quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

RESULTADOS DO FORUM SOCIAL MUNDIAL

Balanço: a agenda possível e as polêmicas do FSM de Belém

Terminada em Belém a Assembléia das Assembléias, neste domingo (1º de fevereiro), fica a imagem de um Fórum Social Mundial histórico. Desta vez, a contraposição ao Fórum Econômico de Davos foi mais que uma intenção. A presença de cinco presidentes latinos contribuiu para que a vontade se tornasse realidade. A crise e o destaque à Amazônia ampliaram a participação de atores antes pouco expressivos, como as centrais sindicais e os povos indígenas. Por outro lado, velhas polêmicas permanecem, entre elas está: o FSM deve ou não ser deliberativo?

De Belém, Carla Santos

(Veja ao final da matéria a agenda proposta na Assembléia das Assembléias)

3 fevereiro 2009/Vermelho http://www.vermelho.org.br

Para muitos a polêmica não é importante, para outros ela é essencial. Certamente, ela permeará a tradicional reunião do Conselho Internacional do Fórum (CIF) — que reúne 150 organizações e acontece dias 2 e 3 —, mas não deve ser resolvida neste espaço. Por hora, a informação que chega sobre as divergências do CIF versam sobre a sede do FSM de 2011: Estados Unidos ou África? O que se sabe é que a adesão pelo continente africano é grande.

Com isso, a eterna polêmica se dá pelo acúmulo das discussões entre os movimentos sociais de todo o mundo até próximo FSM. Certo é que ela não morrerá e permanecerá viva até que o movimento dos fóruns, iniciado em 2001, aponte com mais protagonismo as ações globais possíveis, para além do já produtivo território de trocas e debates.

Porém, pode se dizer que a abertura, ainda que sutil, para a possibilidade de um Fórum deliberativo se alarga. Mesmo esvaziada e cansativa, a leitura de cada uma das cartas que resultaram das 22 assembléias cuidadosamente expressaram esse desejo.

Bem ou mal, as assembléias que apontaram datas mundiais de mobilizações, ou campanhas com períodos mais determinados, foram as que receberam maior atenção, apoio e repercussão da Assembléia das Assembléias. Claro que as propostas não figuraram como uma deliberação do FSM. Mas a sensação que fica é de que “sim, é legal imaginar que todos sairemos às ruas por todo o mundo por um mesmo motivo e em uma mesma data”.

Esse sentimento crescente pode ser fruto de uma relação muito particular entre fatores externos e internos deste fórum e que não existiu, ou estava menos madura, nos FSMs passados. O cenário de colapso do mercado e do meio ambiente são questões que efetivamente estão preocupando milhares de pessoas pelo mundo. Quem esteve por Belém percebeu isso como ninguém.

A ameaça da perda da renda e do emprego, somada a um possível fim do planeta tal como o conhecemos, tem gerado uma ansiedade por participação. Cada um passa a reconhecer que é preciso que muitos se unam em ações conjuntas para que o caos não se estabeleça.

As fendas na Torre de Babel

O momento mágico da Torre de Babel que sempre “glamuralizou” os fóruns vai ficando pequeno diante do anseio concreto, mesmo que limitado pelas diferentes culturas e idiomas, de unidade e convergências. Para além de conhecer e tomar contato com novas idéias, bandeiras e movimentos, o sentido geral pareceu ser: assimilar, somar e, sobretudo, agir.

As presentes barreiras construídas em favor de demarcadas diferenças — muitas alicerçadas sobre puro preconceito de ambos os lados —, entre as propostas do “enigmático” Calendário Maia e o “novíssimo” Greepeace, em oposição aos movimentos “tradicionais” protagonizados por partidos, estão diminuindo.

Mais do que encurtar distâncias geográficas, culturais e políticas, o Fórum de Belém almejou encurtar distâncias ideológicas. A palavra socialismo sempre esteve na boca de milhares que passaram pelos fóruns. Seja em oficinas autogestionadas, nas conferências, nos inúmeros debates, nas atividades culturais, estava alguém na mesa, no palco ou na platéia a defender a insígnia socialista.

