21 de outubro de 2019, 10:57 h, Brasil 247
(Brasil) https://www.brasil247.com/blog/francisco-o-grande-lider-global-da-atualidade
Robson Sávio Reis Souza
Doutor em Ciências Sociais, professor universitário
e membro da Comissão da Verdade de Minas Gerais
Francisco constrói pontes: com gestos
e palavras é um líder com ações propositivas; aponta, com coragem, os atores
que patrocinam as guerras, o comércio de armas e que lucram com a cultura da
morte e do descarte; confronta os líderes xenofóbicos e racistas que querem
erguer muros e promover políticas de criminalização
Papa Francisco
Você não precisa ser católico e/ou
religioso para concordar com o título deste artigo. Mas, certamente, só
ratificará essa afirmativa se (1) acompanhar o cenário das disputas reais e
simbólicas no plano internacional e (2) se o fizer extrapolando a cobertura da
mídia empresarial (totalmente comprometida com o capitalismo rentista,
concentrador de riqueza e usurpador das democracias contemporâneas). Afinal,
esse despotismo financeiro que governa as economias capitalistas contemporâneas
é classificado por Francisco como “uma economia que mata”.
Não obstante a guerra patrocinada
contra Francisco em vários fronts, por poderosas corporações internacionais
(bancos; agronegócio; indústrias das armas, farmacêutica e do petróleo; think
tanks norteamericanos propulsores do ultraliberalismo na América
Latina -- liderados por megaempresários católicos e protestantes; políticos de
extrema-direita e grupos religiosos obscurantistas...), o Papa continua a
mobilizar um imenso contingente de líderes e grupos sociais de todas as Nações
que
se somam no enfrentamento, de variadas formas, da chamada “onda
ultraconservadora”.
Remando corajosamente contra a maré, Francisco
tem se empenhado em ações estratégicas que já redundam em poderosos focos de
enfrentamento ao ultraliberalismo. Abaixo, listamos algumas das iniciativas de
Francisco que tem repercutido globalmente e extrapolado o “mundo” católico.
1. Protagonismo dos Movimentos
Populares: para contrapor a corrosão da política tradicional e os limites da
democracia deliberativa (que sucumbiram à “economia que mata”), o Papa promoveu
três encontros internacionais, elegendo como interlocutores privilegiados as
lideranças dos movimentos populares.
Francisco percebeu que os chefes dos
poderes públicos, de modo geral, estão altamente deslegitimados pelo fato de
terem se capitulado à lógica do dinheiro e do mercado, afastando-se cada vez
mais dos clamores dos pobres, servindo a um “sistema econômico que põe os
benefícios acima do homem [...], que considera o ser humano como um bem de
consumo, que se pode usar e depois jogar fora. Servem a um sistema centrado no
‘deus dinheiro’ a saquear a natureza para manter o ritmo frenético de consumo
que lhe é próprio. Um sistema global destrutivo “que impôs a lógica do
lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da
natureza”. Assim, Francisco preferiu se aliar aos líderes dos movimentos
populares que “expressam a necessidade urgente de revitalizar as nossas
democracias tantas vezes desviadas por inúmeros fatores.”[1]
Nos três encontros com os movimentos
populares[2], Francisco tocou no ponto central desse sistema
político-econômico que produz exclusão e múltiplas formas de violências. As
últimas crises econômicas mundiais serviram para aumentar a concentração de
riqueza e renda em todo o planeta. Atualmente, vinte e oito grandes grupos
financeiros manejam quase dois trilhões de dólares por ano. O balanço desses
megaconglomerados financeiros que têm, entre outros, o Goldman Sachs, o JP
Morgan Chase, o Bank of America, o Citigroup, o Santander, entre outros, mostra
um patrimônio (não produtivo) de cinquenta trilhões de dólares, sendo que o PIB
mundial está na casa dos 75 trilhões. Esses conglomerados detêm cerca de 68% do
fluxo mundial do capital.[3]
O sistema econômico atual se sobrepõe à
política e aos interesses dos povos e das nações e funciona graças à corrupção
generalizada: nada menos que 25% do Produto Interno Bruto mundial são remetidos
a paraísos fiscais por grandes empresas e instituições financeiras.
Estima-se que a cada ano dezoito trilhões de dólares seguem o caminho da
sonegação de impostos. No Brasil a estimativa de evasão fiscal entre 2003 e
2012 foi de 220 bilhões de dólares.
