domingo, 6 de dezembro de 2015

Brasil/A BIOGRAFIA DE EDUARDO CUNHA É UM NOTICIÁRIO POLICIAL

6 dezembro 2015, Mercosul & CPLP + BRICS http://www.mercosulcplp.blogspot.com (Brasil)

No mundo pelo qual optou, Eduardo Cunha não é um político incomum. Arrancando dos eleitores votos com falsas promessas, transformou cada mandato em lucrativo balcão de negócios. A carreira até a presidência da Câmara dos Deputados foi construida com a compra e venda de apoio a interesses antinacionais. Hoje, ele representa, tanto no Brasil como no exterior, a imoralidade política instalada no mais alto nivel.

No passado mês de outubro, o Ministério Público da Suiça conferiu a Eduardo Cunha uma duvidosa projeção internacional, quando apresentou contra ele uma denúncia por lavagem de dinheiro. Esta medida foi acompanhada com o congelamento de activos e recursos em suas diversas contas.

No Brasil, em agosto deste ano, ele foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção e lavagem de dinheiro. Além do processo judicial, terá que devolver US$ 40 milhões por danos causados à Petrobras e à Administração Pública.
 
Na Câmara dos Deputados, Cunha tenta desesperadamente permancer na presidência -- um cargo manchado com a sua presença -- e ainda garantir a própria sobrevivência política. Uma das suas manobras foi tentar que o Partido dos Trabalhadores, descendo ao seu nivel, aceitasse uma negociata para
votar contra a abertura de um processo na Comissão de Ética que, com base nas medidas tomadas contra ele pela justiça no Brasil e na Suiça, poderá afasta-lo da presidência da Câmara dos Deputados e cassar o seu mandato de deputado federal. Em troca, ele se comprometia a rejeitar pedidos para a deposição da presidenta Dilma Rousseff. Os deputados do PT não entraram neste jogo sujo e, no passado dia 2, votaram pela abertura da investigação. Em repressália, horas depois, o corrupto Eduardo Cunha vingava-se anunciando em plenário que ia encaminhar o pedido de deposição da presidenta Dilma Rousseff apresentado por quatro juristas ligados a grupos direitistas.

Uma pesquisa rápida na Internet mencionando o nome de Eduardo Cunha e a palavra corrupção dá, em apenas 0,52 segundos, 520.000 resultados
 Uma pesquisa rápida na Internet mencionando o nome de Eduardo Cunha e a palavra corrupção dá, em apenas 0,52 segundos, 520.000 resultados
O noticiário e comentários de diversas fontes, inclusive publicações direitistas que o apoiavam, 
apresentam uma biografia recheada de atos ilícitos como, entre outros: mentiras ao plenário da Câmara 
dos Deputados, envolvimento em diversos escândalos de corrupção, práticas de fraudes em licitações, uso de 
documentos falsos para arquivar investigação, recebimento de malas de dinheiro de origem criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de recursos de fundo de pensão etc. 
Trata-se de uma verdadeira crônica policial.
Algumas informações esclarecedoras sobre Eduardo Cunha:

Brasil/12 motivos para lamentar Eduardo Cunha na presidência da Câmara
2 fevereiro 2015, BuzzFeed (Brasil)
Envolvido em diversos escândalos de corrupção, o deputado trabalha contra os direitos das mulheres, dos gays e até dos usuários de internet.

Equipe BuzzFeed, Brasil

1. Eduardo Cunha saiu da Companhia Estadual de Habitação do Rio por acusações de fraude em licitações.


Eduardo Cunha comemora a vitória para a presidência da Câmara.
Ueslei Marcelino / Reuters
Ele foi acusado de fraudar licitações para favorecer a construtora de um colega de partido durante o governo de Anthony Garotinho e saiu apenas alguns meses após assumir o comando da Companhia.

Curiosidade: na ocasião, a demissão de Cunha foi noticiada pela própria esposa, Claudia Cruz, durante o RJ/TV, da Globo, no ano de 2000.

2. O advogado do deputado usou documentos falsos para tentar livrá-lo da acusação de fraude nas licitações.


Os documentos falsos foram utilizados para arquivar uma investigação contra Eduardo Cunha no Tribunal de Contas do Rio, em 2002. A fraude foi atestada por laudo.

O Ministério Público Federal percebeu um conluio entre o subprocurador de Justiça Elio Fischberg, Cunha e o advogado Jaime Cukier. Os três viraram réus na Justiça. Apenas Fischberg foi condenado.

3. O deputado foi citado nas investigações da operação Lava Jato e terá um inquérito aberto em seu nome.


Em depoimento à Polícia Federal sobre o esquema de desvios da Petrobras, o policial afastado Jayme de Oliveira Filho, conhecido como Careca, disse que entregou malas de dinheiro em uma casa na Barra da Tijuca que seria de Eduardo Cunha. Careca era responsável por distribuir recursos a mando do doleiro Youssef, o líder do esquema de lavagem de dinheiro revelado pela Operação Lava Jato.

