27 Jul 2015, Folha
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Edgard Júnior, Radio ONU, Agência Brasil, Nova York
Segundo a especialista do Pnud (Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento) Renata Rubian, o País buscou metas bem mais
ambiciosas do que as determinadas pelos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
(ODMs); "Por exemplo, a meta de redução da pobreza no Brasil não é de 50%,
a meta de redução do Brasil que o governo adotou é de reduzir a 25% a
incidência da pobreza extrema. A meta de redução da fome no Brasil também não é
de redução de incidência de 50%. É uma meta de erradicação da fome",
disse; no geral, o mundo conseguiu reduzir a taxa de pobreza de 36% em 1990,
para 15% atualmente; os grupos mais afetados são as mulheres, os idosos, as
pessoas com deficiências e as minorias étnicas
A especialista do Pnud (Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento) Renata Rubian afirmou que o Brasil conseguiu atingir os
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ODMs, em relação à pobreza e à fome.
Em Nova York, Rubian disse em entrevista à Rádio ONU que o país buscou metas
bem mais ambiciosas do que as determinadas pelas ODMs.
"Por exemplo, a meta de redução da pobreza no Brasil não é de 50%, a meta de redução do Brasil que o governo adotou é de reduzir a 25% a incidência da pobreza extrema. A meta de redução da fome no Brasil também não é de redução de incidência de 50%. É uma meta de erradicação da fome", disse Rubian.
Em relação aos países de língua portuguesa, ela citou
resultados mistos. Rubian
falou sobre a situação em Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e
Timor-Leste, que registrou avanços no setor de saúde. "Por exemplo, a meta de redução da pobreza no Brasil não é de 50%, a meta de redução do Brasil que o governo adotou é de reduzir a 25% a incidência da pobreza extrema. A meta de redução da fome no Brasil também não é de redução de incidência de 50%. É uma meta de erradicação da fome", disse Rubian.
Em relação aos países de língua portuguesa, ela citou
"O Timor-Leste ainda não atingiu a meta de redução de pobreza, mas a gente vê que o Timor é um sucesso, na verdade, na redução da mortalidade infantil e na melhoria da saúde materna. No caso dos países africanos, é uma situação complexa. A gente vê, por exemplo, Angola e Moçambique que têm um crescimento econômico astronômico. Angola, a gente sabe muito bem de todas as riquezas naturais, como diamantes e petróleo. Mas infelizmente, no caso de Angola e Moçambique, esse crescimento econômico não se traduziu numa redução da pobreza."
No geral, a especialista do Pnud afirmou que o mundo conseguiu reduzir a taxa de pobreza de 36% em 1990, para 15% atualmente. Segundo ela, os grupos mais afetados pela pobreza extrema são as mulheres, os idosos, as pessoas com deficiências e as minorias étnicas.
Dados
Rubian disse que houve um avanço no plano global, em termos absolutos, mas quando analisados os dados agregados, os desafios continuam em várias áreas. No caso do objetivo 8, da parceria para o desenvolvimento global, Rubian explica que ele propõe mudanças em vários setores como o financeiro, principalmente no comércio internacional. Ainda na lista estão negociações para o perdão da dívida externa de países, acesso a medicamentos e à tecnologia.
"Em termos de tecnologia a gente pode dizer que essa é uma área de tremendo sucesso. A gente até compara... em vários países uma pessoa pobre tem acesso a um telefone celular mas não tem acesso a um banheiro, a um vaso sanitário. É um dado estatístico triste mas é a realidade. Em relação à telefonia celular foi um momento enorme e temos 95% da população, a gente calcula, com acesso a um telefone celular."
Agenda Pós-2015
Renata Rubian falou também sobre como a luta contra a pobreza e a fome e os esforços para o desenvolvimento se encaixam na nova agenda sustentável pós-2015, que será aprovada em setembro.
A especialista do Pnud chamou a atenção para os princípios de sustentabilidade que vão estar incluídos no novo documento. Ela citou o princípio da integração entre os fatores sociais, econômicos e ambientais e também o da universalidade, que tem duas dimensões.
Rubian explicou que a agenda será aplicada a todos os países: desenvolvidos e em desenvolvimento e trará metas universais, como por exemplo, acabar mundialmente com a pobreza e a fome até 2030.
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