terça-feira, 9 de novembro de 2010

Angola 35 anos/Nacionalista moçambicano enaltece feitos da independência

Luanda, 8 novembro 2010 (Angola Press) – ”Nunca é demais enaltecer o povo angolano, sob a liderança do MPLA, por ter sido capaz de derrotar o colonialismo português e ultrapassar todas as dificuldades vividas até ao alcance, a 11 de Novembro de 1975, da independência do país, sem jamais perder a esperança de um futuro melhor ”.

A afirmação é do nacionalista moçambicano Marcelino dos Santos, quando, em entrevista exclusiva à ANGOP, enaltecia os feitos de Angola, 35 anos depois.

“Estou muito satisfeito com o desenvolvimento do vosso país. Angola passou por dificuldades imensas e o seu povo nunca recuou, nunca deixou de acreditar na vitória, é um grande exemplo para os povos de África e do mundo saber que podem avançar e consideram-se livres”- enalteceu Marcelino dos Santos, 81 anos de idade, membro fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).

Para o ex-presidente da então Assembleia Nacional moçambicana (1977 – 1994), todas as vitórias que Angola conquistou também são para as ex-colónias portuguesas e à África, em geral, desejando que o país avance muito mais, porque “viveremos sempre melhor, sempre que Angola puder alcançar novas e grandes vitórias”.

“A vitória do povo angolano é, naturalmente, uma grande vitória do povo moçambicano e para o conjunto dos povos das antigas colónias portuguesas e de toda a África. A grande esperança do colonialismo era a vitória sobre Angola, mas também era a grande certeza dos povos africanos que Angola tinha que triunfar e triunfou”, sustentou.

O nacionalista moçambicano recordou Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola, que, com Eduardo Mondlane, Amílcar Cabral e outros líderes da luta pelas independências, tiveram uma visão popular, clara e livre, conquistando a independência e a liberdade para os seus respectivos povos.

A independência de Angola foi proclamada na madrugada de 11 de Novembro de 1975, pelo então presidente do MPLA, António Agostinho Neto, depois de longos anos de luta armada contra o colonialismo português.

Marcelino dos Santos aproveitou a ocasião para apelar “a união profunda entre os dirigentes, povos e todas as forças progressistas do continente africano, em particular de Angola e Moçambique”.

“Temos de continuar juntos para trocarmos sempre ideias, promover cada vez mais a nossa solidariedade e unidade, sabendo sempre que para além das ex-colónias portuguesas existem outros povos que também aspiram a um futuro de liberdade, um futuro popular”, rematou.

Marcelino dos Santos é membro fundador da Frente de Libertação de Moçambique e chegou a ser seu vice-presidente. Com a proclamação da independência foi o primeiro ministro da Planificação e Desenvolvimento, cargo que deixou em 1977, com a constituição do primeiro Parlamento do país (nessa altura designado “Assembleia Popular”), de que foi presidente, até a realização das primeiras eleições multipartidárias, em 1994, ganhas pela FRELIMO.



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Angola 35 anos/Ministro dos Assuntos Parlamentares destaca proventos da independência

Luanda, 9 novembro 2010 (Angola Press) - O ministro dos Assuntos Parlamentares, Norberto dos Santos “Kwata Kanaua” considerou, em Luanda, que dos maiores ganhos dos angolanos, nos 35 anos de Independência Nacional, são a conquista da paz, a manutenção da estabilidade, unidade nacional e a reconciliação dos seus filhos.

“Foi a 11 de Novembro que conquistámos a dignidade e a responsabilidade de podermos dirigir os nossos destinos”, asseverou o governante, frisando que os 35 anos foram marcados por vicissitudes de vária ordem, mas hoje o país está pacificado.

Falando segunda-feira, na cerimónia de empossamento de responsáveis e quadros do seu ministério, criado em Fevereiro deste ano, à luz da Constituição promulgada, Kwata Kanaua referiu que em termos de formação de quadros o país teve ganhos imensuráveis, em todos os domínios.

“Podemos dizer que neste domínio tivemos um grande avanço, quer seja na função pública, nas forças armas e na Polícia Nacional. Conseguimos formar quadros que são hoje o garante da estabilidade e da defesa da independência”, reconheceu.

No domínio social, assinalou a reabilitação e construção de estradas que tem permitido percorrer Angola, em toda a sua extensão, além dos passos que o Executivo está a dar para a resolução dos enormes problemas sociais.

Apesar desses benefícios, o governante considerou insuficientes os 35 anos de independência para que os proventos resultantes sejam extensivos à todo o povo, nas proporções desejáveis.

“Só agora é que estamos em condições de fazer com que o nosso país progrida para resolver os grandes problemas dos cidadãos”, justificou.

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