quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Portugal/A GRANDE GREVE GERAL DE 14 DE NOVEMBRO

14 novembro 2012/Odiario.info http://www.odiario.info (Portugal)


Uma Greve Geral tem sempre um grande alcance.

A verificada hoje, 14 de Novembro em Portugal, ocorre em ocasião e com significado especiais.
A agressão do capital nacional e internacional a direitos fundamentais e às condições de acesso e exercício do direito ao trabalho e condições de vida dos trabalhadores é não só muito grave, como ainda assume a intenção de prosseguir até limites inconcebíveis.


A luta decorre todos os dias: nos locais de trabalho e nas ruas, junto de serviços públicos e defronte órgãos de soberania, lá onde a solidariedade entre os trabalhadores e as populações pode organizar-se, exprimir-se, ser escutada, produzir impacto e multiplicar-se.


Os membros do governo e os fazedores de opinião pública – que procuram desarmar a resistência popular – iludem, prometem, iludem e insultam para que o povo se atordoe, hesite, divida e desista. Tirando partido das condições adversas para os trabalhadores, consequentes de mais de um milhão de desempregados, o esmagador peso do trabalho precário, bem como da sinistra tendência regressiva na economia.


Em particular as greves e outros actos de luta laboral e as organizações sindicais combativas, e esta Greve Geral em concreto, são apoucadas na sua dimensão e significado e alvo de calúnias.
Mas a realidade é que esta Greve Geral, inserida no curso de inúmeras lutas laborais que se vêm desenvolvendo contra a imposição de um “pacto de agressão” para um “tratado de submissão” de Portugal, através dos PECs primeiro e agora do “memorando de entendimento” acordado entre as troikas nacional e do capital internacional, é uma afirmação categórica do povo trabalhador contra a política de submissão e ruína do povo português. O Secretário-Geral da CGTP qualificou esta Greve Geral como “uma das maiores de sempre”, e os próprios órgãos de comunicação social dominantes avaliaram a participação em 85% o que, sendo um valor impressionante, significa que a adesão real terá sido ainda superior.

A Greve Geral encontrou eco em milhares de locais de trabalho e na maioria dos sectores de actividade, com forte expressão nos organismos da administração do estado a todos os níveis, e naqueles sectores empresariais em que a presença de médias e grandes empresas predominam. Para além das concentrações e piquetes junto das empresas, realizaram-se concentrações nos centros de todas as capitais distritais e muitas outras cidades maiores.


A Greve Geral, como ficou dito, não é acto isolado, é um elo de uma cadeia, paralela e convergente com várias outras vias de luta do povo português. Pelo direito e acesso: ao trabalho contra o desemprego e pela Segurança Social; à saúde e pelo Serviço Nacional de Saúde; à educação gratuita e pela Escola Pública; à habitação e contra os despejos. As muitas lutas sectoriais na defesa da economia e da produção nacional. Contra as concessões ou privatizações de património e de serviços públicos. Por um país com futuro para o povo.


A CGTP assumiu a sua responsabilidade histórica que lhe advém da luta desde antes da Revolução de Abril. A sua análise da situação presente e a sua disponibilidade para ouvir e traduzir em organização a vontade dos trabalhadores organizados produziu frutos preciosos. A sua mobilização alargou-se e acolheu dezenas de outros sindicatos, filiados na UGT ou não filiados em qualquer delas. Bem como muitos trabalhadores não filiados, desempregados e pensionistas, que todos eles sofrem as consequências da mesma política anti-popular e anti-nacional.


O prestígio internacional da CGTP permitiu coordenar a Greve Geral em Portugal com Espanha, Itália e Grécia, e ainda com acções de solidariedade em Inglaterra, França, Bélgica, Países Baixos, Suíça, Alemanha, Áustria, R. Checa, Eslovénia, Roménia, Suécia, Finlândia. Esta jornada é pois também e tem o alcance de uma ampla iniciativa de solidariedade internacionalista – entre trabalhadores que em diferentes graus sofrem a mesma ofensiva furiosa e cega do capital internacional e seus agentes domésticos.


