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(1'44'' / 427 Kb) 22 novembro 2010 - O Massacre de Felisburgo – que vitimou cinco trabalhadores rurais – completou seis anos no último sábado (20). Mesmo passado esse tempo, nenhum acusado do crime foi preso ou julgado. O réu confesso do Massacre é o fazendeiro Adriano Chafik. Além de participar diretamente da ação, contratou 16 pistoleiros para atacar as 230 famílias do acampamento Terra Prometida, na fazenda Nova Alegria. O acampamento é organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Um jagunço já morreu sem ser julgado. Outros 15 continuam em liberdade.
Os assassinatos ocorreram no município de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Para o assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frei Givander Moreira, a impunidade no caso representa o retrato da violência no campo brasileiro e a falta de reforma agrária no país.
“Neste ano de 2010 nenhuma fazenda foi desapropriada em Minas Gerais, somente algumas foram compradas dentro de uma reforma agrária de mercado. A constituição de 1988 continua sendo rasgada por alguns políticos brasileiros.”
Para piorar a situação dos acampados da fazenda Nova Alegria, a Justiça suspendeu a desapropriação da área que havia sido conquistada após o massacre.
“A desapropriação da fazenda que havia sido feita por causa do crime ambiental cometido por Adriano Chafik foi suspensa pelo poder judiciário. Agora estamos com essa demanda judicial e vamos lutar para reverter este processo.”
Mesmo com a decisão, os trabalhadores continuam na área. 50% do que é comercializado na feira do município de Felisburgo é produzido no assentamento Terra Prometida. (De São Paulo, da Radioagência NP, Danilo Augusto)
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