1
setembro 2013, Portal do governo
http://www.portaldogoverno.gov.mz
(Moçambique)
Maqueze -- O Presidente Armando Guebuza disse
hoje que os moçambicanos, como o herói nacional Armando Tivane, não nasceram
estrelas ou famosos, mas tornam-se pessoas de referência pelo significado
especial que dão a sua vida em defesa de causa nacional
Falando
na localidade de Maqueze, distrito de Chibuto, na cerimónia dos 40 anos da
morte do herói nacional Armando Tivane, Guebuza indicou que, no meio de tantos
desafios, o malogrado herói soube dar rumo certo a sua vida, definindo o seu
papel na história de Moçambique.
“Celebrar a vida de Armando Tivane na sua terra
natal
sublinha que os nossos heróis não nascem como estrelas ou famosos:
fazem-se heróis ou pessoas de referência quando dão significado especial a sua
vida e apropriam-se da agenda de cada etapa do povo, e quando oferecem uma
contribuição de reconhecido valor e mérito a sua pátria”, afirmou Guebuza.
Na ocasião, Guebuza descreveu um quadro de destaque
em relação aos feitos de Tivane, reconhecendo que não há homenagem que pode se
equiparar a acção do herói em destaque.
“Não há palavras, actos ou homenagens que esgotem o
reconhecimento exemplar da vida e obra de Armando Tivane”, disse Guebuza,
acrescentando que “é uma vida cheia de lições para todos nós”.
Tivane, natural de Maqueze, morreu em Setembro de
1973 em Mucumbura, distrito de Mágoe, na província de Tete. As circunstâncias
em que esta fatalidade aconteceu enquadram-se no contexto das alianças
políticas regionais, contrárias aos movimentos independentistas na África
Austral.
Como comissário político, Tivane foi marcado como
alvo a abater devido a sua destreza e coragem.
Em reacção a esta onda de operações, as tropas
portuguesas e rodesianas intensificaram os ataques a região de Tete, onde o
malogrado operava.
Para contrariar as intenções inimigas, um grupo de
guerrilheiros chefiados pelo destemido e abnegado comissario político partiu ao
encontro do inimigo. Foi durante esta operação que os guerrilheiros foram
emboscados e o herói nacional atingido mortalmente.
Os vários discursos lidos na cerimónia de hoje
convergiram ao concluírem que a morte de Tivane deixou um vazio enorme, não só
a nível do quarto sector em Tete, mas também em toda a estrutura da Frente de
Libertação de Moçambique (FRELIMO) que tinha nele um exemplo de total entrega a
causa libertadora.
Com efeito, a sua actividade contribuiu para
mobilizar e integrar jovens nas fileiras da guerrilha, na elevação da moral
combativa dos guerrilheiros e no avanço impetuoso na luta pela independência
nacional.
Armando Tivane recebeu treino político - militar no
campo de Nachingwea, na Tanzânia, um centro aberto em Outubro de 1965 por cerca
de 40 instrutores moçambicanos dirigidos pelo malogrado presidente Samora
Machel. (Fonte: AIM)
Nenhum comentário:
Postar um comentário