sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Abya Yala*, BRICS/Venezuela e Rússia consolidam alianças estratégicas


Caracas, 5 out (Prensa Latina) Rússia e Venezuela consolidam hoje suas relações e alianças estratégicas depois de uma intensa semana de intercâmbios bilaterais enfatizados pela recente visita do presidente, Nicolás Maduro, à nação euroasiática.

A celebração da XXI Reunião Ministerial do Foro de Países Exportadores de Gás, em Moscou e da Comissão de Alto Nível Intergubernamental em Caracas, marcou o panorama informativo do país sul-americano devido à trascendencia de ambos encontros.

O Foro, no que participam os países líderes mundiais em termos de reservas e exportações de gás natural, é presidido pelo ministro do Petróleo de Venezuela, Manuel Quevedo, e tem como objetivo impulsionar o uso dos recursos energéticos em benefício do desenvolvimento dos povos.

A sua chegada à capital russa e em reunião prévia ao conclave, o servidor público venezuelano destacou os laços que unem a ambos países e o interesse comum em promover a complementariedade
das diferentes fontes de energia como um fator estratégico.

Durante a inauguração Quevedo recusou o uso do mercado petroleiro para atacar as economias do mundo e destacou seu papel fundamental na atualidade, assim mesmo referiu-se às constantes perturbações e ataques aos que se encontra submetida a nação venezuelana.

‘O mercado petroleiro, gasífero e petroquímico tem que ser utilizado para o desenvolvimento dos povos. Temos que fazer um painel com os líderes mundiais para que aceitem este compromisso’, assinalou.

Assegurou que 'é indispensável atingir a estabilidade dos mercados com o objetivo de fomentar o investimento e articular sua execução com a demanda'.

O também presidente de Petróleos de Venezuela, S.A. (Pdvsa), puntualizó que no contexto atual é imprescindível observar devidamente o respeito à soberania e direito dos países produtores e consumidores de gás.

Assinalou que o respeito é a única maneira de obter resultados em longo prazo, pelo qual Venezuela ratificou que 'sua intenção de promover o entendimento de produtores, consumidores e inversores é um marco propício para o diálogo e o compromisso'.

Em tanto a Comissão de Alto Nível Intergubernamental Rússia-Venezuela que sesiona ainda nesta capital, tem como objetivo de consolidar acordos econômicos, energéticos, tecnológicos e financeiros, entre as duas nações.

Ambos encontros se celebram uma semana após a visita oficial de Maduro a Moscou, onde sustentou uma reunião com seu par russo, Vladimir Putin, na que se lembrou a criação de um novo mapa de cooperação.

O Governo russo comprometeu-se a apoiar à nação sul-americana a recuperar sua economia, no meio do bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto por Estados Unidos.

As relações entre estas duas nações consolidaram-se a partir de 2008 durante a visita de Dmitri Medvédev, primeiro mandatário russo que chegou ao país surameriano, fato que representou uma meta na história das relações entre ambos.

A partir de então os laços fortaleceram-se e deram um novo impulso à associação estratégica no âmbito político e comercial.

Os entendimentos permitiram ademais desenvolver a cooperação nas esferas econômica, energética, financeira, científica e técnico-militar.

Atualmente no mercado venezuelano estão presentes as companhias russas Rosneft, Gazprombank, Inter RAO e a companhia estatal Rostec, e os dois países desenvolvem vários projetos inversores na esfera da energia, antes de mais nada os relacionados com a exploração de yacimientos de petróleo e gás.

De igual forma trabalha-se em outros projetos conjuntos de extração de diamantes e ouro, e discute-se a possibilidade de montar automóveis no território venezuelano.

Outros convênios têm que ver com a produção conjunta de vacinas, produção de alimentos e de investimento no área de Arco Mineiro, famoso por suas reservas de ouro.

Rússia e Venezuela, conjuntamente com outros países, se esfuerzan por estabilizar a situação no mercado mundial do petróleo, coordenando estreitamente suas ações nessa área com a Organização de Países Exportadores de Petróleo.
tgjycv/cc

*Abya Yala: Terra viva, o nome indígena da América Latina.No espírito de José Martí e dos povos nativos, Abya Yala é tudo o que está relacionado com a Nossa América, essa terra viva que vai do Rio Bravo à Terra do Fogo, passando pelas Caraíbas, sem esquecer as primeiras nações da América do Norte.

Nenhum comentário: