8 agosto 2011/SAEP-DF http://www.saepdf.org.br
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na última década aproximadamente 39,5 milhões de pessoas entraram na classe C. O Brasil tem hoje mais de 94 milhões de pessoas na classe média, o que corresponde a 50,5% da população
Para identificar instrumentos que possam expandir as oportunidades para a "nova classe média" e impedir o retorno dessas pessoas à pobreza, foi realizado, nesta segunda-feira (8), em Brasília, o Seminário Políticas Públicas para a Nova Classe Média.
O evento reuniu técnicos e autoridades de dois ministérios – Secretaria de Assuntos Estratégicos(SAE) e Ministério da Fazenda - que discutiram as políticas de proteção e seguridade social existentes no país e identificou aspectos que podem ser modificados para atender a esse segmento.
Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na última década aproximadamente 39,5 milhões de pessoas entraram na classe C. O Brasil tem hoje mais de 94 milhões de pessoas na classe média, o que corresponde a 50,5% da população.
Pela primeira vez no Brasil, a classe C corresponde a mais da metade da população. Hoje, 94 milhões de pessoas fazem parte dessa camada social, com renda mensal familiar entre R$ 1 mil e R$ 4 mil. Isso significa que o perfil socioeconômico do país mudou.
O evento quer traçar o perfil dessa "nova classe média" que cresceu 13,7% na última década, de forma a subsidiar o governo na definição de políticas públicas específicas para o setor e impedir que esse estrato da população regrida para a pobreza.
"Queremos entender o protagonismo da nova classe média no quadro social brasileiro. Precisamos conhecê-la, saber quais são seus sonhos e aspirações, para pensar em políticas que possam impedir que esse ativo do país retorne à situação anterior", frisou o ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
A chamada "nova classe média" é composta, sobretudo, por jovens com emprego formal, alto potencial de consumo e características heterogêneas – teve um aumento superior a 40% em sua renda familiar, o que permitiu maior poder de compra, acesso à tecnologia e ingresso em faculdades, por exemplo.
O crescimento da "classe média" foi resultado das políticas de proteção social, da retomada do crescimento econômico inclusivo, da expansão do emprego e do acesso ao crédito, assim como do aumento no grau de escolarização da sociedade.
Os dados, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), mostram que esse desenho atual exige a implementação de ações de governo específicas, voltadas para esse segmento.
"É preciso estudar detalhadamente este grupo de brasileiros, criar uma trava nas políticas social e econômica para que não retornem à situação de pobreza, assim como criar políticas capazes de lhes dar segurança nessa nova condição social e oferecer perspectivas de novos avanços", defende ainda o ministro Moreira Franco.
Durante o evento, será divulgado um estudo detalhado do perfil da classe média brasileira. O levantamento ficará disponível na página da Secretaria.
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