Pequim, 12 fevereiro 2009 (Lusa) - Um alto funcionário chinês qualificou as relações sino-portuguesas como “um bom exemplo” e disse que e China “atribui grande importância” aos países de língua portuguesa.
“China e Portugal são um bom exemplo de como países com sistemas sociais diferentes podem estabelecer relações amigáveis”, afirmou o presidente da Associação Popular Chinesa de Amizade com os Países Estrangeiros, Chen Haosu.
Numa recepção comemorativa do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, Haosu disse que Portugal é “um membro importante da União Europeia e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)".
“A China atribui grande importância às relações com os países da UE e da CPLP face à atual crise financeira global, China e Portugal devem reforçar a cooperação e combater juntos o problema”, disse.
O embaixador de Portugal na China, Rui Quartin Santos, apontou “o sucesso” do processo de transição de Macau como “um motivo de orgulho e satisfação para os dois países”.
“Macau é a plataforma para o relacionamento da China com a CPLP e continua a ser um elo de ligação entre nós”, acrescentou.
Em 2003, quatro anos após a transferência de Macau para a administração chinesa, foi criado no território o Fórum para a Cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
A recepção reuniu antigos embaixadores da China em Lisboa e os representantes dos sete países da CPLP sediados em Pequim (o único ausente foi o de São Tomé e Príncipe, que mantém relações diplomáticas com Taiwan).
Portugal e China estabeleceram relações diplomáticas desde 8 de fevereiro de 1979.
Numa mensagem enviada no último fim-de-semana ao homologo português, o presidente chinês, Hu Jintao, manifestou “alto apreço” pelo papel de Portugal na promoção das relações China-União Europeia e frisou que “apesar das diferenças”, os dois países “não têm nenhum conflito de interesses fundamentais”.
Pelas contas do Fórum Macau, nos primeiros dez meses de 2008, o comércio entre a China e a CPLP quase duplicou, somando cerca de 49 bilhões de euros (R$ 143,5 bilhões).
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