A corrupção passou a ser a mola
propulsora do capitalismo rentista, especulador e concentrador de renda e
riqueza que viceja nos últimos tempos. A concentração de poder em pouquíssimos
conglomerados e a fusão ou compra de grandes bancos desencadeados pela crise de
2008 determina o modo de funcionamento de um sistema que precisa corromper
governos (agentes públicos) para subsistir.
O elemento profético e simbólico da
opção de Francisco pelos movimentos populares é a explicitação da mais dura e
contundente crítica ao capitalismo em sua fase atual, marcada pelo rentismo
especulativo que promove a mais avassaladora política de acumulação de riqueza
e renda da história, a privilegiar pouquíssimos.
Em contraposição a esse sistema global
idólatra “que exclui, degrada e mata”, o Papa Francisco propõe uma nova
governança global protagonizada pelos movimentos populares: “atrevo-me a dizer
que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa
capacidade de vos organizar e promover alternativas na busca diária dos ‘3 T’
(terra, teto e trabalho) e, também, na vossa participação como protagonistas
nos grandes processos de mudanças nacionais, regionais e mundiais. Não se
acanhem”. [4]
2. A economia de Francisco: noutra grande
articulação internacional, o Papa promoverá em Assis, na Itália, de 26 a 28 de
março do próximo ano, um encontro mundial para repensar a economia global.
Serão convidados jovens economistas de
até 35 anos, empresários e militantes de movimentos comprometidos com mudanças
sociais. Segundo Francisco, há que se buscar “uma economia diferente, que faz
viver e não matar; inclusiva; que humaniza e não desumaniza; que cuida da
Criação e não a depreda. Um evento que nos ajude a estar juntos e nos conhecer,
e que nos leve a fazer um ‘pacto’ para mudar a atual economia e dar uma alma à
economia do amanhã.”
Para o encontro em Assis, já
confirmaram presença: Muhammad Yunus, conhecido como “o banqueiro dos pobres” e
Amartya Sen, professor de filosofia e economia em Harvard (EUA) e Cambridge
(Reino Unido), ambos agraciados com prêmio nobel. Outros renomados
especialistas em desenvolvimento sustentável e economia solidária, como Bruno
Frey, suíço; Carlo Petrini, italiano fundador do Slow Food; Kate Raworth, inglesa;
Jeffrey Sachs, estadunidense interessado nas causas da pobreza; a indiana
Vandana Shiva, diretora do Fórum Internacional sobre Globalização e Stefano
Zamagni, italiano estarão presentes no evento.
O objetivo do encontro é promover
intercâmbios entre teoria e prática, de modo a elaborar uma proposta
alternativa à economia hegemônica que, como afirmado anteriormente, gera
exclusão social e enriquecimento nababesco de uns poucos. O Papa confia que
esse encontro apontará as linhas gerais de uma nova economia: justa,
sustentável e inclusiva.
Em vários países, inclusive aqui no
Brasil, grupos de trabalho estão promovendo eventos, fóruns, seminários para
discutir uma nova economia, propor novos currículos para Universidades que
abordem modelos inclusivos (de economia), mapear e promover experiências de
economia solidária, criativa, inclusiva, justa.
Essa iniciativa de Francisco aponta,
objetivamente, para a proposição de uma nova engenharia de governança global
que contraponha o modelo atual, no qual apenas 1% mais rico é dono de metade da
riqueza do mundo e as 100 pessoas mais ricas possuem, juntas, mais do que
quatro bilhões dos mais pobres.[5]
3. Um pacto educativo global: noutra
frente sociopolítica, Francisco articula um pacto educativo entre as nações.
Para tanto, promoverá um encontro no Vaticano, em 14 de maio de 2020.
Estão convidados profissionais que
trabalham com a educação de várias partes do mundo. Como explica o Papa, numa
mensagem divulgada para lançar esse evento, trata-se de um “encontro para
reavivar o compromisso em prol e com as gerações jovens, renovando a paixão por
uma educação mais aberta e inclusiva, capaz de escuta paciente, diálogo
construtivo e mútua compreensão. Nunca, como agora, houve necessidade de unir
esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de
superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem
a uma humanidade mais fraterna”.
O Pacto Global pela Educação faz parte
dos esforços de Francisco para promover uma ampla discussão sobre os efeitos da
tecnologia, do consumismo e da cultura do imediatismo/individualismo na
sociedade contemporânea: “O mundo contemporâneo está em transformação contínua,
vendo-se agitado por variadas crises. Vivemos uma mudança epocal: uma
metamorfose não só cultural, mas também antropológica, que gera novas
linguagens e descarta, sem discernimento, os paradigmas recebidos da história.
