2 maio 2012/Vermelho
http://www.vermelho.org.br (Brasil)
A ponto de se converter em lei, a iniciativa do Executivo argentino para reestatizar a empresa de petróleo YPF marca o início do caminho - acertado, ainda que difícil- para a recuperação da soberania nacional.
A decisão do Executivo argentino de voltar a tomar o controle estatal sobre YPF
responde à necessidade de recuperar o domínio de recursos que, segundo a própria
Presidenta da Nação, não só são estratégicos, senão vitais.
Trata-se de um caminho "difícil e cheio de obstáculos, mas que será assumido e percorrido com muita força e esperança", afirmou durante coletiva a imprensa argentina o Prêmio Nobel da Paz e presidente do Serviço Paz e Justiça da Argentina, Adolfo Pérez Esquivel.
Pérez Esquivel acrescentou que a YPF teve sua etapa de esplendor e orgulho nacional, e que hoje é apenas uma lembrança, e o governo atual deve remontar o pesado fardo que deixa a irresponsabilidade da Repsol.
Segundo ele, os argentinos apóiam a decisão da presidente Cristina Fernández, que teve a coragem e a decisão política de assumir esta reivindicação popular de anos e cujo governo enfrentará uma situação similar à originada pela nacionalização, anos atrás, das Aerolinhas Argentinas.
O Prêmio Nobel ressalta que a falta de investimentos, o desabastecimento, os custos e as dívidas, os ativos e passivos que a Repsol deixam são alarmantes, e é necessário ter muita serenidade para tornar a empresa rentável novamente.
No entanto, Pérez Esquivel Adverte alerta que o petróleo "não é a única matéria pendente na recuperação da soberania nacional".
“Não estou falando dos nacionalismos anacrônicos. O governo deve atuar, antes que seja tarde, sobre as empresas mineiras, que ficam com 97% do extraído, com uma simples declaração juramentada, e a venda do território nacional”,afirma.
O senador Gerardo Morais, da oposicionista União Cívica Radical acrescentou que a expropriação de 51% das ações da espanhola Repsol na YPF Argentina é só o início e não a solução do problema energético no país.
Trata-se de um caminho "difícil e cheio de obstáculos, mas que será assumido e percorrido com muita força e esperança", afirmou durante coletiva a imprensa argentina o Prêmio Nobel da Paz e presidente do Serviço Paz e Justiça da Argentina, Adolfo Pérez Esquivel.
Pérez Esquivel acrescentou que a YPF teve sua etapa de esplendor e orgulho nacional, e que hoje é apenas uma lembrança, e o governo atual deve remontar o pesado fardo que deixa a irresponsabilidade da Repsol.
Segundo ele, os argentinos apóiam a decisão da presidente Cristina Fernández, que teve a coragem e a decisão política de assumir esta reivindicação popular de anos e cujo governo enfrentará uma situação similar à originada pela nacionalização, anos atrás, das Aerolinhas Argentinas.
O Prêmio Nobel ressalta que a falta de investimentos, o desabastecimento, os custos e as dívidas, os ativos e passivos que a Repsol deixam são alarmantes, e é necessário ter muita serenidade para tornar a empresa rentável novamente.
No entanto, Pérez Esquivel Adverte alerta que o petróleo "não é a única matéria pendente na recuperação da soberania nacional".
“Não estou falando dos nacionalismos anacrônicos. O governo deve atuar, antes que seja tarde, sobre as empresas mineiras, que ficam com 97% do extraído, com uma simples declaração juramentada, e a venda do território nacional”,afirma.
O senador Gerardo Morais, da oposicionista União Cívica Radical acrescentou que a expropriação de 51% das ações da espanhola Repsol na YPF Argentina é só o início e não a solução do problema energético no país.
Segundo ele, o
governo carece de uma política a médio e longo prazo para o setor, como
consequência da qual decresceram não apenas a produção, em 18%, senão também as
reservas de petróleo (6%) e gás (41%) entre os anos 2003 e 2011.
Ele ainda acrescenta que a recuperação de YPF e do rumo "do qual nunca poderíamos ter nos perdido" é só uma das ferramentas para tratar de resolver o problema energético; algo que - em sua opinião - demanda a aprovação de uma nova Lei de Petróleo e um marco jurídico para o setor que corrija o vigente.
Deputados: ultima palavra
A proposta enviada no último dia 16 de abril ao Congresso por Cristina Fernández declarando de interesse público e como objetivo prioritário do Estado o lucro do auto-abastecimento de petróleo, será discutida a partir desta quarta-feira (2) na Câmera de Deputados, que deverá convertê-la em lei.
Segundo informações da imprensa argentina, dos 257 deputados 200 votarão a favor do projeto, que também declara de interesse público a exploração, industrialização e comercialização destes recursos, a fim de garantir o desenvolvimento econômico com igualdade social.
Total controle social
Fernando "Pino" Solanas, representante do Movimento Projeto Sur, defende que se exproprie a totalidade das ações de YPF e não apenas 51% da Repsol, para desse modo evitar o ulterior "desembarque de grupos privados e capitais estrangeiros no interior da companhia".
Projeto Sur defende também a proibição das exportações de petróleo e combustíveis para reduzir as importações, até que se reconstruam as reservas, e por um estrito controle público da produção.
Segundo ele a YPF deve ser 100% pública, com controle social e que seja administrada com ética e transparência, porque "é um erro grosseiro não passar a foice em todos em que podemos passar". (Com informações da Prensa Latina)
Ele ainda acrescenta que a recuperação de YPF e do rumo "do qual nunca poderíamos ter nos perdido" é só uma das ferramentas para tratar de resolver o problema energético; algo que - em sua opinião - demanda a aprovação de uma nova Lei de Petróleo e um marco jurídico para o setor que corrija o vigente.
Deputados: ultima palavra
A proposta enviada no último dia 16 de abril ao Congresso por Cristina Fernández declarando de interesse público e como objetivo prioritário do Estado o lucro do auto-abastecimento de petróleo, será discutida a partir desta quarta-feira (2) na Câmera de Deputados, que deverá convertê-la em lei.
Segundo informações da imprensa argentina, dos 257 deputados 200 votarão a favor do projeto, que também declara de interesse público a exploração, industrialização e comercialização destes recursos, a fim de garantir o desenvolvimento econômico com igualdade social.
Total controle social
Fernando "Pino" Solanas, representante do Movimento Projeto Sur, defende que se exproprie a totalidade das ações de YPF e não apenas 51% da Repsol, para desse modo evitar o ulterior "desembarque de grupos privados e capitais estrangeiros no interior da companhia".
Projeto Sur defende também a proibição das exportações de petróleo e combustíveis para reduzir as importações, até que se reconstruam as reservas, e por um estrito controle público da produção.
Segundo ele a YPF deve ser 100% pública, com controle social e que seja administrada com ética e transparência, porque "é um erro grosseiro não passar a foice em todos em que podemos passar". (Com informações da Prensa Latina)
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