Joanesburgo, África do Sul, 4 abril 2011 – O investimento em tecnologias de informação na África Subsaariana, incluindo os países africanos de língua portuguesa, vai crescer 9,9 por cento este ano e 11,5 por cento em média até 2015, de acordo com a International Data Corporation (IDC).
Para a IDC, consultora internacional para as tecnologias da informação e telecomunicações que mede o “pulso” do sector em África, este mercado vai continuar a sua trajectória de recuperação pós-crise, “com uma taxa de crescimento impressionante em 2011”.
O investimento esperado este ano em tecnologias de informação na região é de 23 mil milhões de dólares, mais 9,9 por cento do que no ano passado, com o software a “dar o impulso” depois de um crescimento de dois dígitos em 2010, segundo dados divulgados na semana passada pela IDC à margem da Africa CIO Summit 2011, em Joanesburgo.
Em 2010 o crescimento do investimento foi de 12,6 por cento, uma forte recuperação depois da quebra do ano anterior, de 0,6 por cento.
A IDC avançou mesmo perspectivas “extremamente positivas” para os próximos anos, prevendo um crescimento médio anual de 11,5 por cento até 2015.
No espaço de língua portuguesa são muitos e vultuosos os investimentos previstos para os próximos anos em tecnologias de informação e telecomunicações.
Enquanto em Moçambique está em fase de arranque o terceiro operador de telefonia móvel, a Movitel, um consórcio constituído pelas empresas vietnamita Viettel Telecom e moçambicana SPI, Cabo Verde tem a concurso uma licença de telefonia móvel de terceira geração.
Em Angola, a Movicel anunciou recentemente que vai investir mil milhões de dólares nos próximos quatro anos em projectos de expansão e modernização de serviços e na formação de quadros.
O mercado angolano deverá ser dos que mais investimentos vai receber nos próximos anos, incluindo o segundo cabo submarino de comunicações (92 milhões de dólares), criação do sistema nacional de telecomunicações por satélite (Angosat – 278,46 milhões de dólares) e instalação da rede nacional de fibra óptica, com a interligação das capitais das 18 províncias do país.
O vice-presidente da IDC para o Médio Oriente, África e Turquia, Jyoti Lalchandani, salientou que as pesquisas feita pela empresa indicam que os executivos da região estão a tentar impulsionar a interligação das suas redes.
“Os executivos estão a tentar alavancar mais ligações por cabos submarinos e gerir as infra-estruturas tecnológicas internas usando a optimização WAN (“Wide Area Network”) e tecnologias de comunicação unificadas”, afirmou o responsável da IDC na conferência.
De acordo com dados divulgados na semana passada pela Wireless Intelligence, o continente africano já tem mais ligações móveis do que a Europa, numa altura em que o mercado em África continua a registar melhorias de serviço e de infra-estruturas.
No último trimestre de 2010, África tinha 547,5 milhões de ligações móveis, mais 20 por cento do que no ano anterior, enquanto a Europa Ocidental tinha 523,6 milhões, uma quebra de um por cento em relação ao período homólogo. (macauhub)
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