segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Moçambique/Armando Tivane fez – se herói por ter se apropriado da agenda libertadora



1 setembro 2013, Portal do governo http://www.portaldogoverno.gov.mz (Moçambique)

Maqueze -- O Presidente Armando Guebuza disse hoje que os moçambicanos, como o herói nacional Armando Tivane, não nasceram estrelas ou famosos, mas tornam-se pessoas de referência pelo significado especial que dão a sua vida em defesa de causa nacional

Falando na localidade de Maqueze, distrito de Chibuto, na cerimónia dos 40 anos da morte do herói nacional Armando Tivane, Guebuza indicou que, no meio de tantos desafios, o malogrado herói soube dar rumo certo a sua vida, definindo o seu papel na história de Moçambique.

“Celebrar a vida de Armando Tivane na sua terra natal
sublinha que os nossos heróis não nascem como estrelas ou famosos: fazem-se heróis ou pessoas de referência quando dão significado especial a sua vida e apropriam-se da agenda de cada etapa do povo, e quando oferecem uma contribuição de reconhecido valor e mérito a sua pátria”, afirmou Guebuza.

Na ocasião, Guebuza descreveu um quadro de destaque em relação aos feitos de Tivane, reconhecendo que não há homenagem que pode se equiparar a acção do herói em destaque.

“Não há palavras, actos ou homenagens que esgotem o reconhecimento exemplar da vida e obra de Armando Tivane”, disse Guebuza, acrescentando que “é uma vida cheia de lições para todos nós”.

Tivane, natural de Maqueze, morreu em Setembro de 1973 em Mucumbura, distrito de Mágoe, na província de Tete. As circunstâncias em que esta fatalidade aconteceu enquadram-se no contexto das alianças políticas regionais, contrárias aos movimentos independentistas na África Austral.

Como comissário político, Tivane foi marcado como alvo a abater devido a sua destreza e coragem.

Em reacção a esta onda de operações, as tropas portuguesas e rodesianas intensificaram os ataques a região de Tete, onde o malogrado operava.

Para contrariar as intenções inimigas, um grupo de guerrilheiros chefiados pelo destemido e abnegado comissario político partiu ao encontro do inimigo. Foi durante esta operação que os guerrilheiros foram emboscados e o herói nacional atingido mortalmente.

Os vários discursos lidos na cerimónia de hoje convergiram ao concluírem que a morte de Tivane deixou um vazio enorme, não só a nível do quarto sector em Tete, mas também em toda a estrutura da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) que tinha nele um exemplo de total entrega a causa libertadora.

Com efeito, a sua actividade contribuiu para mobilizar e integrar jovens nas fileiras da guerrilha, na elevação da moral combativa dos guerrilheiros e no avanço impetuoso na luta pela independência nacional.

Armando Tivane recebeu treino político - militar no campo de Nachingwea, na Tanzânia, um centro aberto em Outubro de 1965 por cerca de 40 instrutores moçambicanos dirigidos pelo malogrado presidente Samora Machel. (Fonte: AIM)

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