19 maio 2012/Carta Maior http://www.cartamaior.com.br/ (Brasil)
A América do Sul terá que unir-se com urgência, para que não se torne território aberto à disputa feroz pelos seus recursos naturais, no futuro que se apressa a chegar. Ao lado da África, a América Latina sempre foi vista como um território de todos, menos de seus próprios habitantes.
Mauro Santayana
Não há mais espaço para a dúvida: a América do Sul terá que unir-se com urgência, para que não se torne território aberto à disputa feroz pelos seus recursos naturais, no futuro que se apressa a chegar. Ao lado da África, a América Latina sempre foi vista como um território de todos, menos de seus próprios habitantes. Em nome da Fé e da Civilização, espanhóis e portugueses, holandeses e franceses, aqui chegaram para ocupar e dominar as civilizações existentes, como as andinas.
Nesse aspecto, o Brasil é uma exceção importante: os indígenas brasileiros ainda se encontravam no neolítico, ao contrário dos habitantes da cordilheira, senhores de uma cultura respeitável. Isso parece pouco, mas não é. Dos europeus que tentaram a conquista, os ibéricos tiveram mais êxito, não só na América do Sul, mas também em grande parte da América do Norte, até a chegada em massa dos seus rivais britânicos. O que nos interessa, no entanto, é esse continente em suas razões geográficas, políticas, econômicas e culturais. E não “subcontinente”, como muitos insistem em nos considerar.
Geograficamente, nós constituímos uma realidade própria. Ainda que o istmo do Canadá una o Hemisfério Ocidental, e que grande parte da América do Sul política se encontre ao norte do Equador, e nela considerável parcela do Brasil, da Colômbia à Terra do Fogo somos uma realidade geográfica e histórica bem identificada. Sempre foi do interesse dos colonizadores que vivêssemos, brasileiros e hispano-americanos, bem separados uns dos outros.
Mesmo durante os 60 anos em que as coroas de Portugal e da Espanha estiveram unidas, a administração colonial se manteve separada e os contatos se limitavam às autoridades. Nossos povos não se conheciam, a não ser nos raros pontos fronteiriços.
Ao desdenhar os nossos povos, o arrogante Kissinger disse que nada de importante ocorreu no Hemisfério Sul. Ele, em sua visão preconceituosa e imperialista, se esqueceu de que a descoberta e conquista da América foram o fato mais importante de toda a História do Ocidente.
Essa importância começa com a viagem de Colombo, em 1492, mais arriscada do que a ida do homem à Lua. Os astronautas que desceram no satélite da Terra foram precedidos de sondas e exaustivos cálculos matemáticos; da metalurgia de novas ligas metálicas para as aeronaves, de todos os cuidados. Os navegantes do fim do século XV só contavam com sua coragem a fim de vencer o Mar Oceano em frágeis caravelas.
Devemos a Napoleão o surgimento da América do Sul como realidade política. Antes dele e da invasão da Península Ibérica por suas tropas, a América do Sul era assunto britânico, por intermédio de Lisboa e de Madri. A vitória de Waterloo confirmou a presença britânica no continente até a Primeira Guerra Mundial.
Éramos, segundo Hegel, em seu Curso de Filosofia da História, entre 1818 e 1822, uma região em constantes rebeliões chefiadas por caudilhos militares, enquanto a América do Norte, sob a razão protestante, anunciava uma nova civilização. Mas insinuava certo otimismo:
“A América é, portanto, a terra do porvir, onde, nos tempos futuros se manifestará, talvez, no antagonismo da América do Norte com a América do Sul, o ponto de gravidade da História Universal. É uma terra de sonho para todos aqueles que se encontram cansados do bric-à-brac da Velha Europa. Napoleão teria dito: Esta velha Europa me entedia.”
E continua: “A América deve se separar do solo sobre o qual se passou, até agora, a história universal”.
Estamos no momento exato de separar-nos da velha Europa, coisa que os Estados Unidos só serão capazes de fazer quando os hispano-americanos se tornarem a etnia predominante naquele país. A hora é, portanto, da América do Sul. E o primeiro movimento necessário nessa direção é o fortalecimento do Mercosul.
Essa constatação foi a tônica do primeiro encontro sobre “Crise, Estado e Desenvolvimento: Desafios e Perspectivas para a América do Sul”, promovido pela Representação Brasileira no Parlasul, por iniciativa do Senador Roberto Requião, sexta-feira passada, no Senado, de que participaram o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Alto Representante Brasileiro no Mercosul, o Professor Carlos Lessa e este colunista. Temos que nos apressar, e negociar com o espírito de solidariedade efetiva, a quebra de barreiras internas no continente, base necessária aos acordos políticos.
Nesse sentido, é interessante a proposta ousada da Argentina, de estabelecimento de uma tarifa comum, de 35% por cento, para a entrada de produtos estrangeiros no Mercosul, e abolição total das tarifas no espaço do acordo aduaneiro.
A História mostra – e o exemplo mais importante é o da Alemanha – que a união política necessita de uma união aduaneira prévia. Ainda em 1834, a Prússia iniciou esse processo de união aduaneira (Zollverein) com os numerosos estados alemães, o que possibilitou a união política quase 50 anos depois.
Mas uma união aduaneira exige mais do que interesses econômicos, para se tornar uma união política. Exige certa identidade étnica, espírito de solidariedade e semelhante visão do mundo, o que ocorria na Alemanha, antes e depois de Bismarck, e que não existe na Europa de hoje. Temos, na América do Sul, não obstante a identidade cultural própria de nossos povos, certa identidade étnica, história mais ou menos comum de países que foram colônias, continuidade geográfica e espírito de solidariedade.
Pressionados pela crise que provocaram, os governantes dos países nórdicos sentem-se tentados a nova aventura de conquista, econômica, política e, se for preciso, militar, da América do Sul. Pelo que fizeram e estão fazendo nos países produtores de petróleo, podemos prever o que se encontram dispostos a fazer em busca das matérias primas e dos nossos territórios que cobiçam. Para que não sejamos dominados neste século, como advertia Perón em 1945, temos que nos unir, logo, sem tergiversações menores, e respeitando-nos como povos rigorosamente iguais.
O problema, mais do que ideológico, é geopolítico. É o do nosso espaço, que eles consideram vital para eles. Nosso dever, na História, é o de resistir e construir nova forma de convívio, criador e solidário, no espaço que ocupamos há meio milênio.
Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.
