27
de junho de 2019, 12:07 h
Toninho Kalunga*
A Alemanha é um exemplo fabuloso! Os
corruptos alemães são punidos. Mas as empresas não são jogadas no lixo e os
empregos são preservados com mais investimentos públicos, justamente para não
serem contaminadas pelos atos dos maus executivos e não perder empregos
Quando se
fala em corrupção, automaticamente, uma das imagens que vem à cabeça é de
políticos em festas nababescas em iates ou mansões enormes com seus copos de
whisky movidos ao som de gargalhadas sem fim.
Em 2015,
no auge da Operação Lava Jato, quando os ouvidos ficaram moucos para a chamada
de atenção sobre as consequências da aventura política que estavam empurrando o
Brasil, surgiam números e mais números sobre o "prejuízo" que a
corrupção na Petrobras havia produzido.
As
“denúncias” davam conta de que o que havia sido desviado da Petrobrás eram
coisas entre 3 e 40 bilhões de reais, o que por si só, dada a diferença
gritante entre um número e outro, demonstrava que havia muita fumaça e pouca ou
nenhuma vontade de identificar o problema onde ele de fato estava.
Em 9 de
outubro de 2015, um procurador sem nome na manchete do Jornal Valor Econômico
(que dispensa apresentações) informava sem nenhum critério, mas com muitas
convicções, que
o prejuízo contra a Petrobrás era de 20 bilhões de reais.
Dois anos
e meio mais tarde, em junho de 2018, outra manchete chama a atenção, dessa vez
no site GGN, do premiado Jornalista Luis Nassif, com a seguinte manchete:
“BC
INJETA 20 BILHÕES DE DÓLARES NO MERCADO PARA SEGURAR DÓLAR QUASE A R$ 4”
O mês de
junho de 2018 estava na metade. E somente em junho, o governo de Temer e PSDB
pagaram para o "deus mercado" o equivalente a 80 BILHÕES DE REAIS
para tentar conter a alta do dólar. Mas a discussão não eram 80 bilhões dados à
banca internacional, mas supostos 5 bilhões destinados à corrupção.
Ou seja,
mesmo com base nas falácias dos procuradores da República de Curitiba, tínhamos
um absurdo sobre qualquer ponto de vista.
Por amor
ao debate, vamos fazer contas com base no que diz o Jornal Valor Econômico: o
conjunto da obra dos prejuízos à nação brasileira, depois de tudo peneirado, é
de 20 bilhões de reais... mudando isso para dólares, dá um total de U$5,3
bilhões de dólares.
Se formos levar em conta as porra-louquices de
sites como o Antagonistas, então a cifra passa para um valor de R$ 40 bilhões
de reais, sendo em dólares norte americanos, como eles tanto gostam de citar,
algo em torno de U$10,5 bilhões de dólares.
Estes
números, tanto do MPF, quanto do Jornal Valor Econômico, como do site
Antagonista, são absolutas especulações, pois não se comprovam tais valores nos
processos judiciais em andamento, sendo o número mais aproximado, o valor de R$
3 Bilhões de Reais, o que não é pouco, diga-se de passagem!
Das
muitas coisas faladas e escritas, poucas ou quase nenhuma analisaram nos anos
de 2015 a 2019 uma questão central. O resultado prático desta operação para a economia
do Brasil. Para efeito de comparação, poderemos ver a forma como países
desenvolvidos tratam a questão da corrupção local.
Pra mim,
a Alemanha é um exemplo fabuloso! Os corruptos alemães são punidos. Mas as
empresas não são jogadas no lixo e os empregos são preservados com mais
investimentos públicos, justamente para não serem contaminadas pelos atos dos
maus executivos e não perder empregos.
Fonte:
Jornal El Pais: 26/09/2015 – Henrique Muller
ESCÂNDALO
DA VOLKSWAGEN
Os
fiascos ‘Made in Germany’
A
fraude da Volkswagen se soma a outros escândalos do setor bancário e da
indústria
§ MAN.
A montadora, filial da Volkswagen, pagou em 2007 uma multa de 150 milhões de
euros devido ao pagamento de propinas na Europa, África e Ásia para vender
caminhões e ônibus.
§
Deutsche Bank. O banco foi multado este ano em 2,5 bilhões de dólares por
manipular as taxas de juros usadas em empréstimos entre bancos.
*
Commerzbank. A instituição pagou 1,45 bilhão de dólares por ter realizado
transações com países sob embargo.
Para
efeito de comparação com a Petrobrás, o caso Volkswagen e SIEMENS são
emblemáticos. Segundo o Ministério Público Federal brasileiro, o valor de
propinas distribuído PODE chegar a 10 bilhões de reais, números esses que
jamais foram comprovados, embora amplamente divulgados, como no dia 09 de
outubro de 2015 na manchete do Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, pelo Procurador
Deltan Dellagnol.
