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dezembro 2015, Mercosul & CPLP + BRICS http://www.mercosulcplp.blogspot.com
(Brasil)
No mundo
pelo qual optou, Eduardo Cunha não é um político incomum. Arrancando dos
eleitores votos com falsas promessas, transformou cada mandato em lucrativo
balcão de negócios. A carreira até a presidência da Câmara dos
Deputados foi construida com a compra e venda de apoio a interesses
antinacionais. Hoje, ele representa, tanto no Brasil como no exterior, a imoralidade
política instalada no mais alto nivel.
No passado mês de
outubro, o Ministério Público da Suiça conferiu a Eduardo Cunha uma duvidosa projeção internacional, quando apresentou
contra ele uma denúncia por lavagem de dinheiro. Esta medida foi
acompanhada com o congelamento de activos e recursos em suas diversas contas.
No Brasil,
em agosto deste ano, ele foi denunciado pelo procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, por corrupção
e lavagem de dinheiro. Além do processo judicial, terá que devolver US$ 40
milhões por danos causados à Petrobras e à Administração Pública.
Na Câmara dos
Deputados, Cunha tenta desesperadamente permancer na presidência -- um cargo
manchado com a sua presença -- e ainda garantir a própria sobrevivência
política. Uma das suas manobras foi tentar que o Partido dos Trabalhadores,
descendo ao seu nivel, aceitasse uma negociata para
votar contra a abertura de
um processo na Comissão de Ética que, com base nas medidas tomadas contra ele
pela justiça no Brasil e na Suiça, poderá afasta-lo da presidência da Câmara
dos Deputados e cassar o seu mandato de deputado federal. Em troca, ele se comprometia
a rejeitar pedidos para a deposição da presidenta Dilma Rousseff. Os deputados
do PT não entraram neste jogo sujo e, no passado dia 2, votaram pela abertura
da investigação. Em repressália, horas depois, o corrupto Eduardo Cunha vingava-se anunciando em
plenário que ia encaminhar o pedido de deposição da presidenta Dilma Rousseff
apresentado por quatro juristas ligados a grupos direitistas.
Uma pesquisa rápida na Internet mencionando o nome de
Eduardo Cunha e a palavra corrupção dá, em apenas 0,52 segundos, 520.000 resultados.
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Algumas informações esclarecedoras
sobre Eduardo Cunha:
Brasil/12
motivos para lamentar Eduardo Cunha na presidência da Câmara
2 fevereiro
2015, BuzzFeed (Brasil)
Envolvido em diversos
escândalos de corrupção, o deputado trabalha contra os direitos das mulheres,
dos gays e até dos usuários de internet.
Equipe
BuzzFeed, Brasil
1. Eduardo Cunha saiu da Companhia Estadual de Habitação do Rio por acusações de fraude em licitações.
Eduardo Cunha comemora a vitória para a presidência da Câmara.
Ueslei Marcelino /
Reuters
Ele foi acusado de fraudar licitações para favorecer a construtora de um
colega de partido durante o governo de Anthony Garotinho e saiu apenas alguns
meses após assumir o comando da Companhia.
Curiosidade: na
ocasião, a demissão de Cunha foi noticiada pela
própria esposa, Claudia Cruz, durante o RJ/TV, da Globo, no ano de 2000.
2. O advogado do deputado usou documentos falsos para tentar livrá-lo da
acusação de fraude nas licitações.
Os documentos falsos foram utilizados para arquivar uma investigação
contra Eduardo Cunha no Tribunal de Contas do Rio, em 2002. A
fraude foi atestada por laudo.
O Ministério Público Federal
percebeu um conluio entre o subprocurador de Justiça Elio Fischberg, Cunha e o
advogado Jaime Cukier. Os três viraram réus na Justiça. Apenas Fischberg foi
condenado.
3. O deputado foi citado nas investigações da operação Lava Jato e terá um
inquérito aberto em seu nome.
Em depoimento à Polícia Federal sobre o esquema de desvios da Petrobras,
o policial afastado Jayme de Oliveira Filho, conhecido como Careca, disse que
entregou malas de dinheiro em
uma casa na Barra da Tijuca
que seria de Eduardo Cunha. Careca era responsável por distribuir recursos a
mando do doleiro Youssef, o líder do esquema de lavagem de dinheiro revelado
pela Operação Lava Jato.
4. Eduardo Cunha foi contra a neutralidade de rede e privacidade do usuário
no Marco Civil da Internet.
Cunha sugeriu mudança no
projeto que defende a
autonomia das companhias no controle de fluxo dos usuários. Ele era a favor de
que as empresas comercializassem pacotes de velocidades e preços diferentes de
acordo com o conteúdo dos sites, o que fere o conceito de neutralidade de rede (que significa que todas as informações que trafegam na rede devem ser
tratadas da mesma forma), um dos principais pontos do Marco Civil.