Noticias, artigos e análises sobre economia, politica e cultura dos países membros do Mercosul, CPLP e BRICS | Noticiero, articulos e analisis sobre economia, politica e cultura de los paises miembros del Mercosur, CPLP y BRICS
quarta-feira, 30 de maio de 2012
CPLP e SADC/Delegações à cimeira dos chefes de Estado chegam a Luanda
29 maio 2012/Angola Press http://www.portalangop.co.ao/
Luanda – Uma delegação Zimbabwena, chefiada pela ministra da cooperação Regional daquele país, Priscila Muhongo, chegou hoje, terça-feira, a Luanda, para participar de 31 a 1 de Junho na Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e de Governo dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Para o efeito escalram igualmente a capital do país, os ministros moçambicanos das Obras Públicas e Habitação, Cadimiel Mutemba, o dos Transportes e Comunicação, Paulo Zucula e o vice-ministro do Trabalho da República da Tanzânia, Gerson Lwenge.
O encontro, que abordará questões relacionadas com o processo de integração regional, prevê, reuniões da Troika (Angola, Moçambique e Namíbia), do Conselho de Ministros da SADC e do Órgão para a Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança, com o Presidente da SADC, José Eduardo dos Santos.
Serão discutidas também, questões políticas como a crise de Madagáscar e vai ser analisado o relatório da Troika sobre a campanha da SADC à presidência da Comissão da União Africana.
Angola assumiu a presidência da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Agosto de 2011. A SADC é constituída por Angola, África do Sul, Botswana, Namíbia, Tanzânia, República Democrática do Congo, Ilhas Maurícias, Ilhas Seychelles, Malawi, Swazilândia, Leshoto, Zimbabwe, Madagáscar, Moçambique e Zâmbia. O país preside desde Agosto do ano passado a comunidade de desenvolvimento.
Colombia/HISTORIA DE UNA INFAMIA
25 mayo 2012/ADITAL, Agencia de Información Fray Tito para América Latina http://www.adital.com.br (Brasil)
Por Gilberto López y Rivas
Sucumbíos, historia de una infamia (Refugio Bautista Zane, et. al., México: Universidad Autónoma de Chapingo-UACM-, 2011) es un libro de investigación, testimonio y denuncia de un crimen de lesa humanidad, de una transgresión a las leyes de la guerra, de una violación a la soberanía de una nación y de la sempiterna injerencia imperialista en la vida de nuestros pueblos, que ocasionó, el primero de marzo de 2008, el asesinato a mansalva de 25 personas y dejó heridas graves a tres sobrevivientes. De los muertos, cuatro eran mexicanos, al igual que una de las mujeres heridas. Los cinco eran estudiantes, con entrada legal en Ecuador, conocidos en nuestro país por su solidaridad con el pueblo colombiano y que habían llegado el día anterior de visita al campamento guerrillero, sede del considerado negociador y canciller de las FARC, comandante Raúl Reyes, blanco principal del bombardeo, ametrallamiento y ocupación por fuerzas aéreas y terrestres del ejército colombiano.
Se trató de una acción –propia del terrorismo de Estado– con múltiples propósitos: a) dar un golpe significativo a la opción negociada del conflicto armado en Colombia; b) crear condiciones para una guerra regional contra dos países vecinos inmersos en procesos de cambio de diferentes profundidades, pero a partir de un rescate de la soberanía nacional y, en consecuencia, antagónicos a la dominación imperialista encabezada por Estados Unidos; c) castigar al gobierno ecuatoriano por el desmantelamiento de una base aérea estadunidense en territorio de ese país, y d) socavar el protagonismo que el comandante Hugo Chávez estaba forjando en la liberación de rehenes en manos de las FARC.
De todos los actores políticos regionales involucrados en el ataque a Sucumbíos, el papel del gobierno de México es el más lamentable, ya que no ha defendido, hasta la fecha, los intereses de sus connacionales muertos y heridos en el extranjero; no condenó sus homicidios, ni mucho menos ha exigido justicia; no se manifestó en contra de una agresión armada contra un país soberano. Por el contrario, ha permitido e incluso apoyado que los servicios de inteligencia colombianos se muevan en territorio mexicano como en su casa, no ha protestado por las amenazas del embajador colombiano en nuestro país contra los padres de los muchachos, ha apoyado en los ámbitos internacionales a los gobiernos de los asesinos Uribe y Santos, ha estimulado la estigmatización de la UNAM y el derecho de sus estudiantes a manifestar sus ideas y practicar la solidaridad internacionalista, ha violentado el derecho de asilo y ha expatriado a ciudadanos colombianos de manera ilegal, como fue el caso del sociólogo Miguel Ángel Beltrán Villegas, quien, por cierto, fue absuelto de las amañadas acusaciones en su contra. La cancillería mexicana, que logró cierto prestigio en los días de la Declaración Franco-Mexicana, se ha convertido en obsecuente accesorio de las fuerzas más retrógradas en el continente, encabezadas por nuestro buen vecino del norte.
Por las características técnicas y de inteligencia del ataque a Sucumbíos, particularmente el uso de bombas de precisión, los aviones utilizados, la logística detrás de las tropas colombianas, así como los alcances estratégicos de la acción a escala regional, es claro que Estados Unidos participó activamente en este crimen de guerra, utilizando al gobierno de Colombia para sus fines de dominación continental y coadyuvando a crear una peligrosa desestabilización que pudo derivar en una guerra de alcances inimaginables.
A partir de Sucumbíos, los órganos de inteligencia colombianos, estadunidenses y mexicanos montan en México una campaña mediática y judicial encaminada a presentar a las víctimas como peligrosos criminales, y a la UNAM como guarida de terroristas. Destacan algunos sicarios mediáticos, cuya labor en los medios fue tan patética que sus artículos no podían sustraerse del formato policiaco de sus empleadores. Asimismo, se levantaron denuncias judiciales por grupos de la ultraderecha mexicana, que intentaban crear un clima de cacería de brujas en contra de quienes hemos manifestado nuestro apoyo a la justa lucha del pueblo colombiano contra el terror de Estado. Nuevamente, encontramos la sombra de Estados Unidos orquestando estos esfuerzos represivos. La incautación de supuestas computadoras del comandante Reyes, a prueba de bombas y metralla, dieron un material infinito para sustentar las más absurdas acusaciones en los medios de comunicación y en los aparatos judiciales al servicio de los poderosos.
Los cuatro estudiantes fallecidos: Juan González, Verónica Velázquez, Fernando Franco y Soren Avilés, así como Lucía Morett, pese a todas las acusaciones, calumnias y campañas en su contra, constituyen un ejemplo de la juventud comprometida con su realidad social; estos internacionalistas sacrificados en territorios de pueblos hermanos representan lo mejor de su generación. Pero también, el libro que comentamos tiene a otros protagonistas que hay que registrar en la memoria, que son las madres y los padres de estos muchachos que, asumiendo el dolor más grande que un ser humano puede sufrir, la muerte de sus hijos, no se doblegaron ante esta suprema adversidad, sino que se levantaron de la pena que los embargaba, se conocieron entre sí, se organizaron en la Asociación de Padres y Familiares de las Víctimas de Sucumbíos, Ecuador, profundizaron sus habilidades como voceros, activistas, redactores, negociadores, denunciantes, con el propósito de hacer justicia y llevar algún día al banquillo de los acusados a los genocidas. Y desde entonces no han parado, cada mes recuerdan la infamia en la embajada de Colombia, difunden materiales por Internet, montan exposiciones, participan en mítines y manifestaciones. Va para ellos nuestro reconocimiento.
