13/06/2019
07:30, https://www.redebrasilatual.com.br/destaques/2019/06/intercept-revela-novo-escandalo-no-fux-eu-confio-diz-moro-a-dallagnol/
Pedro
Ladeira/Folhapress
Conversa foi revelada na noite
desta quarta pelo editor do "Intercept" Leandro Demori, na Bandnews.
O diálogo foi lido pelo jornalista Reinaldo Azevedo
"Fux disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma
vez. Só faltou, como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs",
acrescentou.
São Paulo
– Um diálogo inédito entre Deltan Dallagnol e procuradores revela o apoio do
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux à Lava Jato. A conversa foi
revelada na noite desta quarta-feira (12) pelo editor do The
Intercept Brasil Leandro Demori, na Bandnews. O diálogo
foi lido pelo jornalista Reinaldo Azevedo.
Em um
grupo de procuradores, Dallagnol conta ter conversado “mais uma vez com Fux
hoje, reservado, é claro”. “O ministro Fux disse quase espontaneamente que
Teori Zavascki fez queda de braço com Moro e se queimou, e que o tom da
resposta de Moro foi ótimo”, escreveu. Zavascki morreu em acidente de avião cuja investigação
corre em
segredo de Justiça.
“Fux
disse para contarmos com ele para o que precisarmos, mais uma vez. Só faltou,
como bom carioca, chamar-me para ir à casa dele rs”, acrescentou. “Mas os
sinais foram ótimos, falei da importância de nos protegermos como instituições,
especialmente no novo governo”, completou.
As
mensagens foram encaminhadas por Dallagnol para o então juiz Sérgio Moro, que
respondeu, em tom de intimidade. “Excelente, in Fux we trust”, escreveu Moro,
em inglês, o que pode ser traduzido como “no Fux a gente confia”.
Fux foi o
ministro que barrou, no STF, a entrevista que o ex-presidente Lula concederia
antes das eleições de 2018.
O
ministro Fux chegou a chamar Moro de “excelente” escolha para o
Ministério da Justiça, no ano passado. “Excelente nome. Imprimirá no
Ministério da Justiça a sua marca indelével no combate à corrupção e na
manutenção da higidez das nossas instituições democráticas, prestigiando a
independência da PF, MP e Judiciário. A sua escolha foi a que a sociedade
brasileira o faria se consultada. É um juiz símbolo da probidade e da
competência. Escolha por genuína meritocracia”, disse.
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