A esposa do Presidente
da República, Isaura Nyusi, convidou as embaixatrizes africanas residentes em
Brasília, República Federativa do Brasil, para se empenharem na busca de
soluções que garantam a paz, estabilidade, harmonia e tolerância no continente.
A primeira-dama fez este
pronunciamento durante um encontro de cortesia que manteve na terça-feira à
noite (madrugada de ontem em Maputo) com as esposas dos embaixadores africanos
residentes naquele país da América do Sul, onde se encontra desde domingo a
visitar diferentes projectos de âmbito social.
É que para Isaura Nyusi,
a paz, estabilidade, harmonia e tolerância são condições fundamentais para o
desenvolvimento do Continente Africano e bem-estar dos povos.
“Acima de tudo existe
uma causa que todas nós devemos definitivamente abraçar: a luta por um
continente de paz, estabilidade, harmonia e tolerância, condições sem as quais
não é possível o desenvolvimento e bem-estar dos nossos povos”, frisou.
Na sua intervenção, a
primeira-dama fez referência aos progressos que o continente vem registando ao
longo dos anos, assim como, também, apontou alguns desafios de
âmbito social
que ainda persistem, em particular, no nosso país.
Falou do papel que tem
desempenhado, na qualidade da esposa do Presidente da República, de apoiar o
Governo na busca de soluções para eliminar os problemas que ainda prevalecem.
Uma das acções é a sua
ida ao Brasil para uma troca de experiências e busca de apoios para a
empregabilidade dos jovens, combate à insegurança alimentar e desnutrição que
afecta, em grande medida, as crianças, chegando a atingir uma taxa de 44 por
cento.
“O Brasil tem
experiências interessantes na melhoria de empregabilidade dos jovens. Por isso,
viemos trocar experiências nesta área”, disse Isaura Nyusi, acrescentando que
ficou interessada ainda pela experiência brasileira no combate à desnutrição.
A primeira-dama ouviu
das embaixatrizes africanas residentes em Brasília o trabalho que têm feito no
apoio às famílias necessitadas e encorajou-as a continuar com esse espírito,
dando exemplo de solidariedade e cidadania.
“Usem a vossa influência
e o vosso trabalho para a angariação de recursos e de conhecimentos que sejam
úteis aos nossos países africanos. Assim, apoiaremos os nossos Governos no
alcance das metas assumidas pelos nossos Estados, no âmbito das cimeiras da
União Africana”, estimulou Isaura Nyusi.
A título de exemplo, a
primeira-dama apontou os compromissos adoptados na cimeira que decorreu na
África do Sul, que assumiu o empoderamento da mulher como uma prioridade para
que a mulher deixe de ser a face da pobreza no continente.
Outrossim, as
primeiras-damas africanas, segundo Isaura Nyusi, têm estado a abraçar causas
conjuntas que acredita que podem merecer apoio das embaixatrizes africanas
residentes em Brasília.
Apontou as lutas contra
o HIV/Sida, contra os cancros da mama, do colo do útero e da próstata, doenças
que, no seu entender, têm causado um número cada vez maior de mortes e
sofrimento.
“Os nossos países
precisam de continuar a melhorar os cuidados de saúde que oferecem as nossas
comunidades”, disse, acrescentando ser importante o apoio das embaixatrizes na
protecção das raparigas do HIV/Sida e dos casamentos prematuros, promovendo a
saúde sexual e reprodutiva.
“Em Moçambique,
recentemente, tivemos uma importante reunião do conselho nacional da
Organização da Mulher Moçambicana, onde estes e outros assuntos foram debatidos
de forma a garantir o envolvimento das mulheres nesta luta”, sublinhou Isaura
Nyusi. (Evelina Muchanga, em Brasília)
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