En un refugio guardado en su corazón
Llevan la bandera de Bolívar.
Su rostro la transmite en la sonrisa
Que dejaron en las imágenes del recuerdo.
Hoy desde lo alto suenan las campanas
Ustedes las tocan para mostrarnos el camino.
Juan, Verónica, Soren, Fernando desde lo alto nos miran
Y nos recuerdan que para ser grandes
Hay que saber soñar.
http://asociaciondepadresyfamiliares.blogspot.com
http://www.youtube.com/sucumbiosmarzo08
ASOCIACION DE PADRES Y FAMILIARES DE LAS VICTIMAS DE SUCUMBIOS ECUADOR
Por Gilberto López y Rivas
Sucumbíos, historia de una infamia (Refugio Bautista Zane, et. al., México: Universidad Autónoma de Chapingo-UACM-, 2011) es un libro de investigación, testimonio y denuncia de un crimen de lesa humanidad, de una transgresión a las leyes de la guerra, de una violación a la soberanía de una nación y de la sempiterna injerencia imperialista en la vida de nuestros pueblos, que ocasionó, el primero de marzo de 2008, el asesinato a mansalva de 25 personas y dejó heridas graves a tres sobrevivientes. De los muertos, cuatro eran mexicanos, al igual que una de las mujeres heridas. Los cinco eran estudiantes, con entrada legal en Ecuador, conocidos en nuestro país por su solidaridad con el pueblo colombiano y que habían llegado el día anterior de visita al campamento guerrillero, sede del considerado negociador y canciller de las FARC, comandante Raúl Reyes, blanco principal del bombardeo, ametrallamiento y ocupación por fuerzas aéreas y terrestres del ejército colombiano.
Se trató de una acción –propia del terrorismo de Estado– con múltiples propósitos: a) dar un golpe significativo a la opción negociada del conflicto armado en Colombia; b) crear condiciones para una guerra regional contra dos países vecinos inmersos en procesos de cambio de diferentes profundidades, pero a partir de un rescate de la soberanía nacional y, en consecuencia, antagónicos a la dominación imperialista encabezada por Estados Unidos; c) castigar al gobierno ecuatoriano por el desmantelamiento de una base aérea estadunidense en territorio de ese país, y d) socavar el protagonismo que el comandante Hugo Chávez estaba forjando en la liberación de rehenes en manos de las FARC.
De todos los actores políticos regionales involucrados en el ataque a Sucumbíos, el papel del gobierno de México es el más lamentable, ya que no ha defendido, hasta la fecha, los intereses de sus connacionales muertos y heridos en el extranjero; no condenó sus homicidios, ni mucho menos ha exigido justicia; no se manifestó en contra de una agresión armada contra un país soberano. Por el contrario, ha permitido e incluso apoyado que los servicios de inteligencia colombianos se muevan en territorio mexicano como en su casa, no ha protestado por las amenazas del embajador colombiano en nuestro país contra los padres de los muchachos, ha apoyado en los ámbitos internacionales a los gobiernos de los asesinos Uribe y Santos, ha estimulado la estigmatización de la UNAM y el derecho de sus estudiantes a manifestar sus ideas y practicar la solidaridad internacionalista, ha violentado el derecho de asilo y ha expatriado a ciudadanos colombianos de manera ilegal, como fue el caso del sociólogo Miguel Ángel Beltrán Villegas, quien, por cierto, fue absuelto de las amañadas acusaciones en su contra. La cancillería mexicana, que logró cierto prestigio en los días de la Declaración Franco-Mexicana, se ha convertido en obsecuente accesorio de las fuerzas más retrógradas en el continente, encabezadas por nuestro buen vecino del norte.
Por las características técnicas y de inteligencia del ataque a Sucumbíos, particularmente el uso de bombas de precisión, los aviones utilizados, la logística detrás de las tropas colombianas, así como los alcances estratégicos de la acción a escala regional, es claro que Estados Unidos participó activamente en este crimen de guerra, utilizando al gobierno de Colombia para sus fines de dominación continental y coadyuvando a crear una peligrosa desestabilización que pudo derivar en una guerra de alcances inimaginables.
A partir de Sucumbíos, los órganos de inteligencia colombianos, estadunidenses y mexicanos montan en México una campaña mediática y judicial encaminada a presentar a las víctimas como peligrosos criminales, y a la UNAM como guarida de terroristas. Destacan algunos sicarios mediáticos, cuya labor en los medios fue tan patética que sus artículos no podían sustraerse del formato policiaco de sus empleadores. Asimismo, se levantaron denuncias judiciales por grupos de la ultraderecha mexicana, que intentaban crear un clima de cacería de brujas en contra de quienes hemos manifestado nuestro apoyo a la justa lucha del pueblo colombiano contra el terror de Estado. Nuevamente, encontramos la sombra de Estados Unidos orquestando estos esfuerzos represivos. La incautación de supuestas computadoras del comandante Reyes, a prueba de bombas y metralla, dieron un material infinito para sustentar las más absurdas acusaciones en los medios de comunicación y en los aparatos judiciales al servicio de los poderosos.
Los cuatro estudiantes fallecidos: Juan González, Verónica Velázquez, Fernando Franco y Soren Avilés, así como Lucía Morett, pese a todas las acusaciones, calumnias y campañas en su contra, constituyen un ejemplo de la juventud comprometida con su realidad social; estos internacionalistas sacrificados en territorios de pueblos hermanos representan lo mejor de su generación. Pero también, el libro que comentamos tiene a otros protagonistas que hay que registrar en la memoria, que son las madres y los padres de estos muchachos que, asumiendo el dolor más grande que un ser humano puede sufrir, la muerte de sus hijos, no se doblegaron ante esta suprema adversidad, sino que se levantaron de la pena que los embargaba, se conocieron entre sí, se organizaron en la Asociación de Padres y Familiares de las Víctimas de Sucumbíos, Ecuador, profundizaron sus habilidades como voceros, activistas, redactores, negociadores, denunciantes, con el propósito de hacer justicia y llevar algún día al banquillo de los acusados a los genocidas. Y desde entonces no han parado, cada mes recuerdan la infamia en la embajada de Colombia, difunden materiales por Internet, montan exposiciones, participan en mítines y manifestaciones. Va para ellos nuestro reconocimiento.
En un refugio guardado en su corazón
Llevan la bandera de Bolívar.
Su rostro la transmite en la sonrisa
Que dejaron en las imágenes del recuerdo.