4. Eduardo Cunha foi contra a neutralidade de rede e privacidade do usuário no Marco Civil da Internet.


Cunha sugeriu mudança no projeto que defende a autonomia das companhias no controle de fluxo dos usuários. Ele era a favor de que as empresas comercializassem pacotes de velocidades e preços diferentes de acordo com o conteúdo dos sites, o que fere o conceito de neutralidade de rede (que significa que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma), um dos principais pontos do Marco Civil.

5. O novo presidente da Câmara é autor da maioria dos projetos contra o aborto.


Eduardo Cunha também foi relator do Estatuto do Nascituro, que protege juridicamente a criança antes mesmo dela nascer.

6. Eduardo Cunha indicou Arthur Lira (PP-AL), acusado de agredir uma ex-companheira, para a presidir a Comissão de Constituição e Justiça.


Enquadrado na Lei Maria da Penha, Arthur Lira é acusado de agredir Jullyene Cristine Santos Lins por quarenta minutos em 2006. O caso foi denunciado em 2012 e, em 2013, o deputado tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal. Além de tapas e socos, Jullyene disse em depoimento que foi arrastada pelos cabelos e chutada enquanto estava no chão.

7. Ele também foi ligado a denúncias de desvio de recursos na época do Mensalão.


No episódio do mensalão, Eduardo Cunha foi ligado a denúncias de desvio de recursos da Prece, o fundo de pensão da Cedae, Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro. Os desvios estavam ligados ao Mensalão, esquema de repasses de dinheiro público a partidos políticos.

8. É “um dos principais e mais atuantes parlamentares que lutam contra o casamento gay”, como diz o próprio site e também alguns dos seus tuítes mais famosos:

Boa tarde a todos.Nao poderia deixar de expressar a minha repulsa pela cena da tv de beijo gay.Daqui a pouco vão colocar cenas de sexo gay
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)

Estamos vivendo a fase dos ataques,tais como a pressão gay,a dos maconheiros,abortistas.O povo evangélico tem de se posicionar
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)

Boa noite a todos.Muitos ativistas gays agredindo muito no tt.Isto e heterofobia.Calma gente
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)

Eduardo Cunha é um dos deputados que defendem os projetos relacionados à “cura gay” e também se posiciona contra a união entre homossexuais dizendo que “não concorda com o reconhecimento disso como família”.

E também um dos criadores do “Dia do Orgulho Hétero” e a “lei da heterofobia”.


Reprodução/ g1.globo.com
Além do “Dia do Orgulho Hétero”, Eduardo Cunha também propôs a “lei da heterofobia” (PL 7.382/10), para punir a discriminação contra pessoas heterossexuais.

9. Eduardo Cunha é um dos responsáveis por Marco Feliciano ter ido parar na Comissão Nacional dos Direitos Humanos na Câmara.


O PSC, partido de Feliciano, conquistou quatro vagas na Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 2013, mesmo que pelo regimento interno o partido não tivesse direito a nenhuma cadeira. Isso aconteceu com a ajuda de Eduardo Cunha, que cedeu as duas vagas do seu partido (PMDB) na comissão e duas outras vagas do PSDB, que lhes haviam sido entregues depois de um acordo interno.

Já Eduardo Cunha tinha interesse em agradar Feliciano porque o pastor era relator de projetos que propunham acabar com o exame da OAB, projeto que foi apresentado por Eduardo Cunha em 2011. A briga com a OAB, por sua vez, teve início em 2010, quando ele foi retirado da relatoria do anteprojeto do Código de Processo Civil (CPC) por influência direta da OAB.

10. Ele também foi acusado de ter vendido por R$ 800 mil uma casa ao traficante Juan Carlos Abadia.


Em outubro de 2007 a deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ) acusou Cunha de ter vendido um imóvel em Angra dos Reis por US$ 800 mil ao traficante de drogas Juan Carlos Abadia, preso no mesmo ano. Cunha teria comprado a casa de volta por US$ 700 mil. O deputado negou todas as acusações de Cidinha.

11. Eduardo Cunha também foi acusado de envolvimento em um esquema que resultou um rombo de ao menos R$ 850 milhões em impostos.


Entre 2002 e 2006, uma CPI apurou que um esquema de venda de combustíveis sem o recolhimento de impostos no Rio de Janeiro. Eduardo Cunha foi acusado de participar do esquema e teve vários contatos confirmados com Ricardo Magro, dono da refinaria de Manguinhos, apontado como uma das principais cabeças da fraude.

12. O novo presidente da Câmara dos Deputados foi acusado de ter participado do esquema de corrupçãodo amigo Paulo César Farias.


Jefferson Rudy/CB/http://D.A Press
O ex-presidente Fernando Collor nomeou Eduardo Cunha como presidente da Telerj (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro) em 1991, atendendo à sugestão de Paulo César Farias, amigo de ambos. Ele ficou no cargo por dois anos e teve as contas reprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou contratação de servidores sem concurso e licitações irregulares. O processo foi arquivado por “prescrição de prazo”.


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