A exploração de gás natural,
descoberto na Bacia do Rovuma, norte de Moçambique, poderá gerar uma receita
anual superior a 10 biliões de dólares, anunciou hoje, a ministra dos recursos
minerais, Esperança Bias.
“Foram até aqui avaliadas reservas
de mais de 75 triliões de pés cúbicos (TCF) para a Área 4 e mais 95 TCF para a
Área 1, estando-se no processo de elaboração do plano optimizado da extracção
deste recurso por forma a permitir a construção, instalação e operação de
quatro unidades de Gás Natural Liquefeito com uma capacidade total anual de 20
milhões de toneladas,
o que poderá representar um valor de receitas anual
superior a 10 biliões de dólares”, disse a ministra.
Explicou que as reservas de gás
natural já provadas nesta bacia, que fazem com que Moçambique se situe entre os
10 países com maiores quantidades deste tipo de hidrocarbonetos, permitirão a
instalação de unidades adicionais de Gás Natural Liquefeito (GNL) e de outras
indústrias que utilizam este recurso como matéria-prima.
A ministra, que falava durante a
sessão de abertura do XXVIII Conselho Coordenador da instituição que dirige,
disse o governo moçambicano já está a preparar um Plano Director do Gás Natural
e que visa inventariar e identificar as potencialidades destes recursos.
A partir deste Plano serão traçadas
linhas de orientação sobre a melhor forma da sua utilização, para consumo
interno e para exportação, de modo a maximizar os benefícios a serem retirados
em prol do desenvolvimento socio-económico do país.
Segundo Bias, as descobertas
massivas de gás natural comprovam que o país tem elevadas potencialidades pela
sua procura crescente no mercado internacional e principalmente devido ao seu
baixo impacto ambiental.
Uma das provas é o aumento de
produção e consumo do gás natural dos jazigos de Pande e Temane, no sul do
país, que serve de combustível e geração de electricidade. (RM/AIM)
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