Hoy desde lo alto suenan las campanas
Ustedes las tocan para mostrarnos el camino.
Juan, Verónica, Soren, Fernando desde lo alto nos miran
Y nos recuerdan que para ser grandes
Hay que saber soñar.
http://asociaciondepadresyfamiliares.blogspot.com
http://www.youtube.com/sucumbiosmarzo08
ASOCIACION DE PADRES Y FAMILIARES DE LAS VICTIMAS DE SUCUMBIOS ECUADOR
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM PORTUGAL E DE PORTUGAL NO ESTRANGEIRO: NA MAIORIA SÃO APLICAÇÕES FINANCEIRAS, MUITAS DELAS ESPECULATIVAS
26 maio 2012/Resistir.info http://www.resistir.info (Portugal)
por Eugénio Rosa*
RESUMO DESTE ESTUDO
(O texto complete está em http://www.resistir.info/e_rosa/inv_estrangeiro_24mai12.html)
O ministro das Finanças, Victor Gaspar, com o seu ar limitado de aluno submisso interessado apenas em ter contas certas para estar nas boas graças do ministro alemão das Finanças – mas nada preocupado com a situação dos portugueses e com a destruição da economia que está a provocar – e também o pensamento económico ultraliberal dominante quer no governo quer nos principais media, têm defendido o investimento estrangeiro em Portugal como a solução para os problemas do país. Para conseguir isso (dizem eles), têm vendido a saldo as participações do Estado em empresas importantes (EDP, REN) assim como tencionam vender as empresas públicas que ainda restam (TAP, CTT, etc.) a estrangeiros. No entanto, como revelam os próprios dados do Banco de Portugal, a esmagadora maioria do investimento estrangeiro em Portugal são aplicações financeiras, muitas de natureza especulativa que visam a obtenção de ganhos elevados e rápidos. Também o investimento de grupos económicos “portugueses" no estrangeiro, que deixaram de investir em Portugal têm, na sua maioria, as mesmas características e objectivos (são aplicações financeiras visando ganhos elevados e rápidos)
No fim de 2011, segundo o Banco de Portugal, o investimento estrangeiro em Portugal, na sua esmagadora maioria feito por grupos económicos e financeiros, atingia 468.806 milhões €, sendo investimento directo em empresas apenas 61.718 milhões € (18% do total); o restante, ou seja, 384.537 milhões € (82%) eram aplicações financeiras (em acções, em títulos da divida pública, etc) com o objectivo de obter ganhos elevados e imediatos. Também no fim de 2011, o investimento "português" no estrangeiro, maioritariamente realizado por grupos económicos, que deixaram de investir em Portugal mas que teve como fonte rendimentos gerados no país, atingia 276.830 milhões €, sendo apenas 19% (52.594 milhões €) investimento directo em empresas, enquanto 224.236 milhões € (81% do total) eram, na sua maioria, aplicações financeiras visando ganhos elevados e rápidos. É evidente que os grupos económicos tanto estrangeiros como "portugueses" estão muito mais interessados em investimentos financeiros, muitos deles especulativos, do que em investimentos produtivos. Será que Victor Gaspar e Passos Coelho, assim como os arautos do pensamento económico dominante, conhecem esta realidade quando, com tanto empenho, defendem o investimento estrangeiro em Portugal e o investimento de Portugal no estrangeiro, e quando o utilizam como justificação para vender a saldo as participações do Estado em empresas importantes e mesmo empresas públicas? Porventura saberão que estão a promover fundamentalmente o investimento financeiro, muito dele especulativo, como revelam os próprios dados do Banco de Portugal?
Esta situação ainda se torna mais clara quando se analisam os fluxos de rendimentos que aqueles investimentos geram. No período 2000/2011, foram transferidos de Portugal para o estrangeiro rendimentos que totalizaram 165.190 milhões €, o que corresponde a cerca do valor do PIB de um ano, provocando uma elevada descapitalização do país. Deste total, apenas 44.788 milhões €, ou seja, 27,1% teve como origem investimento directo realizado em empresas em Portugal; e 116.706 milhões €, ou seja, 70,6% dos rendimentos transferidos para o estrangeiro no período 2000/2011 teve como origem investimentos financeiros, muitos deles especulativos feitos em Portugal. Durante o mesmo período de tempo (2000/2011), Portugal recebeu do estrangeiro, como consequência dos investimentos realizados, 99.104 milhões €, ou seja, menos 66.086 milhões € do que o transferido para o estrangeiro durante o mesmo período. E 72.969 milhões €, isto é, 73,6% dos rendimentos recebidos, teve como origem rendimentos resultantes de aplicações financeiras, na sua maioria investimentos especulativos. Apenas 23.838 milhões €, ou seja, 24,1% dos rendimentos recebidos do estrangeiro teve como origem investimentos directos em empresas. É desta forma que se está a fazer a internacionalização dos grupos "portugueses" tão elogiada pelo pensamento económico dominante e pelos sucessivos governos.
A esmagadora maioria destes rendimentos estão isentos do pagamento de qualquer imposto em Portugal. A aplicação de uma taxa de IRS só sobre os rendimentos transferidos para o estrangeiro resultantes de aplicações financeiras em Portugal igual à que pagam os cidadãos nacionais e de uma sobretaxa de 10% sobre os dividendo distribuídos, visando impedir a descapitalização das empresas e promover o investimento produtivo e a criação de emprego, por ex., teria dado ao Estado uma receita fiscal adicional, no período 2000/2011, que estimamos em 32.423 milhões €, ou seja, em média 3.243 milhões € por ano. Numa altura em que se impõem tantos sacrifícios aos trabalhadores e pensionistas portugueses, seria mais que justos exigir àqueles que obtém elevadíssimos rendimentos de uma forma tão fácil que pagassem IRS igual ao que é pedido à maioria dos portugueses. Só a cegueira e a insensibilidade deste governo provocada por um politica de classe pode impedir que veja as desigualdades e os sofrimentos causados.
