15 fevereiro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
O Parlamento uruguaio inicia sua 47ª legislatura nesta segunda-feira (15) tendo pela primeira vez duas mulheres na presidência do Senado (Lucia Topolansky) e da Câmara (Ivonne Passada). As duas são da Frente Ampla (FA), a coalizão de esquerda que em dezembro passado elegeu o presidente José Mujica e fez maioria nas duas Casas.
Há exatamente 25 anos atrás, em 15 de fevereiro de 1985, o Congresso do Uruguai voltou a funcionar, depois de permanecer dissolvido durante uma década durante a ditadura encabeçada por Juan María Bordaberry, iniciada em 1973. Hoje, o país é democraticamente governado pelos principais adversários da ditadura, os movimentos de esquerda.
Lucia Topansky é mulher de Mujica: os dois se apaixonaram quando militavam no movimento guerrilheiro Tupamaros. Mas é também uma líder política com luz própria e foi a senadora mais votada em 25 de outubro, quando seu marido foi também o mais votado para presidente, ficando a poucos milhares de votos de se eleger no primeiro turno.
Ivonne Passada, por sua vez, foi escolhida presidente da Câmara pelo consenso dos partidos políticos ali representados – os da Frente Ampla e os oposicionistas de direita, Nacional (PN) e o Colorado (PC).
A sessão da Câmara terá início às 14 horas e a do Senado às 19. Os canais de TV modificaram suas programações para transmitir ao longo do dia flashes e noticiários especiais sobre os eventos.
A correlação de forças no novo Parlamento é a seguinte: A Frente Ampla conta com 16 dos 30 senadores, o PN com nove e o PC com cinco. Na Câmara, que possui 99 cadeiras, a frente de esquerda ocupa 50, o PN 30, o PC 17 e há dois deputados sem partido.
Esta é a quinta legislatura uruguaia desde o fim da ditadura. O presidente Mujica será empossado em 1º de março, no lugar de Tabaré Vásquez, também da Frente Ampla. (Com informações da Prensa Latina)
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