7 dezembro 2015, Sputnik http://br.sputniknews.com (Rússia)
A Rússia saiu-se vitoriosa do conflito que se iniciou como resultado da negligência
das ações da Turquia, terminando com prejuízos para este país, Pentágono, OTAN,
e, claro, o grupo Daesh (Estado Islâmico). É o que foi publicado pelo jornal
iraniano Shargh Iran.
O incidente
com o avião russo Su-24, abatido pela aviação turca na Síria, provocou uma
séria deterioração das relações entre a Rússia e Turquia. O caso foi tachado de
"um golpe nas costas" pelo presidente russo Vladimir Putin e levantou
sérias denúncias sobre o suposto envolvimento do presidente turco Erdogan no
comércio ilegal de petróleo promovido pelo grupo terrorista Daesh (Estado
Islâmico) na Síria.
“Após os ataques da Força Aérea da Turquia contra o
caça russo, todos os olhos ficaram voltados na direção da Rússia e sua possível
resposta militar. Alguns analistas falaram sobre o poder de combate da Turquia
e os outros começaram a especular sobre
quem, em última análise, seria o
vencedor desta disputa, esperando novas ações por parte da Rússia. No entanto,
poucos perceberam que o vencedor foi determinado já no primeiro dia do
incidente. E este foi a Rússia”, escreveu o colunista Vandad Alvandipoor ao
Shargh Iran.
O autor lembra, em
primeiro lugar, que dois dias depois do ataque da Turquia ao caça da Força
Aérea da Rússia, Moscou bombardeou e destruiu pelo menos 20 caminhões que
entraram na Síria a partir do território da Turquia, e, como resultado deste
ataque matou sete motoristas turcos, mostrando que a Rússia tomou uma
significativa ação militar em resposta.
Além disso,
algumas horas após o ataque contra o seu caça, a Rússia decidiu fornecer à
Síria o sistema de defesa de mísseis S-300, o que protege o país de qualquer
ameaça potencial que surgiriam nas imediações de seus combatentes.
“Em outras
palavras, por causa das ações imprudentes da Turquia, a Rússia está agora, não
só entregando à Síria o mais recente sistema anti-aeronaves e expandindo sua
frota no país, mas também dizendo às suas contrapartes, ou seja, a Turquia, os
EUA e seus aliados na OTAN, a nova regra em caso de ameaça: se continuar a
interferência das ações da Rússia na Síria, isto vai ter uma resposta
imediata”, argumentou o colunista.
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