“Total de
propinas investigadas pela Lava Jato pode chegar a 10 Bilhões, diz procurador”
Estes
números jamais foram comprovados, mas a manchete serviu para alardear o
fechamento das empreiteiras sob investigação pelos irresponsáveis Procuradores.
*SIEMENS
Em 2008, a Siemens foi obrigada a pagar uma multa de cerca de 1 bilhão de
dólares (3,9 bilhões de reais) depois de ter sido comprovado que a empresa
esteve envolvida em mais de 400 casos de suborno em vários países.
Já no
caso da gigante alemã Volkswagen, as multas por corrupção são mais que
comprovadas, senão, vejamos a matéria da Revista FORBES BRASIL de 17 de julho
de 2017, intitulada “AS 12 MAIORES MULTAS CORPORATIVAS DA HISTÓRIA”
Em oitavo
lugar estava a Volkswagen: US$ 4,3 bilhões
Em 2015,
a Volkswagen foi acusada pelo governo dos Estados Unidos de usar um software
para burlar resultados de testes de emissão de poluentes em 11 milhões de
veículos com motor a diesel em todo o mundo. Nas ruas o programa era
desativado, levando o automóvel a poluir acima do nível aceitável. A montadora
admitiu a conduta irregular e concordou em pagar, em janeiro deste ano, uma
multa de US$ 4,3 bilhões.
Somadas
apenas duas empresas alemãs: SIEMENS E VOLKSVAGEN, chegamos ao curioso
valor,(somente em multas) de 5,3 Bilhões de Dólares, se somarmos as outras
multas aplicadas ao setor financeiro, temos mais 4,15 Bilhões de Dólares, que
somados, chegam a incríveis U$ 9,5 Bilhões de Dólares, mas as portas das
empresas não fecharam, os empregos foram mantidos e os investimentos públicos
continuaram!
Ou seja,
um escândalo comprovadamente o dobro maior que o acusado sem comprovação no
caso Petrobrás, não quebrou a Alemanha!
No campo
da política, os políticos são excluídos da vida pública pelo caminho que deve
ser! Pelo voto e pela responsabilização criminal com base em provas e não em
convicções nem armação de juízes. A política não é demonizada, e os partidos
são a base de sustentação da construção do ideário da sociedade alemã. Lá se
vota primeiramente programas/projetos partidários. A partir daí, os filiados de
cada partido, montam uma lista com os nomes de seus representantes e oferecem à
sociedade para que haja a escolha de quem representará o povo e assim, a vida
segue.
A lava
jato trouxe ao Brasil uma cartasse. A corrupção tomou conta da agenda midiática
e a lógica do combate à corrupção passou a tomar mais da metade do tempo do
Jornal Nacional. Tudo se resumia a um propósito. Destruir a corrupção e com
ela, o único partido político responsável por toda a corrupção brasileira. O
PT! Para este setor, nenhum outro partido teve destaque sequer pueril, se
comparado com o que se escreveu, falou e televisionou sobre os outros partidos,
como por exemplo, PSDB, PP, PMDB, PSD, PTB, PRB e tantos outros. Só interessava
o PT.
Manchetes
e mais manchetes de jornais, sites, revistas, milhares de horas de programação
de rádio e outro tanto em horas de televisão, tirando o alicerce da construção
política do País, conseguiu até agora, produzir o seguinte:
14
milhões de desempregados, a recuperação de menos 1/3 dos supostos 5 Bilhões de
Reais do valor hipoteticamente desviado, a imensa maioria dos delatores, que
foram os maiores corruptores, soltos ou em prisões domiciliares com o conforto
dos reis e o país mergulhado no caos político e a beira da bancarrota
econômica. Este é o saldo da aventura do Power Point irresponsável de Dellagnol
e de seu chefe e herói, quase um conge, Sergio Moro.
O único
político de envergadura nacional preso, é Lula, contra quem não conseguiram
provas, mas que num processo que beira o kafkiano, o apartamento Triplex do
Guarujá passou a ser a única referência de corrupção. Nem mesmo dinheiro
encontrado no apartamento de Geddel, que daria para comprar pela cotação da
imobiliária de Sergio Moro, ao menos 25 apartamentos Triplex, conseguiram
convencer a imprensa e o judiciário brasileiro que a corrupção foi o motivo do
golpe contra Dilma, e não o contrário.
Por isso
prenderam Lula. Para que ele fosse impedido de disputar as eleições de 2018. Ao
fim, o objetivo foi alcançado. Tirar o Pré Sal do controle da sociedade
brasileira, entregar toda a riqueza aos Estados Unidos e países de primeiro
mundo e voltar a ser o que era quando governado pela elite brasileira. Uma
república das bananas, governado por um aliado de milicianos, tendo no
Ministério da Justiça o maior de todos os irresponsáveis por todo esse
desemprego: Sergio Moro.
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