Moçambique tem muito que aprender de outros países em desenvolvimento no âmbito das acções para minimizar os impactos da crise económica e financeira global, que afecta o mundo e, de uma forma particular, os países em desenvolvimento.
6 fevereiro 2009/Notícias
Esta declaração foi feita pela Primeira-Ministra, Luísa Diogo, a margem do Fórum Económico Mundial em Davos, Suiça, tendo, na ocasião, se referido as lições que o Governo moçambicano pode colher da China.
"A China apresentou com toda a serenidade aquilo que está a fazer para enfrentar a crise financeira mundial e um aspecto significativo é que o Governo chinês destaca a importância da cooperação entre Estados mais do que competição e auto-destruição", afirmou Diogo.
Uma particularidade do Fórum deste ano e' que países emergentes como a Índia, China e, de certa forma, a Rússia tiveram destaque em Davos, com os seus representantes a provar que as suas economias não passam despercebidas no concerto económico mundial.
Na sessão de abertura do Fórum, o Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao, se referiu, como estratégia de gestão da crise, as acções em curso com vista a manter o fluxo de investimentos directos estrangeiros, garantir a continuação das operações de companhias multinacionais e a estabilidade da sua moeda, o yuan.
Segundo reparou a Primeira-Ministra moçambicana, algumas medidas adoptadas pela China são as mesmas em que Moçambique apostou mais a questão do apoio ao orçamento do Estado, o que demonstra que há espaço para Moçambique aprender e cooperar mais com a China.
Durante a sessão, lançou-se ao Primeiro-Ministro chinês, Wen Jiabao, a questão "que mensagem o seu país tem para o Presidente norte-americano, Barack Obama?". Em resposta, Jiabao disse que espera dos Estados Unidos e da China uma relação de "ganhadores", em que na interacção bilateral reinasse a cooperação e entre-ajuda, mais do que a competição e a mutua destruição.
Na mesma sessão, o Primeiro-Ministro russo fez uma apresentação sobre a Rússia, com destaque para a responsabilidade deste país na questão energética, as suas relações com outros países, em particular com a União Europeia, e a maneira como a Rússia se posiciona na arena internacional, em pleno processo de concretização da transição de uma economia centralmente planificada para uma economia de mercado.
A Índia, por seu lado, explanou sobre a sua situação económica, em particular as estratégias de expansão das suas companhias para fora das suas fronteiras territoriais. Menção particular foi ao sector dos recursos minerais, sector em que Moçambique conta com crescentes investimentos indianos.
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