Luanda, 31 março 2011 – Os titulares das pastas do Trabalho e Assunto Sociais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) disseram quarta-feira, em Cabiri, província do Bengo, estarem impressionados com os avanços registados por Angola no sector da formação profissional, principalmente a partir de 2002, ano em que o país alcançou a paz.
Ao falarem à Angop, numa visita a alguns centros de formação técnica, profissional e tecnológica às províncias de Luanda e Bengo, os governantes enalteceram as políticas e estratégias implementadas pelo Executivo angolano de construção de centros de formação profissional modernos e dinâmicos, que estão a permitir capacitar e lançar no mercado de emprego jovens competentes em diversas áreas de desenvolvimento.
Segundo o secretário de Estado da Formação Profissional e Emprego de Timor Leste, Bendito Freitas, os centros angolanos estão bem apetrechados, com equipamentos de última geração e com um corpo docente qualificado.
Esses centros, frisou, têm todas as condições para produzir bons técnicos em diferentes sectores, principalmente nas áreas das tecnologias, agronomia, economia e arte e ofícios, prontos para contribuírem para o processo de desenvolvimento do país.
“Estes centros utilizam métodos de formação integrados e práticos, permitindo ao estudante uma formação abrangente e eficaz, por isso, Timor Leste está a colher o máximo desta experiência para implementar modelo semelhante”, revelou.
Por sua vez, o secretário permanente do Ministério do Trabalho de Moçambique, Tomás Bernardino, disse estar com boa impressão dos centros formação, por existir um leque variado de cursos, em que o estudante tem um poder de escolha alargado, e pode optar por aquele que melhor lhe agradar.
“Todos os cursos ministrados nos centros são úteis e fundamentais para o actual momento que Angola atravessa de reconstrução nacional. A estratégia foi bem elaborada, visto que vão surgir muito e bons técnicos para ajudar o país a crescer em vários sectores de desenvolvimento”, sublinhou.
Recordou que Angola e Moçambique têm vários acordos rubricados no sector da Formação Profissional, desde 2008, embora muito desses protocolos não estejam ainda a vigorar.
Referiu que a visita serviu para trocarem experiências e reforçarem os acordos de cooperação já existentes, para que Angola possa transmitir os seus conhecimentos na criação e gestão deste tipo de empreendimentos em Moçambique.
Já a ministra da Saúde e dos Assuntos Sociais de São Tomé e Príncipe, Ângela Pinheiro, disse estar “encantada”, com a construção e o modelo de funcionamento dos centros, que devem servir de modelo para os restantes países da CPLP. Frisou que em pouco tempo de paz, Angola conseguiu construir centros de formação profissional de referência, que estão a criar o homem novo deste país, cujo futuro se prevê risonho e próspero.
Destacou o projecto da Escola Rural de Capacitação e Ofícios de Cabiri, pela atenção, carinho e afecto, que a instituição dispensa aos formandos, muito deles sem famílias e antigos meninos de rua.
Por seu turno, a ministra da Mulher, Família, Coesão Social e Luta Contra a Pobreza da Guiné Bissau, Maria Vaz, disse ter ficado com boa impressão dos centros e que Angola “avançou muito” no sector da Formação Profissional.
“Estou bem impressionada com os avanços registados nos centros de formação profissional. Visitei Angola em 2005, na altura a dar os primeiros passos deste processo, mas hoje posso afirmar que o país deu um grande passo qualitativo a nível do sector, um exemplo para todos os países da CPLP”, admitiu.
Deu a conhecer que durante a visita, trocou experiências com técnicos nacionais do ramo, com vista a partilha de conhecimento para poder implantar projectos similares no seu país.
A visita enquadrou-se no programa oficial da XI Reunião de Ministros do Trabalho e Assuntos Sociais da CPLP, que encerrou hoje. (AngolaPress)
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