9 dezembro 2015,
Pátria Latina http://www.patrialatina.com.br (Brasil)
“Não há nenhum justificativa para que impeachment ocorra”, salientou Dilma (Agência Brasil)
Em um discurso firme e determinado, a presidenta
Dilma Rousseff reafirmou seu compromisso com o Brasil e disse que a única
justificativa para o pedido de impeachment, feito na semana passada contra seu
mandato, é a vontade de alguns de ter um atalho para chegar à Presidência da
República, e não pelo voto popular.
“Não
há nenhum justificativa para que isso ocorra”, afirmou ela, na cerimônia de
abertura da 10ª Conferência Nacional de Assistência Social nesta
segunda-feira (7), em Brasília.
“Quero dizer que nós vivemos um tempo muito estranho. É um tempo em que tem muitos que lutam como vocês diuturnamente para que esse país seja cada vez um pais mais desenvolvido. […] E há um pequeno grupo que acha que o ‘quanto pior, melhor’ é o melhor caminho. O quanto pior pra nós, quanto melhor pra eles. Mas nós temos força suficiente para lutar contra isso”, disse.
“Os
golpes não constroem harmonia, a unidade, nem constroem a pacificação
necessária para os países e os povos nações avançarem. Pelo contrário,
geralmente o que os golpes constroem é o caos e deixam feridas e marcas
profundas”,
completou.
A
presidenta garantiu que lutará com todas as suas forças por um Brasil que
respeite as instituições e construa a estabilidade para voltar a crescer o mais
rapidamente possível. “Vou lutar com todas as minhas forças para que a
gente tenha um Brasil que respeite as instituições, que constrói a
estabilidade. Vou lutar contra o processo de interrupção do meu mandato”,
ressaltou.
Sobre
as justificativas apresentadas para o pedido de impeachment, Dilma rebateu:
“Uma parte do que me acusam é de ter pago o Bolsa Família e o Minha Casa Minha
Vida. Paguei, sim! Mas nós pagamos com dinheiro do povo brasileiro. Não foi
empréstimo que pagou o Minha Casa Minha Vida, foi o dinheiro legítimo dos
tributos pagos pelo povo desse país”, disse ela a mais de mil trabalhadores e
usuários da assistência social, representantes de governo dos município, dos
estados e da União e participantes de delegações de todo o país.
O
objetivo da conferência é avaliar a prestação dos serviços no Brasil e propor
avanços para o Sistema Único da Assistência Social (Suas). Dilma lembrou que,
no início de 2011, assinou a lei que instituiu o sistema como uma política de
Estado. E, hoje, ele está em quase 100 % dos municípios.
A
presidenta agradeceu a colaboração de todas as delegações e lembrou que, apesar
dos grandes avanços, é preciso aprimorar os serviços de assistência pública. No
entanto, hoje o País construiu uma tecnologia de inclusão social capaz de
atender milhões de brasileiros que estavam à margem das riquezas nacionais.
Atualmente,
graças a essa política, existem oito mil Centros de Referência de Assistência
Social (Cras), pouco mais de 2 mil Centros Especializados e 16 mil entidades de
assistência social. “Isso vocês podem ter certeza, não é só uma conquista, mas
também a garantia de que não vamos voltar atrás. Que não vamos retroceder. Até
porque, não só nós aqui, no governo, vamos lutar, mas porque vocês não vão
deixar”, enfatizou.
A
presidenta acrescentou ainda que, graças a essas tecnologias de inclusão
social, o Brasil chegou a 30 milhões de pessoas atendidas nesse sistema Suas.
“Hoje, são 14 milhões de famílias no Bolsa Família. Vocês se lembram que
falavam que o Bolsa Família era o ‘Bolsa Esmola’? Que tinha só equívocos,
porque incentivava as pessoas a não trabalhar. A realidade é completamente
outra. O Bolsa Família talvez seja o exemplo melhor de igualdade de
oportunidades”.
Do Portal Vermelho, com
informações do Blog do Planalto
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