14 de Novembro de 2012

OS EDITORES DE ODIARIO.INFO


Sobre este assunto
 

ÉXITO DE LA PRIMERA MANIFESTACIÓN EUROPEA CONTRA LA TROIKA

15 noviembre 2012/Rebelión http://www.rebelion.org (México)
 

El sur de Europa señala el Norte


 
Usemos el 14N como barómetro. El día de ayer registró manifestaciones intensas en todo el sur de Europa, especialmente concentradas en la península ibérica, pero también en Italia y Grecia. Las calles se desbordaron en España y Portugal, donde se vivieron huelgas generales masivas contra el desmantelamiento del Estado social que impone la Troika. 

Las altas precipitaciones sociales dejan en evidencia lo patéticas que resultan las hojas de parra de los partidos y sindicatos socialdemócratas de estos países mediterráneos con la que está cayendo. Por ejemplo en Italia, donde salieron a manifestarse cientos de miles de estudiantes y trabajadores en las calles de 87 ciudades italianas, la CGIL, sindicato mayoritario, sólo había convocado paros de cuatro u ocho horas, y eso a rebufo de los Co.Bas, que habían convocado ya una jornada completa de huelga general. Lo mismo ocurrió con el sindicato UGT portugués, que tampoco convocó huelga ayer, y lo mismo ocurrió con el GSEE griego, que también había optado por cuatro horas socialmente correctas. Está claro: los ciudadanos del sur de Europa requieren mayor oposición y mayor unidad contra la dictadura de la Troika. En la manifestación de Atenas, simpatizantes de Syriza llevan las banderas de Portugal, Italia, Grecia y España. El lema de European Left en la manifestación de Atenas decía: "La austeridad mata la dignidad". ¡Cuántos y cuán dignos los jóvenes en las manifestaciones de toda Europa! Empujados por esta generación de jóvenes sin trabajo, sin futuro, pero sin miedo, hemos de recuperar la soberanía de nuestro tiempo, del que rápida y silenciosamente se ha adueñado esta pérfida Troika.

El parte meteorológico mainstream hace incapié en la violencia del 14N. Rayos y truenos. Incidentes en Lisboa delante del Parlamento. En la Gran Vía y la Plaza de Neptuno en Madrid. En la Ciudad Universitaria de Valencia. En Tarragona, ese chaval aporreado. En Barcelona, dos coches de la policía quemados. En Roma, cargas de la policía, decenas de detenidos. Batalla también en Milán, Turín, Padua y Brescia. El Poder se blinda en su Palacio e impide con violencia que nadie se le acerque. Si alguien lo hace, al día siguiente en la prensa se le acusa de ser un "profesional de la violencia". Siempre el mismo guión. Lo llaman democracia y no lo es.

Son muy interesantes los chubascos registrados en Francia y Bruselas. 15.000 manifestantes en París, según la CGT. Cinco organizaciones sindicales convocaron 130 concentraciones por toda Francia. Muy institucional la manifestación de Bruselas, donde Bernadette Ségol, Secretaria General de la Confederación Europea de Sindicatos, resume lo obvio: "Hay una emergencia social en el sur de Europa. Todo el mundo reconoce que las políticas que se están llevando a cabo son injustas y además no están funcionando".

Viendo lo que ocurrió ayer en las calles de Europa, igual hay que concederles la razón a los empresarios. Phillip de Buck, líder del lobby Business Europe, dijo: "Si se hace huelga a nivel nacional y de las compañías, sólo se hará daño a la economía". Este razonamiento nos aclara el camino: si queremos detener esta revolución neoliberal que afecta a todo un continente, la respuesta no ha de ser nacional, sino continental. Que la próxima vez se una toda la ribera del Mediterráneo. Que se adhiera Francia en la siguiente. El Sur marca el Norte.

Los esquiroles dicen que no vale de nada hacer huelga. Anoche Gobierno y PSOE pactaron paralizar los desahucios para rentas por debajo de 22.000 euros. También ayer Olli Rehn, Comisario Europeo de Economía, compareció por sorpresa precisamente ayer para decir que España ya ha hecho suficientes sacrificios en su carrera por reducir el déficit este año y el próximo. ¿Será casualidad?

El 14N anuncia más tormentas en Europa. Los estudiantes de Roma lo gritan alto y claro.
Tutti insieme famo paura. Todos juntos damos miedo.

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