*Economista edr2@netcabo.pt
por Eugénio Rosa*
RESUMO DESTE ESTUDO
(O texto complete está em http://www.resistir.info/e_rosa/inv_estrangeiro_24mai12.html)
O ministro das Finanças, Victor Gaspar, com o seu ar limitado de aluno submisso interessado apenas em ter contas certas para estar nas boas graças do ministro alemão das Finanças – mas nada preocupado com a situação dos portugueses e com a destruição da economia que está a provocar – e também o pensamento económico ultraliberal dominante quer no governo quer nos principais media, têm defendido o investimento estrangeiro em Portugal como a solução para os problemas do país. Para conseguir isso (dizem eles), têm vendido a saldo as participações do Estado em empresas importantes (EDP, REN) assim como tencionam vender as empresas públicas que ainda restam (TAP, CTT, etc.) a estrangeiros. No entanto, como revelam os próprios dados do Banco de Portugal, a esmagadora maioria do investimento estrangeiro em Portugal são aplicações financeiras, muitas de natureza especulativa que visam a obtenção de ganhos elevados e rápidos. Também o investimento de grupos económicos “portugueses" no estrangeiro, que deixaram de investir em Portugal têm, na sua maioria, as mesmas características e objectivos (são aplicações financeiras visando ganhos elevados e rápidos)
No fim de 2011, segundo o Banco de Portugal, o investimento estrangeiro em Portugal, na sua esmagadora maioria feito por grupos económicos e financeiros, atingia 468.806 milhões €, sendo investimento directo em empresas apenas 61.718 milhões € (18% do total); o restante, ou seja, 384.537 milhões € (82%) eram aplicações financeiras (em acções, em títulos da divida pública, etc) com o objectivo de obter ganhos elevados e imediatos. Também no fim de 2011, o investimento "português" no estrangeiro, maioritariamente realizado por grupos económicos, que deixaram de investir em Portugal mas que teve como fonte rendimentos gerados no país, atingia 276.830 milhões €, sendo apenas 19% (52.594 milhões €) investimento directo em empresas, enquanto 224.236 milhões € (81% do total) eram, na sua maioria, aplicações financeiras visando ganhos elevados e rápidos. É evidente que os grupos económicos tanto estrangeiros como "portugueses" estão muito mais interessados em investimentos financeiros, muitos deles especulativos, do que em investimentos produtivos. Será que Victor Gaspar e Passos Coelho, assim como os arautos do pensamento económico dominante, conhecem esta realidade quando, com tanto empenho, defendem o investimento estrangeiro em Portugal e o investimento de Portugal no estrangeiro, e quando o utilizam como justificação para vender a saldo as participações do Estado em empresas importantes e mesmo empresas públicas? Porventura saberão que estão a promover fundamentalmente o investimento financeiro, muito dele especulativo, como revelam os próprios dados do Banco de Portugal?
Esta situação ainda se torna mais clara quando se analisam os fluxos de rendimentos que aqueles investimentos geram. No período 2000/2011, foram transferidos de Portugal para o estrangeiro rendimentos que totalizaram 165.190 milhões €, o que corresponde a cerca do valor do PIB de um ano, provocando uma elevada descapitalização do país. Deste total, apenas 44.788 milhões €, ou seja, 27,1% teve como origem investimento directo realizado em empresas em Portugal; e 116.706 milhões €, ou seja, 70,6% dos rendimentos transferidos para o estrangeiro no período 2000/2011 teve como origem investimentos financeiros, muitos deles especulativos feitos em Portugal. Durante o mesmo período de tempo (2000/2011), Portugal recebeu do estrangeiro, como consequência dos investimentos realizados, 99.104 milhões €, ou seja, menos 66.086 milhões € do que o transferido para o estrangeiro durante o mesmo período. E 72.969 milhões €, isto é, 73,6% dos rendimentos recebidos, teve como origem rendimentos resultantes de aplicações financeiras, na sua maioria investimentos especulativos. Apenas 23.838 milhões €, ou seja, 24,1% dos rendimentos recebidos do estrangeiro teve como origem investimentos directos em empresas. É desta forma que se está a fazer a internacionalização dos grupos "portugueses" tão elogiada pelo pensamento económico dominante e pelos sucessivos governos.
A esmagadora maioria destes rendimentos estão isentos do pagamento de qualquer imposto em Portugal. A aplicação de uma taxa de IRS só sobre os rendimentos transferidos para o estrangeiro resultantes de aplicações financeiras em Portugal igual à que pagam os cidadãos nacionais e de uma sobretaxa de 10% sobre os dividendo distribuídos, visando impedir a descapitalização das empresas e promover o investimento produtivo e a criação de emprego, por ex., teria dado ao Estado uma receita fiscal adicional, no período 2000/2011, que estimamos em 32.423 milhões €, ou seja, em média 3.243 milhões € por ano. Numa altura em que se impõem tantos sacrifícios aos trabalhadores e pensionistas portugueses, seria mais que justos exigir àqueles que obtém elevadíssimos rendimentos de uma forma tão fácil que pagassem IRS igual ao que é pedido à maioria dos portugueses. Só a cegueira e a insensibilidade deste governo provocada por um politica de classe pode impedir que veja as desigualdades e os sofrimentos causados.
*Economista edr2@netcabo.pt
Moçambique/Mais investimentos para energia e recursos minerais
28 maio 2012/Portal do Governo http://www.portaldogoverno.gov.mz
Maputo (AIM) - Moçambique vai receber nos próximos anos investimentos no valor de 90 mil milhões de dólares para projectos nos sectores energético e mineiro, cerca de sete vezes o valor actual da economia do país, de acordo com a Economist Intelligence Unit (EIU), citado pela agência noticiosa “Macauhub”.
No seu mais recente relatório sobre Moçambique, a EIU afirma que o país “está nas fases iniciais de uma expansão sustentável do investimento directo estrangeiro, em resultado do seu potencial energético e mineiro”.
“O investimento em curso ou proposto inclui projectos mineiros, caminhos-de-ferro, portos e outras infra-estruturas, bem como geração de energia hidroeléctrica e termal”, refere a EIU.
O valor do investimento previsto inclui projectos em curso ou nas fases iniciais e é mais de sete vezes o PIB actual do país (12,4 mil milhões de dólares americanos).
Perto de 21 mil milhões de dólares destinam-se à geração de energia e 68 mil milhões ao desenvolvimento de gás natural na província de Cabo Delgado, incluindo 18 mil milhões de dólares da norte-americana Anadarko Petroleum e 50 mil milhões da italiana ENI.
“O montante de investimento é enorme para Moçambique ou para qualquer outra economia”, adianta o relatório.
Embora alguns dos projectos não tenham ainda um calendário preciso, espera-se que a maioria avance nos próximos 10 anos.
Para a EIU, Moçambique “parece estar no limiar de uma expansão do sector energético que promete tornar o país num significativo produtor africano de energia”.
Mais recentemente, a ENI ampliou as suas estimativas de capacidade dos seus blocos de gás na bacia do Rovuma de 10 biliões de pés cúbicos, para 40 biliões.
“As reservas de gás totais na área podem ser até maiores, pois a ENI planeia perfurar mais quatro poços até final do ano”, adianta a EIU.
Com expectativas de início da produção de gás natural no mar para depois de 2018, o governo moçambicano planeia ainda lançar mais uma ronda de licenças de exploração de blocos na bacia do Rovuma, desta vez na zona sul.
Paralelamente, as autoridades anunciaram um plano para aumentar a participação máxima que o Estado, através da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), detém em futuros blocos petrolíferos, dos actuais 25 por cento para 40 por cento.
“Espera-se que o aumento da participação do Estado seja uma das principais reformas na nova legislação mineira do país”, afirma a EIU.