A educação é colocada à prova pela rápida aceleração que prende a existência no
turbilhão da velocidade tecnológica e digital, mudando continuamente os pontos
de referência. Neste contexto, perde consistência a própria identidade e
desintegra-se a estrutura psicológica perante uma mudança incessante”, escreveu
o Papa na mensagem.
Francisco propõe três desafios a serem
enfrentados pela educação: primeiro, ter a coragem de colocar no centro a
pessoa; segundo, a coragem de investir as melhores energias com criatividade e
responsabilidade e, finalmente, a coragem de formar pessoas disponíveis
para se colocarem ao serviço da comunidade, promovendo uma “cultura do
encontro”.[6]
4. Um novo humanismo: as iniciativas
acima fazem parte de um conjunto de ações que Francisco tem liderado,
globalmente, para enfrentar a xenofobia, a exclusão social, os nacionalismos,
populismos e totalitarismos que ressurgem em várias partes do mundo na
atualidade.
O Papa sempre enfatiza o tema do
trabalho humano como um daqueles direitos sagrados que deve ser preservado em
cada pessoa. Frente às concreções práticas de teses neoliberais, que sufocam e
oprimem as pessoas em suas experiências profissionais, Francisco clama por um
“novo humanismo, que coloque fim ao analfabetismo da compaixão e ao progressivo
eclipse da cultura e da noção de bem”.
Num prefácio de uma recente
publicação, Francisco reconhece que os movimentos sociais têm a capacidade de
uma articulação transnacional e transcultural: aquele “modelo poliédrico” ao
qual fez referência em sua exortação apostólica Evangelii Gaudium (nº
2), e que se constitui a partir de um paradigma social baseado na cultura do
encontro. Para o Papa, esta pluralidade de movimentos, cujas experiências de
luta pela justiça ficam plasmadas no livro, “representam uma grande alternativa
social, um grito profundo, um marco, uma esperança de que tudo pode mudar”.
Reafirmando sua convicção de que a
humanidade enfrenta atualmente uma transformação de época caracterizada pelo
medo, pela xenofobia e pelo racismo, Francisco afrima que os “movimentos
populares podem representar uma fonte de energia moral para revitalizar nossas
democracias”, numa perspectiva humanista.
De fato, em meio a uma sociedade
global ferida por uma economia cada vez mais distante da ética, os movimentos
sociais podem exercer a função de um antídoto contra os populismos e a política
do espetáculo, já que privilegiam a participação da cidadania, com uma
consciência mais positiva sobre o outro. Essa é a consequência da promoção de
uma “força do nós”, que se opõe à “cultura do eu”.
Numa carta intitulada "A
comunidade humana" (Humana communitas) publicada em 15 de janeiro
deste ano, Francisco pede para "restaurar a importância desta paixão de
Deus pela criatura humana e o seu mundo”. No nosso tempo, escreve o Papa “a
Igreja é chamada a relançar com força o humanismo da vida que irrompe desta
paixão de Deus pela criatura humana. O compromisso de entender, promover e
defender a vida de todo ser humano é impulsionado por este amor incondicional
de Deus".
5. Sínodo da Amazônia: não obstante a
guerra midiática, regada com muito dinheiro dos opositores de Francisco --
encabeçada por Steve Bannon [7] e grupos religiosos ultraconservadores --, e a
batalha política patrocinada pelo governo do Brasil e por grupos de
ultradireita dentro e fora do catolicismo contra o encontro que acontece nesses
dias em Roma, as notícias diárias do Sínodo dão conta da configuração de um
grande pacto internacional em defesa da Amazônia: dos povos locais (os
indígenas e sua cultura) e da biodiversidade.
É simbólico o fato de o Sínodo ter
extrapolado o campo eclesial e se tornado, internacionalmente, um foco de
discussão sobre o modelo predatório do modelo econômico atual que destrói não
somente a natureza, mas as culturas e os povos originários, beneficiando
somente aquela ínfima parcela da população opulenta, sustentada pelo modelo da
“economia que mata”.
Os resultados do Sínodo certamente
transbordarão às ações da Igreja Católica na região panamazônica e já sinalizam
outro pacto global em defesa da “Casa Comum”[8], como vem pregando Francisco desde sua assunção ao trono
papal.
6. Reformas na Igreja: como se não
bastassem essas iniciativas que posicionam Francisco como o grande líder
mundial contemporâneo, o Papa “que veio do fim do mundo” promove uma árdua
empreitada de reforma da Igreja Católica.
