21 março 2012/AngolaPress http://www.portalangop.co.ao (Angola)
Luanda - A ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Orlet, manifestou hoje, quarta-feira, em Luanda, o interesse e disponibilidade do seu governo para cooperar com os estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no sector das energias renováveis limpas.
Em declarações à Angop, num dos intervalos da reunião dos ministros do Ambiente da CPLP, que decorre desde terça-feira, cujo término está previsto para está noite, disse que Cabo-Verde está a apostar em programas de implementação de energias renováveis, para tal está aberto a eventuais parcerias e trocas de experiências com países membros da comunidade lusófona.
Segundo a governante, Cabo-Verde possui um centro regional vocacionado para promoção de investigação e formação sobre uso de energias renováveis, onde os países da CPLP podem trocar experiências.
“Estamos disponíveis para a partilha de experiências e troca de informações técnicas com os países da CPLP sobre as melhores práticas de implementação do sistema de energia renováveis limpas nos nossos países”, sublinhou.
Cabo-Verde, realçou, traçou uma meta de implementar até 2011, no seu sistema eléctrico, 25 porcento de energia renováveis, sendo que essa cifra está fixada actualmente em 30 porcento, devido ao esforço do governo do país.
Ressaltou que o Plano de Desenvolvimento Estratégico das Energias Renováveis de Cabo-Verde prevê atingir até 2020 uma cifra de cobertura com energias renováveis na ordem de 50 porcento, contando com quatro parques eólicos e dois solares, dos mais importantes da região.
“Perspectivamos até 2050 ter uma ilha, das várias que compõem o arquipélago, completamente cobertas com energias renováveis limpas”, salientou.
Em Cabo-Verde, referiu, as autoridades estão a utilizar as energias renováveis para a bombagem de água, para o uso doméstico e agricultura, em substituição da energia convencional.
“Cabo-Verde tem problemas para obtenção da água, para sua captação usamos o método de bombagem em furos, que chegam a atingir até 300 metros de profundidade. Para o funcionamento desse sistema, em algumas localidades, estamos a utilizar energias renováveis, permitindo dessa forma a redução para metade os custos energéticos”, argumentou.
Esse sistema, frisou, será estendido para todo o país nos próximos tempos.
Estão presentes no certame os ministros angolanos da Agricultura, Pedro Canga, Petróleos, Botelho de Vasconcelos, Educação, Pinda Simão, Saúde, José Van-Dúnem, além da titular do Ambiente, Fátima Jardim.
O evento conta ainda com a participação do secretario de Estado das Águas, Luís Filipe da Silva, Vice-ministro da Comunicação Social, Manuel Miguel de Carvalho “Wadijimbi”, Vice-ministro do Interior, Eugénio Laborinho, deputados, diplomatas, políticos, ambientalistas entre outras individualidades.
Chefiam as delegações estrangeiras, os ministros do Ambiente de Portugal, Cabo Verde, o vice-ministro de Moçambique, a secretária do Estado do Brasil, porquanto a Guiné Bissau e Timor Leste, por questões eleitorais, estão ausentes neste evento, assim como a Guiné Equatorial (observador).
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