Com o novo código mineiro, que também vai cobrir a exploração de gás, o governo também procurará taxar fusões e aquisições e estabelecer regras mais estritas para projectos sociais de empresas mineiras.
“Contudo, a nova lei não deverá aumentar a produção e impostos sobre empresas, considerados internacionalmente competitivos e não deverá portanto afastar investidores, especialmente dada a extensão da riqueza mineral moçambicana”, adianta.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Colombia/FARC-EP CUMPLEN HOY 48 AÑOS Y SIGUEN VIVITOS Y COLEANDO
27 mayo 2012/ANCOL http://anncol1.blogspot.com.es (España)
FARC-EP
cumplen hoy 48 años y siguen vivitos y coleando
Redacción ANNCOL
“Las FARC-EP no iniciamos esta guerra, nos fue
declarada por la oligarquía que gobierna a Colombia”, dice la insurgencia
Colombia en un comunicado enviado a nuestra redacción sobre su 48 aniversario
para la Nueva Colombia.
Y agrega:
“Cada vez que el eco de nuestra propuesta de una
salida política ha tomado suficiente fuerza para imponer unos diálogos
encaminados a la paz, el poder se ha negado a considerar la remoción de las
causas que dan lugar al conflicto, cerrando de un portazo violento las
posibilidades de reconciliación. El país no olvida que tras cada proceso
frustrado ha sobrevenido la promesa de aniquilarnos y la agudización de la
guerra a extremos inéditos. Las FARC persistimos porque un inmenso clamor
popular de justicia alimenta y acompaña nuestro sacrificio”.
EL MISMO DÍA EN QUE sale el comunicado sobre los 48 años de lucha política-militar, es entrevistado el
general Sergio Mantilla, jefe del ejército, por Jineth Bedoya, vice jefa de la redacción de El Tiempo que cubre el
orden público y con canales directos a las FF.MM. y la inteligencia militar.
Preocupada por los resultados negativos de las FF.MM., la periodista le comenta
al general que “se oyen voces sobre la desmoralización de las tropas. . .
y si ¿están con la moral”?
Y el general responde como pueda ante el resultado de
los combates con la guerrilla últimamente:
“El Ejército tiene moral, pero hay inquietudes y preocupaciones
con las reglas que rigen el combate en Colombia, y estamos encontrando la
respuesta en el Gobierno Nacional. (. . . ) Este año hemos perdido cien hombres
en el campo de combate, peleando, defendiendo a los colombianos, y es injusto
decir que murieron desmoralizados”.
Y AHÍ ESTA LA TRAGEDIA DE COLOMBIA que desde la expulsión del colonialismo español ha sido víctima por la
clase política militarista. Siguen cayendo los hijos pobres del pueblo en el
campo de batalla, no los hijos de Uribe o Santos.
La guerra no solamente se expresa en los combates
militares sino también todos los días a través el modelo neoliberal. Mueren
diariamente decenas de niños y ancianos colombianos en enfermedades
relacionadas al hambre. Mueren obreros todos los días por que caen de las obras
de construcción por que los dueños de las constructoras registran grandes
utilidades en vez de instalar un regimiento de protección para los
trabajadores, ejemplos que son generalizados en todos los sectores productivos
de Colombia.
Pero Santos se ha declarado “protector de los pobres”,
y dice que es antioligarca. Pero la guerrilla rechaza esa afirmación como un
desvío del desastre de su política:
“Santos simplemente repite lo que han hecho siempre
los de su clase. Nos exige una vez más la entrega y el desarme, a cambio de
admitir a medias nuestro ingreso a su podrido régimen político. Sin desmontar
ni un ladrillo de su aparato terrorista de dominación. Sin que se afecte en
nada su proyecto de país colonial y empobrecido. Como si nosotros pudiéramos a
cambio de miserables prebendas personales, volver la espalda al sentir de
millones de compatriotas hundidos en la desesperación y la violencia. Como si
el destino natural del pueblo colombiano fuera el de trabajar eternamente para
el enriquecimiento de una élite privilegiada. Así no vamos a ninguna parte”.
A continuación, el comunicado de las FARC-EP:
COMUNCADO: FARC-EP: 48 AÑOS DE LUCHA ARMADA REBELDE
Los cuarenta y ocho años de lucha que cumplimos las
FARC-EP este 27 de mayo son la mejor demostración de que un pueblo consciente,
organizado y disciplinado no puede ser vencido ni siquiera por los más
poderosos enemigos. Desde Marquetalia a la fecha, las crecientes y cada vez más
entrenadas fuerzas armadas colombianas han estado tras nosotros en una feroz
actividad predadora, contando a su vez con la asesoría militar del Pentágono y
la ayuda financiera de los Estados Unidos. Cada uno de los sucesivos gobiernos
oligárquicos que ha prometido vencernos, ha visto frustrados sus propósitos y
dejado en cambio tras de sí un país ensangrentado.
Las clases dominantes colombianas poseen muy mala
memoria cuando se trata de recordar sus crímenes, a los que endilgan además un
nombre emblemático a fin de hacer desaparecer sus culpas. A la primera matanza
generalizada por el despojo de las mejores tierras, promovida en la cuarta
década del siglo pasado, le pusieron el nombre de La Violencia, expresión
mágica que sirvió para ocultar a terratenientes, empresarios, gamonales,
generales y agentes norteamericanos y locales de la guerra fría, verdaderos
azuzadores y ejecutores de la aterradora mortandad que les permitió
enriquecerse bajo la institucionalidad del estado de sitio.
CINCUENTA AÑOS DESPUÉS INVENTARON la historia de una disputa territorial por el control de los cultivos
ilícitos entre distintos actores armados. De ese modo, cubriendo a unos y otros
con el mote de los violentos, pretendieron disimular la configuración de un
modelo de acumulación de capital fundado en el despojo violento de la propiedad
agraria y en el abierto desconocimiento de las condiciones de trabajo
conquistadas en el pasado por la fuerza de trabajo nacional. El terror
paramilitar desplazó millones de campesinos y golpeó de manera despiadada al
movimiento sindical colombiano. Siempre ha estado inspirado desde el poder y
sirviendo a sus intereses.
No puede mirarse en Colombia el fenómeno del
narcotráfico y las mafias como una trágica desgracia que cayó quizás por obra
de qué pecado sobre el país, y menos ir imputándole la responsabilidad por
todos los males que nos aquejan. Con ese discurso se oculta que los dineros del
narcotráfico se convierten en tierras, inundan la banca, las finanzas, las
inversiones productivas y especulativas, la hotelería, la construcción y la
contratación pública, resultando funcionales y hasta necesarios en el juego de
captación y circulación de grandes capitales que caracteriza al capitalismo
neoliberal de hoy. Igual pasa en Centroamérica y Méjico.
