quarta-feira, 25 de julho de 2007

Xanana Gusmão abandona reunião com o Presidente Ramos-Horta

Dili, 24 Julho 2007 - Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), abandonou hoje a reunião da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) com José Ramos-Horta, disseram fontes dos partidos envolvidos.

"A reunião correu muito mal", adiantou o presidente de um dos quatro partidos que integra a AMP e que participou no encontro com o chefe de Estado timorense.
Nenhum dos participantes contactados pela Lusa quis comentar o que se passou na reunião, "porque já antes de começar se fez um acordo de ninguém dizer uma palavra sobre o que lá foi dito", explicou um dirigente da AMP.
O Presidente da República reuniu hoje, em separado, com a Fretilin, ao princípio da tarde, e com a AMP, ao final do dia, na tentativa de encontrar uma saída para o impasse pós-eleitoral quanto à formação do novo governo.
Na primeira reunião da tarde, "a Fretilin repetiu que está pronta para ser convidada a formar governo", afirmou à Lusa o vice-presidente do partido e membro do actual Governo, Arsénio Bano.
"Aceitamos, no entanto, que o Presidente da República fale outra vez com os outros partidos, sobretudo com o CNRT", acrescentou Arsénio Bano.
O ministro do Trabalho e Reinserção Comunitária declarou que a reunião da Fretilin com José Ramos-Horta "correu bem".
Três cimeiras de líderes partidários, realizadas por iniciativa de José Ramos-Horta nos últimos dez dias, não produziram uma solução para a formação do IV Governo Constitucional.
Segunda-feira, perante a falta de acordo dos partidos para a formação de um governo de "grande inclusão", José Ramos-Hortas lançou a proposta de a Fretilin e a AMP governarem cada uma em metade da legislatura.
A AMP reúne os quatro maiores partidos da oposição: o CNRT, a coligação do Partido Social-Democrata e da Associação Social Democrática Timorense (PSD/ASDT) e o Partido Democrático (PD), além de contar com o apoio político do Partido de Unidade Nacional (PUN).
A Fretilin venceu as legislativas de 30 de Junho sem maioria absoluta, com 29,02 por cento dos votos. O novo parlamento reúne-se pela primeira vez a 30 de Julho. (Noticias Lusófonas)

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