Remédio para a crise é socialista

A diferença é que desta vez a palavra foi parar na boca de presidentes latino-americanos no mais marcante encontro que um Fórum já produziu. O socialismo foi proclamado em alto e bom som pelo presidente do Equador, Rafael Correa. ''O remédio para a crise é o socialismo'', ele disse. As saudosas referências à Ilha Rebelde feitas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e ao seu amigo, o comandante cubano Fidel Castro, não deixaram dúvidas sobre sua simpatia socialista.

Mesmo Lula, com o sabor da oratória que lhe é peculiar, ao desmascarar a receita neoliberal defendida pelo FMI à América Latina, reafirmou a atualidade do socialismo. “O FMI dizia que o deus Mercado podia tudo e o Estado nada podia. Agora a quem ele está pedindo socorro? É a esse mesmo Estado que ele tanto condenou. Eu espero que agora o FMI largue da gente e vá dar conselhos ao Obama”, disse Lula.

Espera-se que o quente verão — cheio de mormaço e chuvas tropicais, como se sentiu em Belém — da América Sul agora alce vôo e contamine a crescente esperança da América do Norte. Também o profundo inverno que vive a Europa pode ser tocado pelos ventos sulistas. Enquanto as correntes de ar e água se agitam, aumentam consensos na perspectiva de ações efetivas, não apenas pela AL possível — porque esta já está acontecendo — mas, sobretudo, por “um outro mundo possível”.

As 22 assembléias realizadas neste domingo**:

- Justiça Climática em Copenhagen
- Assembléia de direitos humano
- Assembléia dos Direitos Coletivos dos Povos
- Assembléia ''Crise Civilizatória Bem Viver e Direitos Coletivos”
- Assembléia Geral contra a guerra, bases militares, militarismo e armas nucleares
- Assembléia Pan-Amazônica
- Assembléia Diante da crise: desenvolver o Fórum Social como um processo permanente a partir das proposta
- Assembléia Ciêncas e Democracia
- Assembléia de Negras e Negros no FSM 2009
- Assembléia de Mulheres
- Assembléia Por um mundo sem dívida: Auditoria e Reparações Já!
- Assembléia Rede de intercomunicação e de boas experiências
- Assembléia Globalizar a declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas
- Assembléia mundial da rede internacional unidas de direitos humanos
- Assembléia Luta contra a corrupção e a impunidade
- Assembléia Justiça para a Amazônia
- Assembléia Fórum Mundial da Educação
- Assembléia Alternativas às políticas migratórias securitárias
- Assembléia Uma resposta global contra a crise financeira
- Assembléia Cultura e educação transformadora
- Assembléia Alternativas para proteção dos ecossistemas Amazônicos
- Assembléia O trabalho na crise global

** O CIF divulgou que todas as cartas deverão ser publicadas na íntegra na página do FSM 2009.

Agenda mobilização proposta por algumas assembléias:

- Entre os dia 28 de março e 4 de abril: chamamento mundial para protestos contra o capital e a guerra
- 30 de março: dia de solidariedade à Palestina
- 17 de maio: dia internacional de ação contra as políticas de migração da União Européia
- 12 de outubro: dia internacional de luta contra a colonização e em defesa dos povos indígenas
- 12 de dezembro: dia de ação global por justiça climática e outros encontros temáticos e regionais
- mobilizações em datas significativas (Dia da Mulher, Dia do Trabalhador Rural, etc) e durante eventos multilaterais (Cúpula do G8, Cúpula Climática, etc)

* Carla Santos é jornalista do Portal Vermelho, presidente da Ubes de 1999 a 2001, e participou de sete fóruns dos nove já realizados.

http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=50401

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Êxito: Fórum Social reuniu 150 mil pessoas de 142 países

O Fórum Social Mundial 2009, realizado pela primeira vez na Amazônia, em Belém do Pará, chegou ao fim neste domingo (1°) com um total de 133 mil participantes inscritos, de 142 países, informou a organização do evento. Mas, no total, o número de pessoas envolvidas no FSM — reunindo participantes e trabalhadores — chegou a 150 mil.