Por lo mismo, mafias y paramilitarismo hacen parte del
modelo violento de acumulación y terror que caracteriza la actual fase
neoliberal del capitalismo. Nada tienen que ver con la lucha popular, se hallan
al servicio de sus más encarnizados enemigos. Pretender como se hace hoy que el
conflicto armado colombiano hunde sus raíces en el narcotráfico desconoce una
realidad incontrastable. Desvía la atención hacia el lado equivocado. Las
distintas etapas de la guerra contra las drogas implementada con el Plan
Colombia han puesto de presente su propósito de clase. Golpear a las FARC
envuelve la persecución a todas las luchas del pueblo colombiano.
Los verdaderos responsables de toda la infamia
padecida por Colombia son los propietarios del capital y de la tierra, que
siglo tras siglo reservan a los de su linaje el derecho exclusivo a ampliar aún
más sus fortunas y gobernar el país, a costa del trabajo y el sudor de la
inmensa mayoría de compatriotas desposeídos y violentados por soñar con cambiar
el orden de cosas heredado. Mediante una fachada de democracia formal, mal
esconden el verdadero carácter del régimen político impuesto. Ellos
implementaron en nuestro país la práctica del terrorismo para defender a sangre
y fuego sus privilegios. Pero llaman terroristas
a quienes buscan justicia.
A enseñar a leer y escribir donde el Estado falló.
|
EN LA ACTUALIDAD DIRIGE LOS DESTINOS del país un típico representante de esa élite extranjerizada e
indolente. Juan Manuel Santos practica como el mejor, aquello de llamar por
eufemismos a las cosas a fin de transformarlas en algo distinto. Bautizó el
llamado Plan de Desarrollo de su administración con el nombre de Prosperidad
para todos, cuando éste está concebido, de principio a fin, para el beneficio
de los poderosos capitales transnacionales y los sectores de la economía local
que orbitan como satélites en torno a él. Y aunque afirma haberse convertido en
un traidor a su clase, sus medidas de gobierno apuntan a enriquecerla mucho
más.
Suele decir que aspira a convertirse en el Presidente
que consiguió pacificar el país y se declara amigo de buscar una salida política
a la confrontación. Pero ni uno solo de sus actos de gobierno ha demostrado
algún propósito de atenuar las causas generadoras del conflicto. Su ley de
víctimas y restitución de tierras conmueve por su inoperancia, a la par que
crecen los crímenes contra campesinos y organizaciones que aspiran a recobrar
sus tierras. Ha hecho carrera en los medios la existencia de un supuesto
ejército anti restitución, el cual no ha sido golpeado de ningún modo por los
comandantes de Ejército y Policía que con tanto ahínco combaten las
guerrillas.
La supuesta inversión legal de la carga de la prueba a
favor de los despojados fue convertida en su decreto reglamentario en un simple
respaldo estatal a la búsqueda de pruebas, burlándose frontalmente del
significado de las palabras. Y ya fue demostrado en el Congreso de la República
que las abultadas cifras sobre restitución en realidad correspondían a viejos
programas alternos del Ministerio de Agricultura que nada tenían que ver con
ellas. Ha sido tan desafortunado el curso de esta ley que difícilmente va a
servirles a los titulares de grandes proyectos agropecuarios para poner en
regla la propiedad de las tierras a la que aspiraban.
NO SE ENTIENDE CÓMO PUEDE HABLAR DE PAZ un gobierno que ha hecho de la convivencia de las bandas criminales con
la Policía y el Ejército la renovación de la vieja actividad paramilitar. Y que
continúa adelante y con mayor sevicia la ocupación militar de inmensas regiones
del país destinadas a ser entregadas en condiciones leoninas a inversionistas
extranjeros, al costo de desterrar a las comunidades indígenas, afro
descendientes, campesinas y mineras que las han poseído y explotado
ancestralmente. Un gobierno que con tal de facilitar fuentes de energía baratas
al capital extranjero no vacila en atentar contra ecosistemas como el río
Magdalena.
En procura de salvar la responsabilidad del régimen
político y sus personeros en la actividad criminal contra el movimiento
popular, el Presidente vocifera acerca de una supuesta mano negra, enemiga de
la paz y la reconciliación, que se dedica a asesinar a diestra y siniestra. Al
hacerlo confiere existencia tangible a una actividad terrorista supuestamente
anónima y omnipresente, capaz de disciplinar a los opositores mediante el miedo
y la muerte. Dicha fuerza escapa a cualquier control judicial, político o
social y exculpa a su gobierno de cualquier crítica por violación de los
derechos humanos. A eso precisamente se le conoce como terrorismo de
Estado.
Sin el menor sonrojo, con la argumentación fácil de
trabajar el camino hacia la paz, este gobierno promueve de manera transitoria
en la Constitución un marco legal bajo cuya excusa introduce la impunidad para
militares y policías involucrados en crímenes horrendos, bajo la absurda
pretensión de obrar de modo correspondiente con el tratamiento conferido a los
alzados.
Como quien dice, aquí en Colombia no ha pasado nada.
En otra de sus reformas intenta introducir la santificación del fuero militar
de impunidad, a fin de dotar a su aparato oficial de exterminio de todas las
garantías para su exculpación por las atrocidades cometidas y por
cometer.
PESE A QUE AL OBTENER LA APROBACIÓN de su Plan de Prosperidad para todos anunció que destinaría más de
veinticinco billones de pesos para la reparación de los daños ocasionados por
las catástrofes invernales, a las que llamó maldita niña, los habitantes de
Gramalote en Norte de Santander van a completar dos años esperando la ayuda
prometida. Del mismo modo ocurre con los cientos de miles de damnificados que
ven como las aguas arrastran de nuevo lo poco que les habían dejado. De su
locomotora de vivienda y ciudades amables queda la promesa de regalar cien mil
viviendas a los pobres. Cabe imaginar el entorno, el tamaño y calidad de ellas.
Recién celebró la entrada en vigencia del TLC con los
Estados Unidos, al que se sumarán los firmados con la Unión Europea y Corea del
Sur, ya anunciaba un acuerdo semejante con China. La desindustrialización del
país, el aumento del desempleo y la informalidad, la invasión de mercancías
extranjeras de bajo costo, la ruina de las actividades agropecuarias, la
dilapidación de nuestra biodiversidad, cultura y conocimientos ancestrales de
las comunidades autóctonas, hacen parte del precio que tendremos que pagar los
colombianos distintos a los poderosos monopolios inversionistas que
supuestamente conseguirán penetrar los gigantes mercados del extranjero.
