Luanda, 21 agosto 2011 (AIM) – O Presidente Armando Guebuza diz que Moçambique saiu da XXXI Cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral com responsabilidades acrescidas, razão pela qual vai prestar todo o apoio e solidariedade ao actual líder da organização, o Chefe do Estado angolano, José Eduardo Dos Santos.
Falando à imprensa moçambicana, no final da cimeira que decorreu de 17 a 18 de Agosto corrente, em Luanda, a capital de Angola, Guebuza disse que Moçambique vai empenhar-se a fundo na implementação de todos os programas e actividades da organização.
Moçambique ascendeu a vice-presidência da SADC nesta última cimeira.
Segundo Guebuza, ao se empenhar neste cargo, Moçambique estará a preparar-se para assumir a presidência desta organização, na XXXII Cimeira a ter lugar no país, em 2012.
A SADC, segundo o Presidente Guebuza, vai trabalhar neste mandato dentro de uma linha orientada para a construção e desenvolvimento de infra-estruturas.
“O desenvolvimento de infra-estruturas em Moçambique não começa hoje temos os corredores de Nacala, Beira, Limpopo, linhas-férreas e estradas reabilitadas”, disse o Presidente Guebuza, apontando a logística do carvão de Moatize, como sendo exemplo de projectos que não começaram a ser implementados agora.
O Chefe do Estado moçambicano defendeu, por outro lado, que na liderança deve se contar com a ajuda mútua entre os países que integram a comunidade e de apoio de outros parceiros nacionais e internacionais para que qualquer programa seja coroado de êxito.
“O que une a SADC não é apenas a Zona de Comércio Livre mas sim um conjunto de vários outros factores”, indicou o Presidente moçambicano.
A SADC não dispõe de recursos para cobrir todas as suas despesas e, segundo o Chefe do Estado moçambicano, a operacionalização do Fundo de Desenvolvimento Regional é um instrumento que tem em vista encorajar e estimular o desenvolvimento dos países da região.
O Presidente Guebuza apontou que os fundos da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) estão também a garantir a construção e reconstrução de infra-estruturas em África, reafirmando que este não é o começo, mas a continuação do que está a ser feito.
Sobre as alegações de gestão danosa no secretariado da SADC, Guebuza afirmou que não se pode considerar que Moçambique saiu beliscado desta cimeira, porque trata-se de uma denúncia através de uma carta anónima, portanto não se pode concluir que, por esta via, o país esteja manchado.
“Há presunção de inocência. Só depois da auditoria é que podemos julgar o caso com factos concretos”, disse Guebuza.
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