2 fevereiro 2009/Vermelho http://www.vermelho.org.br

O último dia do Fórum foi marcado pela realização de assembléias setoriais temáticas, pela parte da manhã, com a divulgação de algumas conclusões dos debates. Na parte da tarde, ocorreu a Assembléia das Assembléias, com apresentação de algumas propostas de campanhas globais que devem ser lançadas em 2009. Local e data do próximo FSM não foram definidos no domingo. O que está definido é que deverá ser em um país da África, em 2011.

Além das datas tradicionais — como os dias internacionais da mulher e dos trabalhadores rurais, e da cúpula do G8, em julho, da Cúpula das Américas, em abril, e do Clima, em dezembro —, os movimentos sociais propuseram a realização de uma semana de protestos contra o capital e a guerra entre os dias 28 de março e 4 de abril. Neste período, será criada uma nova articulação de países ricos que, além dos oito do G8, incluirão as demais 12 nações mais ricas do mundo.

Outro evento que deve ser alvo de mobilizações é a comemoração dos 60 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), marcada para o dia 4 de abril, em Estrasburgo, na França. No dia 30 de março, estão previstas ações unificadas de apoio à Palestina e contra os crimes de guerra cometidos por Israel em Gaza.

Já as organizações que discutem a dívida externa de países do Sul lançaram uma convocação para que todos os governos implementem auditorias e, com base nelas, declarem a ilegalidade das dívidas, suspendendo os pagamentos e exigindo reparação por processos abusivos de endividamento. O documento, assinado pela Campanha Jubileu Sul e pela Comissão Internacional pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo, também pede que os governos dos países do Sul se retirem do G20.

A organização do FSM divulgou os seguintes números como balanço final:

1- Total de participantes: 133mil

2 - Participantes inscritos no acampamento: 15 mil

3 - Crianças recebidas na Tenda Curumim-Erê : 3 mil crianças

4 - Trabalhadores voluntários, tradutores, equipe técnica e representantes de entidades organizadoras: 4.830

5 - Expositores de tendas, feira institucional, feira da economia solidária, restaurantes e lanchonetes: 5.200

6 - Eventos culturais: 200

7- Artistas: 1.000

8 - Profissionais comunicadores da imprensa oficial, mídia alternativa ou freelancer: 4.500 (2.500 credenciados e 2.500 à distância)

9 - Entidades e organizações inscritas: 5.808

Por continente:
África: 489
América Central: 119
América do Norte: 155
América do Sul: 4.193
Ásia: 334
Europa: 491
Oceania: 27

10 - Atividades autogestionadas inscritas: 2.310

11- Veículos de comunicação credenciados: 800 veículos de equipes de 30 países.

12 - Pesquisas de perfil de participantes: aproximadamente 2.150 entrevistas por amostragem.

Da Redação, com informações da Carta Maior

Leia também:
- Balanço: a agenda possível e as polêmicas do FSM de Belém

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Löwy exalta Fórum Social 2009: quem está em crise é Davos

A crise do capitalismo fez aumentar o impacto do Fórum Social Mundial. Quem opina é o franco-brasileiro Michael Löwy, diretor de pesquisas emérito do Centro de Pesquisa da França. À Folha de S.Paulo, Löwy, de 70 anos — sendo 40 radicado na França — também comemorou a esquerda política da América Latina. Confira sua entrevista.

2 fevereiro 2009/Vermelho http://www.vermelho.org.br

O Fórum Social Mundial se revitalizou?
Havia a idéia de que o Fórum tinha esgotado seu papel, estava em crise e não tinha mais o que dizer — que o movimento altermundialista (antiglobalização) já tinha acabado e era preciso passar para uma outra. Hoje em dia esse discurso acabou. Está muito clara a vitalidade extraordinária do processo do Fórum, sua capacidade de se reinventar e de avançar em ideias e propostas.

