15 novembro 2010/Rádio Moçambique e Agência de Informação de Moçambique
O Ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, diz que o país está a procura de investidores interessados em financiar a ligação ferroviária Norte-Sul, um projecto orçado em cerca de quatro biliões de dólares.
Segundo o “Diário de Moçambique”, trata-se de uma infra-estrutura que deverá ligar a capital moçambicana e a cidade portuária de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, que inclui a construção de quatro troços que vão assegurar a ligação com as principais linhas já existentes nas três regiões do país.
Falando semana passada durante um seminário realizado em Maputo sobre atracção de investimentos estrangeiros, Zucula disse que actualmente estão em curso estudos de viabilidade para a implementação do referido projecto, um trabalho que também envolve as partes interessadas.
“Num país como este é importante ter uma linha férrea ligando Norte-Centro-Sul, para, dentre vários benefícios, assegurar o escoamento da produção agrícola e de minerais, bem como para servir a área do turismo”, disse o governante, dirigindo-se a um grupo de empresários de várias áreas de actividade, provenientes do mundo inteiro, integrados na delegação da SBT Juul Africa, uma organização internacional de Consultoria em Desenvolvimento com sede na vizinha África do Sul.
As autoridades moçambicanas consideram prioritário o investimento em infra-estruturas de transporte para impulsionar o desenvolvimento socio-económico. Aliás, Moçambique possui a particularidade de estar localizado no centro logístico do mapa global, com facilidades de acesso aos principais mercados do planeta.
Na sua intervenção, Zucula fez uma abordagem da visão de desenvolvimento de infra-estruturas até ao ano 2020. No plano de transporte marítimo, Zucula falou de diversos investimentos em curso, incluindo a dragagem dos portos de Maputo e da Beira.
Igualmente, o governante disse que o país está a procura de investidores para o financiamento da construção de portos secundários em Pemba e Mocímboa da Praia, na província nortenha de Cabo Delgado, bem como nas cidades de Xai-Xai e Inhambane, nas províncias sulistas de Gaza e Inhambane, respectivamente.
Ao nível do transporte aéreo, o Ministro apresentou vários projectos em curso e outros já concluídos para melhorar as infra-estruturas aeroportuárias do país, incluindo, por exemplo, o Aeroporto de Tete, que poderá ser demolido e reconstruído num outro local.
Recentemente, a companhia australiana Riversdale anunciou que o Aeroporto de Chingodzi, na província de Tete, poderá estar por cima da “maior reserva” de carvão mineral de Moçambique”.
Além disso, Tete está a tornar-se num grande destino de rotas internacionais devido a grande procura de minerais naquela província nos últimos anos.
Na sua interacção com os empresários da SBT Juul África, Zucula disse que “precisamos de ter um aeroporto internacional em Tete. Dali é possível aceder a algumas capitais da região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral”. (RM/AIM)
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