Maputo, Moçambique, 5 março 2008 - O governo de Moçambique enviou quadros para Angola para receberem formação durante três anos em áreas relacionadas com a pesquisa e prospecção de petróleo, noticiou terça-feira a imprensa moçambicana.
De acordo com a agência noticiosa portuguesa Lusa, a imprensa adianta que funcionários do Ministério dos Recursos Minerais moçambicano vão receber formação em Sumbe, na província angolana do Kwanza-Sul, nas áreas de Geologia de Petróleo e de Minas.
No final da sua visita a Moçambique em Outubro de 2007, o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, prometeu colocar à disposição de Maputo "toda a experiência e saber" de Angola no domínio petrolífero, numa altura em que decorrem pesquisas sobre a existência em Moçambique de jazidas passíveis de exploração comercial.
O petróleo foi uma das nove áreas objecto de acordos de cooperação entre Moçambique e Angola, assinados no âmbito da visita de José Eduardo dos Santos a Maputo.
O governo moçambicano tem manifestado a sua confiança na existência de reservas de petróleo no país passíveis de serem exploradas comercialmente, em especial na bacia do Rovuma (rio que separa Moçambique da Tanzânia, no norte) e no delta do Zambeze (centro), mas remeteu sempre para as empresas que estão na prospecção.
As maiores operações de prospecção concentram-se na bacia do Rovuma.
Recentemente, a Anadarko, uma das principais companhias norte-americanas de petróleo, a ENI, de Itália, a Norsk Hydro e a DNO, ambas da Noruega, a Petronas, da Malásia, e a Artumas, do Canadá, venceram concursos lançados pelo governo moçambicano para a prospecção petrolífera nessa bacia do norte de Moçambique.
Em paralelo, o governo moçambicano lançou em Dezembro do ano passado, o terceiro concurso internacional para a pesquisa de petróleo, desta feita na Bacia de Moçambique, numa área de 61 mil quilómetros quadrados que inclui o sul da província da Zambézia e o norte da província de Inhambane (centro). (macauhub)
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