Acho que o impacto do Fórum aumentou. Quem está em crise agora é o outro fórum — o de Davos. Seus dogmas foram por água abaixo. O que o Fórum Social Mundial sempre disse, que se precisa de outro mundo, se revelou verdadeiro.

A crise econômica roubou espaço do temas original desse FSM, a Amazônia?
Pelo contrário. Há uma relação entre a crise econômica, a alimentar, a ecológica. Há uma convergência das crises, uma mesma raiz que é um modelo de civilização industrial, capitalista e ocidental em que vivemos.

O FSM não devia propor uma saída?
O Fórum é um movimento de protesto. Gente que se reúne para dizer "não", "não queremos o mundo em que tudo virou mercadoria", "não queremos um mundo dominado pelo capital". Há um "não!" — e isso é muito importante, algo precioso, e não deve ser minimizado. Mas insatisfação apenas não é suficiente. Há quem diga que o fórum só critica e não propõe nada. Não é verdade.

Um Fórum que foge da interferência de governos traz cinco presidentes...
O Fórum nunca negou a política — ela está presente. Não queremos é que o fórum seja aparelhado ou instrumentalizado por partidos políticos ou governos. Se a participação de presidentes e políticos acaba sendo o ponto alto, é a ponta visível do iceberg. Lá embaixo é muito maior.

A volta para a América Latina e o contato com suas esquerdas renova o Fórum?
A América Latina é onde a tentativa de romper as amarras do neoliberalismo está indo mais longe. Nós temos não só movimentos sociais e forças políticas que colocam essa exigência, mas ao menos três experiências novas — Venezuela, Bolívia e Equador — de governos com grande apoio popular tentando buscar uma alternativa ao Liberalismo e colocando a necessidade de superar o sistema capitalista. Infelizmente não é o caso do Brasil.

O que faltou aqui?
O Brasil deveria ter estado na vanguarda desse processo, porque é o único que tem um grande partido dos trabalhadores e com um dirigente que foi um grande operário e dirigente sindical. É um governo melhor do que os anteriores. Mas, comparado ao que havia sido a trajetória e histórico do PT, é decepcionante.

Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo

Leia também: Fórum Social Mundial reuniu 150 mil pessoas de 142 países


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Próxima edição do Fórum Social Mundial, em 2011, poderá ser na África

Agência de Informação Frei Tito para a América Latina (ADITAL)

2 fevereiro 2009/Adital http://www.adital.com.br

Ana Rogéria, editora de Adital, de Belém (PA)

