3 julho
2014, Jornal Noticias http://www.jornalnoticias.co.mz (Moçambique)
Depois de longos anos de uma completa inactividade
ditada pela conjuntura interna, finalmente, a cabotagem no transporte marítimo
voltou a ligar toda a costa moçambicana numa extensão total de aproximadamente
2400 quilómetros.
Com efeito, navios carregados de elevadas
quantidades de mercadorias diversas de importação e exportação escalam todos os
principais portos nacionais, designadamente Maputo, Beira, Quelimane, Nacala e
Pemba, facilitando,
sobremaneira, a vida dos consumidores.
Com o aval do Governo, através do Ministério
dos Transportes e Comunicações, a actividade está a ser levada a cabo por uma
operadora denominada RESTORE, tendo já movimentado no primeiro ano de
actividades (em 2013) cerca de 800 contentores, dos quais 350 vazios, somente
no Porto da Beira.
Tal processo, que permite o escoamento de
elevadas cargas, na óptica do Administrador-Delegado da Cornelder de
Moçambique, Carlos Mesquita, apresenta-se economicamente mais rentável,
comparativamente a vias rodoviárias, sendo que a mercadoria chega mesmo ao
consumidor a preços muito mais acessíveis.
Por este motivo, aquele gestor do Porto da
Beira encoraja o Executivo a prosseguir com estes estímulos por forma a reduzir
o custo de vida em Moçambique e para que, efectivamente, todas as partes nela
envolvidas se sintam confortáveis no plano de negócios e consumo.
Por conseguinte, Mesquita realça que aumentou
significativamente no ano passado o volume da carga manuseada no Porto da
Beira, de Moçambique para Moçambique, em cerca de 55 por cento e os restantes
45 por cento na exportação, caracterizando como princípio bastante estimulante.
Segundo a nossa fonte, já se nota neste curto
espaço de tempo a abundância de oferta nos principais centros urbanos
localizados ao longo da costa, disparando, porém, o preço quando se caminha
para o interior do continente.
Além disso, há maior segurança da carga
transportada em virtude de não se regista frequentes casos de naufrágio de
embarcações mormente ao longo de toda a costa moçambicana, enquanto se
multiplicam diariamente sangue e avultados danos nas vias rodoviárias.
Na verdade, a navegação marítima é mais
rentável por não serem necessárias de obras de reabilitação e/ou manutenção de
rotina como se verifica ciclicamente com as estradas.
Horácio João
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