Maputo, 11 abril 2011 - O Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) apelou hoje (segunda-feira) aos governos lusófonos, para que canalizem recursos materiais e humanos para a melhoria da qualidade da educação no ensino primário e para tornarem as "Escolas Amigas da Criança".
O alerta foi lançado pelo representante do UNICEF em Moçambique, Jesper Morch, no arranque de um seminário global de desenvolvimento de capacidades dos formadores sobre "Escolas Amigas da Criança", citado pela LUSA.
Essa uma iniciativa que visa melhorar a qualidade da educação nas escolas primárias dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, incluindo Timor-Leste.
A capital moçambicana, Maputo, acolhe a partir de hoje o encontro de educadores lusófonos, inserido no Programa Global do UNICEF, denominado Desenvolvimento de Capacidades dos Formadores sobre "Escolas Amigas da Criança".
Discursando na abertura do encontro, Jesper Morch disse que o "UNICEF espera que os governos dos países lusófonos se comprometam e priorizem os recursos humanos e materiais e, sobretudo, construam parcerias dinâmicas entre o governo, sociedade civil, comunidades e famílias das crianças".
O desembolso destes recursos, considerou o representante do UNICEF, servirá "para construir um ambiente onde as crianças se sintam seguras e protegidas, possam expressar-se livremente e desenvolver as suas potencialidades como instrumentos para o progresso e desenvolvimento dos países" de língua portuguesa.
Segundo o UNICEF, a Iniciativa Escola Amiga da Criança (IEAC) pretende melhorar a qualidade da educação nas escolas primárias através da implementação de um conjunto integrado de intervenções nos estabelecimentos de ensino, respeitando padrões mínimos de qualidade.
Em Moçambique, o projeto está a ser executado em sete distritos e incide sobre cinco áreas, nomeadamente a educação, água, saneamento e higiene, saúde, protecção e participação comunitária.
O ministro moçambicano da Educação, Zeferino Martins, considerou "encorajadores" os resultados obtidos por Moçambique, desde a introdução da iniciativa em 2006, mas reconheceu que algumas escolas do país "continuam a registar casos de violência, de fraco saneamento e que muitas alunas contraem casamentos prematuramente". (AngolaPress)
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