quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Bloqueio econômico a Cuba é absurdo, diz presidente angolano

Luanda, 5 fevereiro 2009 (Lusa) - O presidente angolano, José Eduardo dos Santos, considerou nesta quinta-feira que o “bloqueio econômico” a que Cuba está sujeita é “anacrônico e absurdo”.

A afirmação de Santos foi feita na presença do presidente cubano, Raul Castro, durante o início dos trabalhos das duas delegações durante a visita do líder cubano a Angola, que começou oficialmente nesta quinta-feira.

Santos acrescentou que Cuba “foi sempre um modelo de independência e de coerência” no caminho que escolheu.

Neste contexto, o presidente angolano disse ainda que Cuba, apesar do isolamento, “nunca deixou de garantir o mínimo essencial a todos os seus cidadãos, conseguindo resultados extraordinários no domínio científico e educacional”.

Ele também frisou que Angola “nunca” se tornou “dependente de ninguém” porque “preferiu sempre, com maior ou menor dificuldade”, definir “o rumo e estabelecer as metas de curto, médio e longo prazos”.

Independência

Santos lembrou que a presença de Castro, que coincide com o 48º aniversário do início da luta pela independência, em 4 de fevereiro de 1961, trouxe à memória “alguns dos momentos cruciais” desse período da história angolana.

“A sua presença aqui, caro companheiro Raul Castro, traz-nos à memória alguns dos momentos cruciais dessa gesta em que a ação solidária de Cuba foi determinante, tanto no plano civil como militar, para a proclamação da independência de Angola e para a organização do novo Estado e da sua administração”, disse.

Santos disse ainda que “o povo angolano jamais esquecerá esta atitude corajosa e generosa do povo irmão de Cuba”, referindo-se ao envio, de militares e profissionais para Angola.

O líder angolano reafirmou a Castro que Cuba, “tal como no passado”, pode “contar sempre com a amizade e a modesta solidariedade de Angola na luta do povo cubano pelo direito de escolher o seu destino com honra e dignidade”.

No discurso, Santos desejou melhoras a Fidel Castro, que deixou o poder para o seu irmão, Raul, e apontou como essencial o estreitamento dos laços de amizade entre Luanda e Havana.

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