6 maio 2011/Notícias
A empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) acaba de abrir uma parceria com a Grindrod e a administração ferroviária da África do Sul no sentido de incrementar os volumes de carga ferroviária para o porto de Maputo, atendendo à necessidade de rentabilizar as infra-estrutura actualmente em reestruturação.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração dos CFM, Rosário Mualeia, com os investimentos realizados no porto, nos últimos oito anos, avaliados em 225 milhões de dólares, a infra-estrutura compete à componente ferroviária potenciar a sua operacionalidade.
Citou, a título de exemplo, que no que se refere ao tráfego de carvão e magnetite que são as principais cargas que demandam o porto, foi projectado e cumprido em 100 porcento o transporte ferroviário de 70 mil toneladas semanais, o que corresponde a programação de 30 comboios por semana.
No que se refere à rotação do material circulante, registou-se uma redução considerável de 208 para 105 horas.
Como resultado do esforço conjunto, segundo Mualeia, foram transportados, no primeiro trimestre deste ano, na Linha de Ressano Garcia, cerca de 277.000 toneladas de carvão e magnetite contra cerca de 200.000 no mesmo período de 2010.
Segundo Mualeia, existe a convicção de que será possível alcançar, dentro dos prazos, os objectivos plasmados no Plano Director de Desenvolvimento do Porto, facto que terá repercussões positivas na economia nacional e regional, bem como na redução da pobreza que ainda graça parte significativa da população.
O Porto de Maputo foi concessionado à gestão privada em 2000, tendo o MPDC iniciado as suas actividades em 2003. Em 2007, com a entrada de novos accionistas na estrutura da sociedade, este conheceu novos desenvolvimentos na sua modernização, expansão e competitividade.
Em reconhecimento a esse esforço e no sentido de assegurar que fossem realizados investimentos substanciais neste porto, o Governo aprovou recentemente a extensão do Contrato de Concessão por um período adicional de 15 anos contados a partir de 2018 para permitir a concretização do Plano Director de Desenvolvimento do Porto, cujos investimentos ascendem a 750 milhões de dólares americanos até 2030.
Atendendo aqueles objectivos, foi realizada a dragagem e aprofundamento do canal de acesso ao porto.
A expectativa neste momento é que se avance rapidamente para outros projectos como seja a expansão do terminal de contentores e de carvão da Matola, reabilitação da terminal de combustíveis, entre outros.
O Primeiro-Ministro, Aires Aly, de visita ao Porto de Maputo na segunda-feira, disse que o porto deve ter uma máquina para dinamizar o desenvolvimento.
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