Luanda, 3 março 2008 - O ministro do Urbanismo e Ambiente, Diekumpuna Sita José, afirmou hoje, em Luanda, que as consequências das alterações climáticas "estão bem presentes no quotidiano da população africana", através dos diferentes fenómenos que se verificam nas diversas partes do continente.
O governante fez esta afirmação quando discursava numa actividade alusiva ao Dia Africano do Ambiente, hoje assinalado, decorrido no Instituto Médio Industrial de Luanda (IMIL).
Segundo o responsável, a seca, a desertificação, as inundações provocadas pelas cheias e a diminuição "drástica" da produção agro-pecuária têm agravado, cada vez mais, a condição de pobreza "extrema" da grande maioria das famílias vulnerárias.
Por esta razão, referiu, o 03 de Março, adoptado em Julho de 2002 pelo Conselho de Ministros da Organização de Unidade Africana (OUA) como Dia Africano do Ambiente, serve de reflexão sobre os problemas ambientais que afligem o continente, através do desenvolvimento de acções de consciencialização e mobilização a todos os níveis.
"Os sinais das forças desestabilizadoras devido à mudança brusca dos regimes pluviométricos na região sul, e, previsivelmente, um pouco por todo o território nacional, dão-nos a oportunidade de meditar, individual e colectivamente, sobre as atitudes correctas que devemos imprimir nas nossas vidas para restabelecer o equilíbrio entre o homem e a natureza", advertiu.
Para este ano, acrescentou, particular destaque está a ser dado ao programa de eliminação progressiva das substâncias que danificam a camada de ozono, em cumprimento aos comprimissos assumidos com a aderência de Angola à Convenção de Viena e ao Protocolo de Montreal, em 1998 e 2000, respectivamente.
Acrescentou que desde 2001 a Unidade Nacional de Ozono, executora das tarefas decorrentes das recomendações e acordos internacionais, tem conduzido acções de inventariação, recolha e substituição de substâncias que prejudicam a camada.
Em cumprimento do Plano de Gestão Nacional, visando a eliminação progressiva do uso e consumo destes produtos até 2010, foram já formadas várias dezenas de técnicos de refrigeração em novas práticas e técnicas no sector de frio, os quais se constituiram professores nos centros de formação das províncias de Luanda, Benguela, Namibe, Cabinda, Uíge e Kuando Kubango.
Actividades de formação estenderam-se aos oficiais das alfândegas bem como campanhas de sensibilização junto dos sector empresarial, formal e informal.
Com a formação destes quadros, finalizou, melhorou-se a capacidade de resposta e contribuição para o banimento das substâncias destruidoras da camada.
A actividade dirigida a estudantes da instituição contou com a presença do ministro da Educação, António Burity da Silva. (AngolaPress)
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segunda-feira, 3 de março de 2008
Governante angolano diz que alterações climáticas reflectem-se no quotidiano dos africanos
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