveis, com a missão de impulsionar a organização e funcionamento dos subgrupos técnicos para a malária, tuberculose e HIV/Sida", frisou.
Salviano Cerqueira precisou que a estruturação do programa aprovado para este encontro completou o diagnóstico da tuberculose em cada exército, permitiu a exposição de matéria científica ligada à doença e criou as condições para a obtenção de amplos consensos, através da discussão dos grupos de trabalho.
Este facto, prosseguiu, constitui assim numa proveitosa jornada de trabalho, em que se registou a participação activa das delegações e convidados.
Segundo o vice-ministro, as conclusões saídas desta reunião são a expressão do corolário exitoso das actividades programadas, sendo por conseguinte marcos de referência para a funcionabilidade do subgrupo técnico militar para a tuberculose no futuro.
Acrescentou que a presença dos chefes dos serviços de saúde militar, garantiu e reforçou o processo de tomada de decisão e supervisão, para a cabal implementação das decisões constantes no documento final.
Assistiram ao acto de encerramento, que decorreu no centro de conferências "28 de Agosto" (quartel general do Exército das FAA), a vice-ministra da Saúde, Evelise Frestas, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Sub-Comité de Saúde militar da SADC, o chefe da Direcção dos Serviços de Saúde das FAA, tenente-general Aires do Espírito Santo Africano, adidos de defesa acreditados em Angola e convidados.
No evento, os participantes cumpriram com um programa científico, baseado em conferências com temas ligados à situação da tuberculose no mundo, em Angola e nos serviços de saúde militar dos países da SADC.
Diagnósticos e tratamento da tuberculose, doenças comunitárias na região da SADC, endemias de pesquisa actual sobre a tuberculose e biosegurança em tuberculose foram, dentre outros, temas em debate.
São membros da SADC Angola, África do Sul, Botswana, Lesotho, Moçambique, Malawi, Madagáscar, Namíbia, RDCongo, Swazilândia, Ilhas Maurícias, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe.
Segundo estimativas de 2009 da OMS, constantes do seu 13º relatório anual sobre a tuberculose, existem mais de 11 milhões de pessoas no mundo vivendo com esta doença, das quais anualmente morrem 1,3 milhões, e entre estas mais de meio milhão são também seropositivas. (Angola Press)
Nenhum comentário:
Postar um comentário