8 maio 2012/Rádio Moçambique http://www.rm.co.mz
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio
Externo de Portugal (AICEP) defendeu esta terça-feira que Moçambique é “uma das
chaves” para a saída da crise de Portugal, sendo um país “cheio de
potencialidades” no qual se deve apostar.
Para o presidente da AICEP “se a diversificação dos mercados estratégicos [de Portugal] é uma porta para o futuro, para a saída da crise do país, Moçambique é claramente uma das suas chaves”.
Também Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) defendeu que “Moçambique está na moda neste momento”, lembrando a necessidade de diversificar os mercados de exportação de Portugal que mostra uma “grande dependência” dos países da União Europeia.
De acordo com dados divulgados esta terça-feira por Fernando Carvalho, director do Centro de Negócios da AICEP em Moçambique, o país tem um PIB estimado em 12 mil milhões de dólares, correspondendo a cerca de 400 dólares por habitante.
Se nos últimos anos a taxa do PIB tem assistido a um crescimento de sete a oito por cento, sempre acima das taxas dos países subsaarianos, a perspectiva do FMI é que este crescimento se mantenha em torno dos oito por cento nos próximos anos.
Moçambique tem também revelado “capacidade de resistência à crise” que afectou os mercados internacionais a partir de 2007, notando-se uma tendência para reduzir a inflação que se prevê chegar aos sete por cento no final de 2012.
A partir de 2008 assistiu-se um “crescimento assinalável” no nível de exportações de Portugal que é o quinto principal fornecedor de Moçambique, tendo em 2010 sido o principal investidor no país.
Nos próximos 10 anos, prevê a AICEP, os investimentos, privados e públicos, em Moçambique poderão rondar os 80 mil milhões de dólares, existindo um “conjunto vasto de oportunidades” nas áreas da construção e obras públicas, energia, máquinas e equipamentos, habitação e turismo, logística e serviço às empresas, agricultura e produtos de consumo. (RM/Lusa)
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