Braga, 7 fevereiro 2009 (Lusa) - A Fundação para a Ciência e Tecnologia está aberta à criação de apoios anuais permanentes a iniciativas na área das ciências sociais, envolvendo investigadores portugueses, brasileiros e dos Palops, disse, hoje em Braga a sua vice-presidente.
Lígia Amâncio afirmou, em declarações à agência Lusa, que a FCT defende a criação de um programa específico, "institucionalizado" para a mobilidade de cientistas sociais no espaço da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa, "a exemplo do que já foi feito pelo Governo brasileiro".
A responsável falava à Lusa no final da sessão de encerramento do X Congresso Luso-Afro-Brasileiro que decorreu durante quatro dias na Universidade do Minho, em Braga, e que juntou 1600 investigadores de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, S.Tomé e Príncipe, e Timor-Leste.
Lígia Amâncio salientou que a FCT já apoia iniciativas diversas que envolvem investigadores dos Palops, como congressos, bolsas de doutoramento, seminários e estágios, mas - acentuou - a criação de um programa anual daria "sustentabilidade" aos intercâmbios.
"Lançámos o desafio aos investigadores, às associações, universidades e centros de investigação e ficámos, agora, à espera que nos sejam apresentadas propostas para que o programa possa ser lançado", referiu.
Lígia Amâncio havia participado na sessão de encerramento do X Congresso, durante a qual o presidente da Comissão Organizadora do Congresso lamentou a falta de apoios, já que, para além da FCT - que deu um apoio substancial - e de pequenas contribuições da Universidade do Minho, da Câmara de Braga (na logística), apenas a Câmara Municipal da Ponte da Barca deu 500 euros para ajudar a custear o evento.
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