28 Julho 2015, Jornal Notícias
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Um projecto-piloto denominado Escola Jovem Aprendiz
poderá ser implantado ainda este ano no país para ajudar os jovens necessitados
a conseguir manter-se na escola e a integrar no mercado de emprego com vista à
melhoria das suas condições de vida e das respectivas famílias.
Para tal a delegação moçambicana, chefiada pela
Primeira-Dama, Isaura Nyusi, que se encontra desde domingo até sexta-feira em
Brasília, capital política do Brasil, visitou ontem a sede da Rede Brasileira
de Aprendizagem, Promoção Social e Integração ou Rede Pró-Aprendiz, onde colheu
experiências sobre como é que aquele país resolve o problema de abandono escolar
e desemprego, sobretudo entre os jovens.
Na ocasião Valdinei Valério, responsável da rede, fez
saber que
a mesma existe há mais de 20 anos e abrange 17 mil jovens, na sua
maioria dos 14 aos 17 anos, oriundos de escolas públicas e em risco social
(vulneráveis ao tráfico e consumo de drogas, de famílias de baixa renda).
Enquanto estudam os jovens são treinados, capacitados em
diversos cursos para o mercado do trabalho e depois integrados em empresas,
tanto públicas, como privadas, para um estágio profissional. Os custos da
formação são financiados pelo sector privado e pelo Governo.
Depois de ouvir a experiência brasileira Carlos
Mussanhane, técnico do Gabinete da Esposa do Presidente da República, disse que
da experiência brasileira pode-se tirar elementos que garantam o suporte para
se avançar com um projecto similar, mas olhando para a realidade objectiva de
Moçambique.
“Um dos grandes desafios era a barreira dos cinco anos de
experiência. Com este tipo de iniciativa acaba se eliminando (essa barreira) porque
os jovens têm oportunidade de enquanto estiverem no processo de formação ir
aprendendo também a trabalhar e quando chega o momento de ingressar no emprego
já têm alguma bagagem que permite ser um elemento com prioridade naquilo que é
o ingresso na instituição”, sublinhou Mussanhane.
Para a implementação do modelo o Gabinete da Esposa do
Presidente da República irá coordenar com outras instituições, como são os
casos dos ministérios do Trabalho, Emprego e Segurança Social; e Género,
Criança e Acção Social para um melhor enquadramento na sociedade moçambicana.
“Este ano faremos o estabelecimento das bases mas para a
execução efectiva dependemos do MITESS”, garantiu Mussanhane.
Por seu turno Sandra Guilaze, técnica do Instituto
Nacional de Emprego e Formação Profissional, entende que a experiência
brasileira pode ser implementada em Moçambique pois ajudará na redução do
desemprego na camada juvenil, que se situa em cerca de 30 por cento.
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