Luanda, Angola, 12 fevereiro 2009 - O Governo angolano anunciou quarta-feira que aprovou medidas para enfrentar a crise económica mundial, que incluem alterações no plano de investimentos e uma nova estratégia de comercialização de diamantes.
No final da reunião do Conselho de Ministros, o ministro da Economia, Manuel Nunes, afirmou que as medidas adoptadas visam dar continuidade "à trajectória de crescimento" iniciada com o fim da guerra em 2002, embora com "algum abrandamento".
Manuel Nunes não especificou, no entanto, quais as medidas aprovadas em Conselho de Ministros.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, convocou entretanto uma reunião do Conselho da República para hoje, para discutir "os efeitos da crise económica mundial na economia angolana e estudar medidas capazes de os atenuar", segundo a agência oficial Angop.
Integram este órgão de consulta do chefe de Estado o presidente da Assembleia Nacional, o primeiro-ministro, o Procurador-Geral da República e os líderes dos partidos com assento parlamentar.
O ministro da Economia disse que o cenário traçado deve permitir que prossigam os "esforços de combate à fome, combate à pobreza, a realização dos principais investimentos públicos, o fomento da actividade empresarial e a continuação das reformas em curso na sociedade".
Segundo Manuel Nunes, as medidas visam assegurar "a diversificação da economia, para reduzir a dependência do petróleo, actuando em sectores geradores de mão-de-obra, como a agricultura, indústria e obras públicas".
Manuel Nunes acrescentou que para responder ao abrandamento da economia global, o Governo "vai reduzir as despesas em bens e serviços, assegurar as despesas mínimas obrigatórias das instituições públicas e imprimir maior dinâmica no saneamento financeiro das empresas públicas estratégicas".
Não foram divulgados números referentes aos cortes planeados. (macauhub)
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