Maputo, Moçambique, 1 fevereiro 2010 - O Banco de Moçambique autorizou a abertura de 401 dependências bancárias em 51 dos 128 distritos moçambicanos desde 2007, no âmbito do plano de bancarização, disse sexta-feira o governador do banco central, Ernesto Gove.
Falando no 34.º Conselho Consultivo do Banco de Moçambique, que sexta-feira terminou em Maputo, Ernesto Gove disse que a taxa de cobertura bancária nos 51 distritos do país corresponde a 40 por cento.
No triénio 2007-2009, “autorizámos a entrada em funcionamento de cinco novos bancos - dois dos quais estão em funcionamento - 57 novos operadores de microcrédito, nove organizações de poupança e empréstimos e três microbancos”, disse Ernesto Gove.
O governador apontou um aumento do número das caixas automáticos, vulgo ATM, de 143 para 158, nos últimos três anos, e um aumento em 1435 POS (sistemas de pagamentos electrónicos nos estabelecimentos comerciais) para um total de 4653.
Apesar desta evolução, a capital moçambicana, Maputo, continua a concentrar o maior número de instituições financeiras: 135 balcões de um total de 352 que operam no país, o equivalente a 38 por cento.
“Situação idêntica verifica-se nas ATM e POS, com a cidade de Maputo a ser responsável por 50 por cento e 71 por cento respectivamente”, apontou o governador do Banco Central de Moçambique.
Ernesto Gove lamentou “as desproporções” de abertura dos bancos, por as cidades de Maputo, sul do país, Beira, centro, e Nampula, norte, terem, no conjunto, 197 balcões, correspondentes a uma concentração de 56 por cento.
Desde quarta-feira, o Banco de Moçambique debateu, no 34º Conselho Consultivo, o papel das infra-estruturas na promoção do desenvolvimento económico e na implantação dos serviços financeiros e a situação da bancarização da economia e extensão dos serviços financeiros às zonas rurais. (macauhub)
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