5. O novo presidente da Câmara é autor da maioria dos projetos contra o aborto.
Eduardo Cunha também foi relator do Estatuto do Nascituro, que protege
juridicamente a criança antes mesmo dela nascer.
6. Eduardo Cunha indicou Arthur Lira (PP-AL), acusado de agredir uma ex-companheira, para a presidir a Comissão de Constituição e
Justiça.
Enquadrado na Lei Maria da Penha, Arthur Lira é acusado de agredir Jullyene Cristine
Santos Lins por quarenta minutos em 2006. O caso foi denunciado em 2012 e, em
2013, o deputado tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal. Além de tapas e socos,
Jullyene disse em depoimento que foi arrastada pelos cabelos e chutada enquanto
estava no chão.
7. Ele também foi ligado a denúncias de desvio de recursos na época do
Mensalão.
No episódio do mensalão, Eduardo Cunha foi ligado a denúncias de desvio de recursos da
Prece, o fundo de pensão da Cedae, Companhia de Águas e Esgotos do Rio de
Janeiro. Os desvios estavam ligados ao Mensalão, esquema de repasses de dinheiro público a partidos
políticos.
8. É “um dos principais e mais atuantes parlamentares que lutam contra o
casamento gay”, como diz o próprio site e também alguns dos seus tuítes mais famosos:
Boa tarde a todos.Nao
poderia deixar de expressar a minha repulsa pela cena da tv de beijo gay.Daqui
a pouco vão colocar cenas de sexo gay
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
Estamos vivendo a
fase dos ataques,tais como a pressão gay,a dos maconheiros,abortistas.O povo
evangélico tem de se posicionar
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
Boa noite a
todos.Muitos ativistas gays agredindo muito no tt.Isto e heterofobia.Calma
gente
— DeputadoEduardoCunha (@DepEduardoCunha)
Eduardo Cunha é um dos deputados que defendem os projetos relacionados à
“cura gay” e também se posiciona contra a união entre homossexuais dizendo que
“não concorda com o
reconhecimento disso como família”.
E também um dos criadores do “Dia do Orgulho Hétero” e a “lei da
heterofobia”.
Além do “Dia do Orgulho Hétero”, Eduardo Cunha também propôs a “lei da
heterofobia” (PL 7.382/10), para punir a discriminação contra pessoas
heterossexuais.
9. Eduardo Cunha é um dos responsáveis por Marco Feliciano ter ido parar na
Comissão Nacional dos Direitos Humanos na Câmara.
O PSC, partido de Feliciano, conquistou quatro
vagas na Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 2013, mesmo que pelo regimento interno o partido não tivesse direito
a nenhuma cadeira. Isso aconteceu com a ajuda de Eduardo Cunha, que cedeu as
duas vagas do seu partido (PMDB) na comissão e duas outras vagas do PSDB, que
lhes haviam sido entregues depois de um acordo interno.
Já Eduardo Cunha
tinha interesse em agradar Feliciano porque o pastor era relator de projetos
que propunham acabar com o exame da OAB, projeto que foi apresentado por
Eduardo Cunha em 2011. A briga com a OAB, por sua vez, teve início em 2010, quando ele foi
retirado da relatoria do anteprojeto do Código de Processo Civil (CPC) por
influência direta da OAB.
10. Ele também foi acusado de ter vendido por R$ 800 mil uma casa ao
traficante Juan Carlos Abadia.
Em outubro de 2007 a deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ) acusou Cunha de ter
vendido um imóvel em Angra dos Reis por
US$ 800 mil ao traficante de drogas Juan Carlos Abadia, preso no mesmo ano.
Cunha teria comprado a casa de volta por US$ 700 mil. O deputado negou todas as
acusações de Cidinha.
11. Eduardo Cunha também foi acusado de envolvimento em um esquema que
resultou um rombo de ao menos R$ 850 milhões em impostos.
Entre 2002 e 2006, uma CPI apurou que um esquema de venda de
combustíveis sem o recolhimento de impostos no Rio de Janeiro. Eduardo Cunha
foi acusado de participar do esquema e teve vários contatos
confirmados com Ricardo Magro,
dono da refinaria de
Manguinhos, apontado como uma das principais cabeças da fraude.
12. O novo presidente da Câmara dos Deputados foi acusado de ter participado do esquema de corrupçãodo amigo Paulo César
Farias.
Jefferson Rudy/CB/http://D.A Press
O ex-presidente Fernando Collor nomeou Eduardo Cunha como presidente da
Telerj (Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro) em 1991, atendendo à
sugestão de Paulo César Farias, amigo de ambos. Ele ficou no cargo por dois
anos e teve as contas reprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que
apontou contratação de servidores sem concurso e licitações irregulares. O processo foi arquivado por “prescrição de prazo”.
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www1.folha.uol.com.br/.../1671307-janot-protocola-denuncia-contra-cunh...
20 de ago
de 2015 - O deputado
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