16 maio 2012/Portal do
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Maputo (AIM) – O
Presidente moçambicano, Armando Guebuza, afirmou que as jurisdições
constitucionais constituem-se no último guardião da legalidade, da
transparência e da justeza dos processos eleitorais dos países, pois
salvaguardam as aspirações do povo, expressas através do seu direito de voto e
de escolha.
O estadista moçambicano
falava hoje, em Maputo, na abertura da 2ª Assembleia da Conferência das
Jurisdições Constitucionais dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP),
encontro que congrega na capital do país os representantes dos órgãos
constitucionais para um intercâmbio técnico-científico.
No encontro, sob o lema
“Competência dos Tribunais Constitucionais e dos Tribunais Supremos em Matéria
Eleitoral”, Guebuza disse que a estas jurisdições cabe, por um lado, a função de
decidir com serenidade, independência e imparcialidade, sobre os conflitos
eleitorais que possam emergir da interpretação e aplicação da legislação em
vigor.
“As jurisdições
constitucionais têm ainda a função de prevenir potenciais conflitos eleitorais,
através da educação dos cidadãos, dos partidos políticos e dos demais actores
no cumprimento voluntário e consciente das regras do jogo democrático”, disse
Guebuza.
É neste contexto que,
segundo o presidente, se mostra fundamental o papel da justiça eleitoral que a
maioria dos órgãos jurisdicionais tem a incumbência constitucional de
administrar nos respectivos países.
“Acreditamos que nos
debates que vão dar forma às sessões de trabalho e na interacção com os vossos
pares e com outros moçambicanos terão a oportunidade de colher mais dados sobre
a nossa experiência”, anotou o Chefe de Estado.
Segundo o presidente, a
troca de experiência propiciada pela 2ª assembleia resultará numa capacidade
reforçada de todas e cada uma das jurisdições constitucionais dos países da
CPLP para levarem a cabo as suas funções no domínio específico de eleições,
contribuindo, deste modo, para o desenvolvimento e consolidação da democracia e
do Estado de Direito.
Aliás, a expectativa
expressa pelo presidente é que as experiências partilhadas contribuam para um
maior domínio da matéria do contencioso eleitoral versus jurisdição
constitucional e para cada uma vez maior harmonização e eficácia no
relacionamento entre as instituições e órgãos intervenientes nos pleitos
eleitorais.
O encontro de três dias
conta com a participação dos presidentes dos conselhos constitucionais dos
países membros da CPLP e outros convidados de áreas afins.
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