Algo está claro en los actos del gobierno continuista
de Santos, que al reñir con su antecesor pretende posicionarse como progresista
sin diferenciarse en la realidad de él. Su mayor preocupación la constituye
servir en bandeja el país al gran capital transnacional para que se apodere de
los tres sectores de nuestra economía, a la par que entregar a inversionistas
privados la mayor parte de los servicios y deberes a cargo del Estado. Como
neoliberal confeso, el Presidente hace parte de quienes consideran que al
permitir la acumulación excesiva de riqueza en una pequeña élite, la fortuna
rodará finalmente hasta llegar a los más necesitados.
ES POR ELLO QUE NINGUNA de sus reformas ha apuntado a algo que no sea la facilitación de las
condiciones de inversión y explotación para los monopolios transnacionales.
Desde la ley del primer empleo, la sostenibilidad fiscal, el régimen de
regalías, los planes para la educación superior y la salud, hasta las
proyectadas reformas de tierras, pensiones y tributaria, todas lesionan
gravemente las condiciones económicas de los colombianos del montón, pese a ser
presentadas como la redención para ellos. También ello explica la sumisión y el
aplauso del gobierno colombiano ante el accionar violento del imperialismo en
diferentes lugares del mundo.
Todo lo cual conduce a comprender su culto a la
guerra. A nadie que esté en desacuerdo con el proyecto de país que el imperio y
los de su clase conciben, se le deben garantizar sus derechos a opinar y
proponer opciones políticas. La gran prensa y los aparatos formales e
informales de terror cumplen con el papel de destruir cualquier esfuerzo de
organización de los de abajo. La manifiesta hostilidad de la fuerza pública y
el bloque de poder en pleno contra la reciente experiencia de la llamada Marcha
Patriótica que ya comienza a cargar sus primeros muertos, pone de presente la
ruindad de la democracia colombiana y la vigencia indiscutible de la lucha
armada de su pueblo.
Frente a lo cual sorprende la actitud de la denominada
izquierda democrática que no vacila en alinearse del lado del poder. El vice
presidente Angelino, que aún no alcanza a comprender por qué fue elevado a esa
inútil posición, se cree de verdad gobierno y condena antes que él cualquier
manifestación auténtica del movimiento popular, al que exige comportarse como
esperan los de arriba. Traidor a su clase, simple anzuelo para la cooptación y
la conciliación de los sectores medios y el sindicalismo venal, despreciado
tras usado, todavía cree tener derecho a representar a los trabajadores. La
misma actitud de toda esa izquierda vergonzante que rodea a Santos.
Alfonso Cano, Jacobo Arenas y Manuel Marulanda en Casa Verde, que fue bombardeada el 9 de diciembre de 1989, el día cuando el pueblo de Colombia fue a las urnas para elegir representantes a una asamblea constituyente. Así mostró el estado colombiano su voluntad de paz, rompiendo "El Acuerdo de Cese de Fuego" entre las FARC y el gobierno colombiano, que fue firmado en mayo de 1984 en La Uribe. Ya han pasado más años y el estado esta en el mismo callejón sin salida de la guerra.
LAS FARC-EP NO INICIAMOS ESTA GUERRA, nos fue declarada por la oligarquía que gobierna a Colombia. Cada vez
que el eco de nuestra propuesta de una salida política ha tomado suficiente
fuerza para imponer unos diálogos encaminados a la paz, el poder se ha negado a
considerar la remoción de las causas que dan lugar al conflicto, cerrando de un
portazo violento las posibilidades de reconciliación. El país no olvida que
tras cada proceso frustrado ha sobrevenido la promesa de aniquilarnos y la
agudización de la guerra a extremos inéditos. Las FARC persistimos porque un
inmenso clamor popular de justicia alimenta y acompaña nuestro sacrificio.
Santos simplemente repite lo que han hecho siempre los
de su clase. Nos exige una vez más la entrega y el desarme, a cambio de admitir
a medias nuestro ingreso a su podrido régimen político. Sin desmontar ni un
ladrillo de su aparato terrorista de dominación. Sin que se afecte en nada su
proyecto de país colonial y empobrecido. Como si nosotros pudiéramos a cambio
de miserables prebendas personales, volver la espalda al sentir de millones de
compatriotas hundidos en la desesperación y la violencia. Como si el destino
natural del pueblo colombiano fuera el de trabajar eternamente para el
enriquecimiento de una élite privilegiada. Así no vamos a ninguna parte.
Las FARC-EP, a los 48 años de lucha armada rebelde,
reiteramos al pueblo de Colombia nuestro juramento de vencer. Jamás nos
sumaremos a la campaña por legitimar y honrar el capitalismo y el terror de
Estado que se hacen llamar democracia en nuestro país. Sabemos que no
estamos solos, hasta nosotros llega el rumor de inmensas masas humanas que
avanzan inconformes y decididas, por encima de las amenazas y la represión,
exigiendo cambios profundos. Se trata de un clamor universal. Por la
conservación del planeta y nuestra especie, por darle a los hombres y mujeres
un sentido diferente al de vulgar capital humano, por una paz efectiva y
justa.
Los más recientes efectos del libre comercio son las
desgracias de los pueblos de Irak, Palestina, Afganistán, Libia, Egipto, Túnez,
Honduras, y Méjico, para no hablar de España o Grecia. Destrucción, muerte y
horror tejidos con los más bellos discursos sobre las virtudes de la democracia
de mercado. Saqueo y miedo garantizado por la amenaza militar de la OTAN y los
marines. A los pueblos se los aplasta sino sirven a los planes imperiales. Un
saludo de solidaridad a todos ellos. Y gloria eterna a la resistencia de los
pueblos de Irán, Siria, Corea del Norte, Cuba y Venezuela, asediados, dignos y
triunfantes frente a la brutal agresión imperialista.
Todos los hombres y pueblos seremos algún día
hermanos.
¡Con Bolívar! ¡Con
Manuel! ¡Con el pueblo!... ¡ Al poder!
¡Contra el
Imperialismo! … ¡Por la Patria!
¡Contra la oligarquía!
… ¡ Por el Pueblo!
¡Somos FARC! …
¡Ejército del Pueblo!
Secretariado del Estado
Mayor Central de las FARC-EP
Montañas de Colombia,
27 de mayo de 2012.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Brasil/VIGÍLIA VETA TUDO ALCANÇA TRENDING TOPICS MUNDIAL
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
(Resumo)
Vigília Veta Tudo acompanha ao vivo anúncio do veto presidencial
Transmissão ao vivo no site do Floresta http://www.florestafazadiferenca.org.br segue até 19h desta 6ª com participação de jornalistas, de organizações e políticos.
Nesta quinta-feira, a Vigília Veta Tudo atingiu o terceiro lugar entre os trending topics mundiais e o primeiro no Brasil com a hash tag #VigiliaVetaTudo.A transmissão segue até 19 horas desta sexta e vai acompanhar e repercutir ao vivo o anúncio da presidente Dilma Rousseff sobre o destino do Código, que deve ocorrer às 14 horas.
Os horários indicados são de Brasília.
Assinar:
Postagens (Atom)