Enfrentando com sobriedade e destemor
todo o tipo de vicissitudes patrocinadas por setores recalcitrantes do
catolicismo (clero e laicato), Francisco denuncia o clericalismo, a opulência
de setores herméticos da igreja, as perversões sexuais de parte do clero e os
escândalos financeiros que, volta e meia, envolvem parte da Cúria Romana.
Obviamente, o Papa percebe que é
preciso uma guinada no modelo de “igreja triunfante” para uma igreja em saída
“para as periferias geográficas existenciais”: “prefiro uma Igreja acidentada,
ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo
fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças” (EG 49).
“Francisco pensa a Igreja “sal da
terra”, “luz do mundo” e “fermento na massa”, muito distinta da Igreja
societas perfecta, em conluio com os poderosos, contaminada pelo vírus
antievangélico do egoísmo, do autoritarismo e do liturgismo, com o narcisismo
que o acompanha, levando-a a se voltar para si mesma, num fechamento que a
torna indigna do nome cristão. [9]
7. Relação com outras religiões: ao
longo de seu pontificado, em vários eventos no Vaticano e em todas as suas
viagens internacionais, Francisco tem se disposto a dialogar fraternalmente com
todos os líderes religiosos.
“Desde sua eleição, Francisco já
visitou (em 2014) a Turquia (maioria muçulmana), a Albânia (também de maioria
muçulmana); a Coreia do Sul (maior religião é a budista, com ¼ da população); a
Jordânia (maioria muçulmana); Israel (de maioria judaica) e a Palestina (de
maioria muçulmana). Nessa viagem à Terra Santa, Francisco se encontrou com dois
grã-rabinos judaicos e com o grã-mufti muçulmano na esplanada das mesquitas em
Jerusalém. Em 2015 visitou a Bósnia e Herzegovina (maior parte muçulmana); o
Sri Lanka (de maioria budista). No Sri Lanka se encontrou inclusive com
representantes das quatro grandes tradições religiosas do país: Budismo,
Hinduísmo, Islã e Cristianismo. No ano de 2016, além de ter participado do
encontro em Assis, na jornada mundial pela paz, onde se encontrou com
representantes de diversos grupos cristãos, mas também representantes do
Judaísmo, Islã e Tendai, o Papa Francisco foi ao Azerbaijão, de maioria
muçulmana, onde manteve um encontro com estes fiéis na mesquita da capital
Baku. No ano de 2017, Francisco foi a Myanmar (maioria budista), Bangladesh
(maioria muçulmana) e Egito (também de maioria muçulmana). Nessa viagem ao
Egito, o Papa Francisco realizou um pronunciamento que pode ser considerado o
seu programa para o diálogo inter-religioso. E, finalmente, no ano de 2019,
Francisco já viajou aos Emirados Árabes Unidos, de maioria muçulmana e ao
Marrocos, país de quase totalidade muçulmana. No Marrocos foi emblemática a
apresentação musical feita com a presença do Papa Francisco e representantes de
diversas tradições religiosas, onde foi apresentada uma peça com uma cantora
judia, uma cristã e um cantor muçulmano. Esta lista de viagens é apenas uma
pequena amostra tanto da centralidade que o tema do diálogo inter-religioso tem
em seu pontificado, como também a forma como tem feito Francisco: ir ao
encontro, visitar e dialogar no espaço de tradições religiosas diversas da sua.
Nestes encontros, o foco dos pronunciamentos e das preocupações do Papa não tem
sido a diferença religiosa, mas a busca do engajamento e ação em conjunto em
prol da humanidade e dos problemas que a assolam. Assim, disse o Papa no
encontro com os muçulmanos no Egito”.[10]
Num dos encontros mais importantes do
seu pontificado, em viagem apostólica aos Emirados Árabes Unidos, de 3 a 5 de
fevereiro deste ano, o Papa assinou o “Documento sobre a fraternidade humana em
prol da paz mundial e da convivência comum”, juntamente com o Grão Imã da
Mesquita de Al-Azhar, no Egito, Sheik Ahmad al-Tayyeb. O acordo foi uma forma
de celebrar o gesto de São Francisco de Assis de visitar a região, de maioria
islâmica (muçulmana), 800 anos atrás. E a visita de Francisco foi a primeira de
um Papa à Península Arábica, berço do islamismo.
