quinta-feira, 14 de abril de 2011

Moçambique/Hidroeléctrica de Cahora Bassa lucra 962 milhões de Meticais e pela primeira vez paga dividendos

13 abril 2011/Rádio Moçambique

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa gerou lucros de mais de 962 milhões de meticais em 2010 e vai pela primeira vez pagar dividendos, ao governo de Moçambique, principal accionista, anunciou esta terça-feira (12) a empresa.

"Pela primeira vez na sua história, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, vai entregar parte dos seus lucros anuais ao Governo de Moçambique, principal accionista", refere um comunicado emitido pela empresa.

Os resultados líquidos da empresa em 2010 atingiram "962.472 milhares de meticais" e o montante para o Estado Moçambicano, em forma de dividendos, "ascende a 25,2 milhões de dólares", informou a gestora da central.

A hidroeléctrica moçambicana diz que este desempenho traduz um aumento de 30% dos resultados operacionais, conseguidos com um "aumento dos proveitos da empresa e crescimento controlado dos custos".

Desde a reversão do controlo de Cahora Bassa para o Estado Moçambicano, em finais de 2007, a empresa já contribuiu para as receitas do país com mais quase 100 milhões de dólares, através da taxa de concessão liquidada mensalmente, valor ao qual acrescem os dividendos a serem agora entregues.

No exercício económico de 2010, Cahora Bassa atingiu "a segunda maior produção de energia eléctrica de sempre, ao realizar 16.290 GWh, energia suficiente para suprir todos os compromissos comerciais e dar resposta às necessidades de aumento da potência para servir o desenvolvimento de Moçambique", lê-se no comunicado.

No âmbito da gestão, a empresa adianta que a administração delineou um plano estratégico para o quinquénio 2010-2014 para "aumentar ainda mais os níveis de produtividade e os resultados da empresa".

Recorde-se que o Estado português, via Parpública, ainda detém 15% do capital da barragem de Cahora Bassa.

Os jornais económicos portugueses noticiaram esta semana que está a ser negociada a cedência, em partes iguais, desses 15%, à estatal moçambicana Companhia Eléctrica do Zambeze (CEZ), que já detém 85% do capital, e à portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN).


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