Em entrevista à Adital, Salete Valesan, do Comitê Executivo do Fórum Social Mundial, faz uma avaliação sobre os resultados dos eventos ocorridos até hoje. Ela afirma que o FSM 2009 mantém seu espírito transformador e que problemas de estrutura não podem ser obstáculos para isso.
O Comitê Executivo se reúne hoje (2) para discutir o próximo lugar onde será realizado o evento. De acordo com Salete, tudo caminha para que seja novamente na África.
O FSM 2009 aconteceu de 27 de janeiro a 1º de fevereiro em Belém, no estado amazônico do Pará.
Adital - Você acredita que o Fórum se mantém como contraponto a Davos, que ele mantém o espírito transformador do início?
Salete Valesan - O nosso objetivo se mantém o mesmo porque ninguém pode se iludir nesse momento de crise que a gente está vivendo e que está todo mundo com esperança de que conseguiu dar um salto do sistema do capital, pela queda de parte do imperialismo. Por ser apenas parte que caiu é que a gente tem que estar alerta. Então o enfraquecimento hoje do G-8 não significa que amanhã a gente não possa ter uma outra força inclusive muito mais prepotente e perigosa do que nós tivemos até agora. O nosso objetivo continua. Estamos sempre em alerta, vamos continuar nos organizando e organizando esse espaço para que ele seja um espaço de resistência, de proposta e de alternativas. As alternativas que a gente tem ainda não são alternativas que possam ser aplicadas globalmente, mas nós estamos caminhando para buscar essas questões.
Adital - De 2001 a 2009, o que podemos dizer sobre essas alternativas? Elas existem, foram aplicadas?
Salete Valesan - Sim, acho que até na questão do Fórum, de como ele vem se revendo a cada ano, renovando sua metodologia e seus espaços. Em todo lugar onde ele vai, deixa um tipo de ação e alternativa diferenciada porque a cultura, a geografia, a população são diversas. Nós temos aí vários avanços. E um significativamente aqui na América Latina é a questão da economia solidária que é toda uma concepção que hoje é real. Temos também a luta pela questão das águas. A gente conseguiu ter uma campanha, fóruns de água. É muito forte também a questão da comunicação, com a comunicação compartilhada, fortalecimento das mídias livres, toda essa luta pela legalização e espaços para essas mídias. E as políticas públicas, especialmente na América Latina, por conta do contexto político dos governos que são eleitos, que a gente consegue transformar um pouco essas políticas numa força maior para as demandas sociais e humanas.
Adital - Essa edição conseguiu reunir cinco presidentes da América Latina. Que dimensão tem isso para o Fórum?
Salete Valesan - Primeiro mostra que o Fórum, juntamente com suas entidades, seus movimentos, suas campanhas, e a América Latina, todos e todas, estão dando um recado para o mundo de que nós estamos criando aqui uma potência política. Uma potência de alternativa, mostrando que a América Latina tem condições de decidir o que ela quer e o que é melhor para ela. E a gente está definitivamente se organizando para resistir a um sistema impositivo. Nós não queremos mais que o imperialismo venha nos dizer como a América Latina precisa resolver suas questões ou gerar suas alternativas. O protagonismo tem que ser nosso.
Adital - Do ponto de vista de estrutura dos Fóruns. O que a gente pode dizer deste de Belém? Há muitas queixas em relação a isso.
Salete Valesan - Nós tivemos na questão estrutural, no que diz respeito ao território do Fórum, duas grandes universidades. Foram praticamente dois eventos. Ninguém consegue circular pelos dois locais no mesmo dia. Então essa questão da estrutura foi bastante importante, foi bem. A gente teve uma dificuldade que já era prevista que foi a questão de alojamento, de hospedagem, mais dos hotéis, mais da hospedagem tradicional do que as outras. Então fomos superando essa dificuldade. Infelizmente a negociação com as empresas aéreas não é muito tranquila. Eles querem garantia de quantos virão de avião, de onde, a que horas, em qual data...O Fórum não está para controlar as pessoas. Então tivemos essa dificuldade de conseguir vagas em voos. Isso atrapalhou um pouco. Mas não vai ser isso que vai fazer a gente desistir de lugares como o Quênia, Índia ou como a Amazônia, como estamos fazendo agora. Muito pelo contrário. A gente tem que estar nestes lugares para que as pessoas possam ter direitos e acessos às informações que não são possibilitadas ainda a essa população.
Adital - O conselho executivo se reúne para decidir onde será o próximo Fórum. Já há alguma indicação? Quais os encaminhamentos finais?
Salete Valesan - Teremos 18 assembléias temáticas trazendo o que foi debatido naquele tema durante estes dias todos e criando propostas, seja de execução ou de articulação política, a partir do que cada grupo decidir. No período da tarde acontece a Assembléia das assembléias para dizer o que foi tirado e para que os participantes conheçam esses resultados. No dia 2, nós estaremos reunindo o conselho internacional do Fórum, que é na verdade o primeiro encontro do conselho que vai discutir e potencializar a decisão de, em 2011, fazer na África, que é o que mais ou menos está encaminhado. Mas ainda temos que ouvir os companheiros africanos para saber se eles se mantêm na proposta de fazer em 2011 lá. Em 2010 teremos a metodologia das jornadas de mobilização.
As matérias do projeto "Ações pela Vida" são produzidas com o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade da CF2008.

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