O documento diz que Al-Azhar e o
Vaticano, muçulmanos e católicos, vão, juntos, lutar contra o extremismo religioso
e que nenhuma religião deveria, nunca, incitar violência, ódio ou guerra. A
assinatura foi feita diante líderes religiosos de todo o mundo.
Esses breves apontamentos confirmam a
liderança inconteste de Francisco no cenário internacional. O Papa, apesar de
octogenário, é a maior liderança propositiva (com palavras e gestos concretos)
da atualidade. Enfrenta uma onda massificadora e obscurantista que, utilizando
de pseudodiscursos religiosos clamam por uma “recristianização” do Ocidente a
impor uma homogeneização violenta, excludente, geradora de morte.
Francisco constrói pontes: com gestos
e palavras é um líder com ações propositivas; aponta, com coragem, os atores
que patrocinam as guerras, o comércio de armas e que lucram com a cultura da
morte e do descarte; confronta os líderes xenofóbicos e racistas que querem
erguer muros e promover políticas de criminalização dos migrantes, dos
refugiados, dos pobres, dos movimentos sociais; aponta os males de uma
governança global que, desprezando a democracia de fato, sucumbiu ao
capitalismo concentrador de riqueza e renda e gerador da miséria, exclusão e
múltiplas formas de violências.
Viva Francisco!
[1] SOUZA, R. S. R. A política de Francisco. IN:
JÚNIOR, F.de A.; ABDALLA, M.; SOUZA, R. S.R. (orgs). Papa Francisco com os movimentos
populares. São Paulo: Paulinas, 2018.
[2] Ocorridos em Roma (2014), na cidade boliviana de
Santa Cruz de La Sierra (2015) e novamente em Roma (2016).
[3] Utilizamos dados sobre a concentração de riqueza
das seguintes fontes: relatório da Oxfam, de 2017; DOWBOR, Ladislau, El
capitalismo cambió las reglas, la politica cambió de lugar, Nueva Sociedad,
2016; CACCIA-BAVA, Silvio, “A corrupção e o impasse político”, texto impresso
distribuído no encontro do Movimento Nacional de Fé e Política, realizado em
maio 2017, no Rio de Janeiro; Ministério das Relações Exteriores, “Temas
orçamentários e administrativos da ONU”.
[4] PAPA FRANCISCO. Discurso do Papa Francisco no II
Encontro Mundial dos Movimentos Populares. Coleção Sendas. Volume 4. Edições
CNBB, 2015.
[5] “Os 26 mais ricos do mundo concentram a mesma
riqueza dos 3,8 bilhões mais pobres”. Disponível em: https://oglobo.globo.com/economia/os-26-mais-ricos-do-mundo-concentram-mesma-riqueza-dos-38-bilhoes-mais-pobres-23391701 . Acesso em 20/10/2019.
[7] É um dos líderes mundiais dos movimentos de
extrema-direita. Segundo o jornal The Guardian, Bannon declarou ao ex-ministro
do Interior da Itália, Matteo Salvini, que o Papa Francisco “é o inimigo” e
deve ser atacado. O ex-estrategista chefe de Donald Trump e mentor do
bolsonarismo aconselhou o ministro do Interior italiano a atacar o Papa
Francisco sobre a questão da migração, segundo fontes próximas à extrema
direita italiana. “Bannon aconselhou o próprio Salvini que o papa atual é uma
espécie de inimigo. Ele sugeriu, com certeza, atacar frontalmente”, disse o
jornal inglês The Guardian, citando declaração de um representante da Liga
anti-migração da Itália. Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/592797-fracassou-o-contra-sinodo-sobre-a-amazonia-programado-em-roma-por-bolsonaro. Acesso em 20/10/2019.
[8] Citando o Papa Francisco em sua encíclica “Laudato
Si: sobre o cuidado da Casa Comum” (2015): “Nunca maltratamos e ferimos a
nossa Casa Comum como nos últimos dois séculos… Essas situações provocam os
gemidos da irmã Terra, que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um
lamento que reclama de nós outro rumo” (n.53).
[9] Vitório, Jaldemir. Igreja em saída: para onde?
Disponível em: https://faje.edu.br/periodicos/index.php/annales/article/download/3628/3708/. Acesso em 20/10/2019.
[10] Papa Francisco e o Diálogo inter-religioso.
Artigo de Frei Volney J. Berkenbrock, disponível em : https://franciscanos.org.br/vidacrista/papa-francisco-e-o-dialogo-inter-religioso/. Acesso em 20/10/2019.
Um comentário:
Copiei, integralmente, no meu espaço
Viva Francisco!
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