1 março 2012/Carta Maior http://www.cartamaior.com.br (Brasil)
A Justiça argentina vai solicitar para a Interpol a detenção do ex-repressor argentino Claudio Vallejos, preso em Santa Catarina desde o dia 4 de janeiro sob a acusação de estelionato. Segundo depoimento do próprio Vallejos, sua base de operações era a famigerada ESMA, centro de repressão clandestino durante a ditadura, onde foram “desaparecidos” e assassinados cerca de 5 mil militantes. Com sua prisão no Brasil, os juízes responsáveis pela causa ESMA querem iniciar um processo de extradição de Vallejos para a Argentina.
Da Redação
A Justiça argentina vai solicitar para a Interpol a detenção do ex-repressor argentino Claudio Vallejos, preso em Santa Catarina desde o dia 4 de janeiro sob a acusação de estelionato. O argentino reside no Brasil há anos e declarou a jornalistas brasileiros e em depoimento a diplomatas suecos, em 1986, que atuou na Escola de Mecânica da Armada (ESMA) em março de 1976 quando, segundo seu relato, o ex-capitão da Marinha, Alfredo Astiz, assassinou o pianista brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Junior. O músico continua desaparecido até hoje e foi sequestrado quando se encontrava em uma turnê em Buenos Aires no grupo do poeta, compositor e ex-diplomata Vinicius de Moraes.
Vallejos afirmou também ter participado de “grupos de tarefa”, bandos que sequestraram, torturaram e assassinaram milhares de pessoas entre 1976 e 1979. Segundo seu próprio depoimento, sua base de operações era a famigerada ESMA, centro de repressão clandestino durante a ditadura, onde foram “desaparecidos” e assassinados cerca de 5 mil militantes.
Com sua prisão no Brasil, os juízes responsáveis pela causa ESMA querem iniciar um processo de extradição de Vallejos para a Argentina. O ex-repressor argentino já foi transferido do presídio de Xanxerê para o de Lages, também em Santa Catarina, por razões de segurança.
Um funcionário da prisão de Xanxerê, que conversou com o argentino, disse que ele reconheceu ter participado no sequestro do pianista Tenório Cerqueira, quando realizava um giro de apresentações junto com Vinicius Moraes, em Buenos Aires, em 1976. Outras pessoas também teriam participado do sequestro, mas Vallejos disse que não ele quem matou o pianista.
Inicialmente considerada uma ocorrência comum, a prisão de Vallejos já repercute também entre os organismos de defesa dos Direitos Humanos no Brasil. Rose Nogueira, do grupo Tortura Nunca Mais, defendeu a sua ida para a Comissão da Verdade. “Essa confissão, de 26 anos atrás, agora pode ter toda a atualidade do mundo e pode ser tratada na Comissão da Verdade que a presidenta Dilma (Rousseff) criou. Temos na prisão o repressor que conhece e também parece que participou na desaparição de um cidadão brasileiro em Buenos Aires”, afirmou.
Vallejos afirmou também ter participado de “grupos de tarefa”, bandos que sequestraram, torturaram e assassinaram milhares de pessoas entre 1976 e 1979. Segundo seu próprio depoimento, sua base de operações era a famigerada ESMA, centro de repressão clandestino durante a ditadura, onde foram “desaparecidos” e assassinados cerca de 5 mil militantes.
Com sua prisão no Brasil, os juízes responsáveis pela causa ESMA querem iniciar um processo de extradição de Vallejos para a Argentina. O ex-repressor argentino já foi transferido do presídio de Xanxerê para o de Lages, também em Santa Catarina, por razões de segurança.
Um funcionário da prisão de Xanxerê, que conversou com o argentino, disse que ele reconheceu ter participado no sequestro do pianista Tenório Cerqueira, quando realizava um giro de apresentações junto com Vinicius Moraes, em Buenos Aires, em 1976. Outras pessoas também teriam participado do sequestro, mas Vallejos disse que não ele quem matou o pianista.
Inicialmente considerada uma ocorrência comum, a prisão de Vallejos já repercute também entre os organismos de defesa dos Direitos Humanos no Brasil. Rose Nogueira, do grupo Tortura Nunca Mais, defendeu a sua ida para a Comissão da Verdade. “Essa confissão, de 26 anos atrás, agora pode ter toda a atualidade do mundo e pode ser tratada na Comissão da Verdade que a presidenta Dilma (Rousseff) criou. Temos na prisão o repressor que conhece e também parece que participou na desaparição de um cidadão brasileiro em Buenos Aires”, afirmou.
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