Maputo, Moçambique, 4 março 2008 - Moçambique deverá aumentar, nos próximos quatro anos, a produção de açúcar das actuais 240 mil toneladas por ano para 500 mil, parte considerável das quais se destinará à exportação para o mercado da União Europeia, de acordo com o jornal Notícias, de Maputo.
O ministro da Agricultura, Soares Nhaca e o chefe da delegação da Comissão Europeia em Moçambique, Glauco Calzuola, assinaram segunda-feira em Maputo um acordo de financiamento no montante de 6 milhões de euros, para a aplicação da segunda fase das medidas de acompanhamento ao sector do açúcar, relativa ao período 2008/2010.
A Comissão Europeia estabeleceu um programa de assistência técnica e financeira que visa apoiar o processo de adaptação dos países signatários do Protocolo do Açúcar às novas realidades do mercado resultante da reforma do regime açucareiro na União Europeia.
O programa, que abrange um período de oito anos, decorre desde 2006 e prolongar-se-á até 2013. Moçambique já beneficiou de um financiamento de 560 mil euros da Comissão Europeia, para a aplicação da primeira fase do referido programa.
O financiamento da Comissão vai apoiar o plano de adaptação que foi elaborado pelo sector açucareiro nacional, em resposta ao novo regime de açúcar da UE, que tem por objectivo geral apoiar a competitividade do sector no mercado mundial e aumenar a sua contribuição para o desenvolvimento económico e social das áreas de produção do açúcar.
Glauco Calzuola disse que como resultado da reforma na União Europeia, o preço garantido para o açúcar refinado vai ser reduzido em 36 por cento nos próximos 4 anos.
Apesar desta redução, os preços estabelecidos pela reforma permitirão ao mercado europeu continuar a ser atractivo em relação ao mercado mundial, sobretudo para os países do grupo ACP (África, Caraíbas e Pacífico) que, como Moçambique, continuarão a gozar de acesso preferencial ao mercado da UE.
“Neste aspecto, é importante considerar que, a partir de 2009, a Comissão Europeia compromete-se a importar, sem restrições de quantidades e isentas de direito, o açúcar produzido pelos países que, como Moçambique, participam nos acordos EBA (Everything But Arms – Tudo Excepto Armas)”, disse Glauco Calzuola. (macauhub)
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