terça-feira, 13 de novembro de 2012

Governo investe na melhoria do ambiente de negócios em Moçambique

2 de Novembro de 2012, Portal do Governo http://www.portaldogoverno.gov.mz

Maputo (AIM) – O Governo Moçambicano , em parceria com a Investiment Climate Facility (ICF), uma instituição vocacionada a melhoria do ambiente de negócios com sede em Dar-es-Salam, capital tanzaniana, vão implementar um projecto em Moçambique, designado por Plataforma Integrada de Prestação de Serviços ao Cidadão.
O projecto, que será implementado durante um período de 18 meses, é orçado em 5,3 milhões de dólares americanos e tem como núcleo essencial o licenciamento e promoção de actividades económicas e serviços básicos dirigidos ao cidadão.
O acordo de financiamento deste projecto foi assinado hoje, em Maputo, pelo Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, e pelo director executivo do ICF, Omari Issa, que se encontra de visita ao país.


Falando no evento, o Ministro da Indústria e Comércio disse que o projecto assenta num sistema electrónico único que, para além de induzir a integração de serviços públicos referentes ao licenciamento de actividades económicas, promove a melhoria do atendimento, dinamiza e flexibiliza a tomada de decisões a nível dos sectores.
“Esperamos com este projecto que, nesta primeira fase de 18 meses, logremos atingir as principais linhas de acção preconizadas que compreendem a criação de um Sistema Integrado de Prestação de Serviços de Negócio, à modernização e eficiência dos serviços públicos com base no uso de tecnologias de informação e comunicação”, disse o governante.

Este projecto baseia-se nos desenvolvimentos do projecto Janela Única do Turismo (JUT) iniciado em 2009 – envolvendo o Ministério do Turismo – que o governo pretende alargar a sua abrangência para mais áreas de interesse económico e empresarial, tais como o licenciamento comercial e industrial; o licenciamento simplificado; atribuição de Número Único de Identificação Tributária (NUIT); e registo de empresas.
Neste projecto o governo moçambicano comparticipa com 2,6 milhões de dólares e os remanescentes 2,7 milhões são uma contribuição do ICF.

Na sua intervenção, o director executivo do ICF destacou que existe uma relação directa entre a facilidade para iniciar um determinado negócio e a criação de emprego.
“Se facilitar o início de um negócio – se custar menos iniciar um negócio – também será fácil gerir o negócio e muitas pessoas que agora fazem os seus negócios sem que estejam registados formalmente serão encorajados a se registarem porque ao entrar na economia formal serão capazes de aceder aos financiamentos e atrair recursos humanos qualificados e expandir os seus negócios”, disse Issa.

O projecto reveste-se de maior importância para as pequenas e médias empresas, a maioria das quais possui uma capacidade limitada para gerir os seus negócios e cumprir com toda a burocracia exigida pelas instituições do Estado.
“Ao invés de gastar muito tempo a cumprir os procedimentos burocráticos, eles podem dedicar o seu tempo para gerir os seus negócios, tornarem-se mais competitivos, expandir os seus negócios e empregar mais pessoas”, explicou.

Omari Issa sublinhou a importância para a melhoria do ambiente de negócios em Moçambique, bem como no resto do continente africano, de modo a permitir a expansão das empresas e criação de mais postos de trabalho.
“Para nós, o mais importante não é o orçamento do projecto mas o seu objectivo como tal”, disse Issa, acrescentando que “um investimento de um milhão de dólares pode facilitar a implementação de um negócio e criar investimentos de biliões de dólares, com a criação de muitos empregos”.

 

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