17 fevereiro 2010/Vermelho http://www.vermelho.org.br
Além de reafirmar a posição do Brasil como forte liderança no Continente, a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de segunda (22) a quatro países da América Latina e Caribe também será a última dele na região como chefe de Estado até o final do mandato. Segundo o Itamaraty, a programação ainda não está fechada, mas é provável um encontro de Lula com o ex-presidente de Cuba, Fidel Castro.
Uma das reuniões mais importantes será nos dias 22 e 23 da Cúpula de Unidade da América Latina e Caribe que acontecerá na cidade de Riviera Maya (México). No local, a expectativa é que seja divulgada uma declaração sobre a situação de Honduras, cujo o novo governo liderado por Porfírio Lobo não é reconhecido pelo Brasil.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, chegou a afirmar recentemente que é contrário “ao uso de processos eleitorais para fazer uma espécie de lavagem de golpes de Estado”.
“Fizemos o que nos parecia que devíamos fazer coerentemente com todas as decisões da OEA (Organização dos Estados Americanos), incluindo dar abrigo ao presidente Zelaya (Manuel- presidente deposto por golpe militar), o que ajudou um pouco no diálogo, que não terminou no que queríamos", disse Amorim às Agências Internacionais.
Não está descarta na reunião a discussão sobre as bases militares dos Estados Unidos na Colômbia. O assunto movimentou o último encontro.
Visita à Ilha
No dia 24, o presidente Lula faz a sua quarta visita a Cuba onde deve encontrar com o amigo e ex-presidente Fidel Castro. Na Ilha, Lula debaterá com o presidente Raúl Castro assuntos como o acordo bilateral que está permitindo o Grupo Odebrecht a construir no Norte daquele país o maior porto do Caribe. Pode ainda estar na pauta o trabalho de pesquisa desenvolvido pela Embrapa na Ilha sobre uma nova variedade de soja.
O Haiti, que foi devastado pelo terremoto, será a próxima parada do presidente brasileiro. Ele fará um sobrevoo pela cidade, visistará as tropas brasileiras e terá reunião com presidente haitiano, René Préval. A estimativa é que o Brasil já liberou para o Haiti aproximadamente R$ 1 bilhão.
O périplo de Lula termina no dia 26 em El Salvador. Naquele país, ele assinará convênio para desenvolver projetos na área de transporte. Serão liberados US$ 500 milhões do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento.
Sem precisar valores, a assessoria de imprensa do Itamaraty revelou que nos últimos cinco anos o comércio do Brasil com a América Latina triplicou e com o Caribe quadruplicou. É nesse ambiente que se dá a visita presidencial. (Da Sucursal de Brasília, Iram Alfaia)
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